30 DE MARÇO DE 2018 - SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DE CRISTO - 1ªleitura – Is 52,13-53,12 - “ferido por nossos
pecados”
Nesta leitura nós encontramos a profecia do sofrimento de Jesus
como Servo padecente, desprezado como o último dos mortais, homem coberto de
dores e cheio de sofrimento. Aparentemente destruído, fracassado, “na verdade Ele tomava sobre si nossas
enfermidades e sofria, ele mesmo nossas dores”... “a punição a ele imposta era
o preço da nossa paz e suas feridas, o preço da nossa cura”. Assim, o profeta Isaías relata com
antecedência tudo o que LHE aconteceria e como se sentiriam os Seus seguidores,
ovelhas desgarradas. Todo este trecho se refere ao sofrimento de Jesus, mas
também à glória que lhe foi reservada. Por isso, quando nos aprofundarmos nesta
leitura nós percebemos a glória que está reservada a todos aqueles que se
entregam por amor à causa do Senhor.
Jesus é o Cordeiro que foi levado ao matadouro e que tomou sobre Si o
pecado de todos nós. Jesus é o Justo que
faz justos inúmeros homens carregando sobre si suas culpas, mas que por esta
vida de sofrimento, alcançará a luz e uma ciência perfeita. Esta foi a missão
de Jesus e continua atual para nós. Seu sofrimento e Sua entrega têm efeito concreto na nossa existência terrena e serve-nos de
exemplo quando temos de passar também por tantos males e injustiças. Olhando
para mais além e vendo a glória futura e a libertação de muitos através do
nosso sofrimento é que iremos vencer e ter sucesso aqui na terra. Jesus ofereceu todo o Seu sofrimento e dores
para que tivéssemos vida nova. Sem Jesus nós vagamos como ovelhas
desgarradas. Tudo na nossa vida tem
uma razão de ser. Os frutos da entrega de Jesus nós os percebemos quando
sofremos e esperamos a recompensa da glória vivida desde já aqui na terra. -
Você vê algum sentido no sofrimento por amor a Deus? Você tem alguma
experiência disso? - Qual a mensagem que você tira para a sua vida do
sofrimento de Jesus Cristo?
Salmo
30,2.6.12-13.15-16.17.25 (R.Lc 23,46)
R. Ó Pai,
em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
Foi esta a
oração que Jesus fez no último momento da sua vida. Abandonado, humilhado,
desprezado, mas confiante no auxílio do Pai. A Cruz foi o leito onde Jesus deu
o último suspiro e se entregou para que se cumprisse a vontade de Deus. Para
nós fica o conselho do salmista: “Fortalecei
os corações, tende coragem, todos vós que ao Senhor vos confiais!
2ª.
Leitura – Heb 4,14-16;5,7-9 –“Jesus é o nosso Advogado de defesa”
Por causa da sua entrega a Deus, por tudo o que Ele sofreu e,
principalmente por Sua obediência, Cristo foi atendido nas Suas preces e
súplicas e entrou no céu como um Sumo Sacerdote a fim de interceder por todos
nós. Por isso a obediência de Cristo para nós é um parâmetro de perfeição que
precisamos atingir. Por ter sido provado em tudo, como nós, menos no pecado
Jesus é capaz de se compadecer de nossas fraquezas. Dessa forma, não podemos
perder tempo nem oportunidade, mas precisamos urgentemente nos aproximar com
toda a confiança do trono da graça, que é o próprio Jesus a fim de conseguir
misericórdia e alcançar um auxílio no momento oportuno. Jesus está a postos
para nos acolher e nos perdoar. Ele é causa de salvação eterna para todos que
Lhe obedecem, assim, a nossa submissão e dependência dar-nos-ão motivação para
que vivamos uma vida condizente com a nossa Fé na Sua mediação junto do Pai.
Mesmo que sejamos os maiores pecadores e infiéis, Ele tem o poder de nos
libertar. Permaneçamos, pois, firmes na Fé que professamos e tenhamos a
segurança de que diante de Deus nós temos um Advogado de defesa. – Você alguma
vez se sentiu abandonado (a) sem ninguém para oloca-lo (a)? – Você sabia que Jesus advoga por você diante
do Pai? - Você é uma pessoa obediente às
Leis de Deus? – Você vive conforme o Evangelho de Jesus? – Você tem se
aproximado do Trono da Graça?
Evangelho – Jo 18, 1-19, 42 – PAIXÃO
DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
Meditando sobre este acontecimento da Paixão, Morte e Sepultamento
de Nosso Senhor Jesus Cristo nós podemos tirar proveito de muitas mensagens
para a nossa existência. Primeiramente, percebemos que, assim como aconteceu
com Jesus, há um sentido para todas as ocorrências da nossa vida. Jesus Cristo
não foi preso nem foi capturado, pelo contrário, Ele próprio se entregou aos
homens para que se cumprisse tudo o que já estava escrito a fim de que a
vontade do Pai se realizasse. Assim, quando Jesus se entregou aos homens, na
verdade Ele estava se oferecendo ao Pai, pela humanidade. Nesta narrativa.
nós percebemos que Jesus estava
consciente de tudo o que iria acontecer e, por isso, Ele próprio interpelou os
guardas, dizendo: "A quem
procurais"? E depois de saber que eles buscavam a Jesus, o
Nazareno, Ele respondeu: "Sou eu"!
Nós também precisamos estar atentos (as) para as coisas que acontecem na nossa
vida a fim de apreender qual seja a vontade do Pai para nós, principalmente nas
situações em que temos de enfrentar os desafios. Muitas vezes, nós também temos
consciência de que algo precisa acontecer para que as coisas da nossa vida
melhorem. No entanto, para que isso ocorra, precisamos assumir nova postura e
novo compromisso, porém, relutamos e não enfrentamos a "fera". Se
tivermos confiança nos planos de Deus para a nossa felicidade e consciência de
que Ele precisa de nós para colaborar na salvação dos nossos irmãos e irmãs,
nós, como Jesus, não fugiremos dos obstáculos e, também nos
apresentaremos diante dos nossos algozes para "beber do cálice" que o
Pai tem para nós. Com a continuação da história nós verificamos que
todas as coisas aconteceram coerentemente com o que já havia sido profetizado
conforme as Escrituras. A Bíblia é um Livro de homens santos e pecadores e
Nela, nós nos identificamos quando agimos bem ou agimos mal. O mesmo Pedro que
cortou a orelha do servo do sumo-sacerdote para defender Jesus foi o que
depois, por três vezes O negou. A atitude de Pilatos revela a nossa omissão
diante das "coisas erradas" que presenciamos e, "lavamos as
mãos" porque achamos que não compete a nós e não temos "nada a ver
com isto". Diante de Pilatos Jesus não se justificou nem tampouco se
acovardou, mas somente esclareceu: "O meu reino não é deste mundo".
Aprendendo com o Mestre nós também podemos assumir compromissos e atitudes
coerentes com o nosso desígnio e não nos abstrairmos do nosso ideal de vida.
Realmente, o nosso reino não é deste mundo e as dificuldades que enfrentamos
nesta vida temporal são apenas pontes que nos levam a atravessar o vale para
chegarmos ao reino definitivo. Somos os Pedro, Pilatos, Judas e Malco da
nossa geração. Somos como Anás, Caifás e até como os guardas e a encarregada
que guardava a porta do lugar onde Jesus estava. Todos nós temos o nosso posto,
a diferença, porém, poderá estar no modo como enfrentamos os desafios da nossa
missão, com os olhos postados no alto a fim de poder beber o cálice que nos é
apresentado ou olhando somente para a terra tentando nos livrar dos
desafios e vivendo como qualquer um dos mortais, só para esta vida. Faça hoje a
sua leitura com bastante atenção e perceba os pontos que para você devem ser
mais importantes e que lhe servem de
exemplo e mensagem para a sua vida
atualmente:- As atitudes e as palavras de Jesus; a atitude dos discípulos,
principalmente Judas e Pedro; as atitudes das autoridades; a omissão de
Pilatos; a manifestação do povo, da multidão que antes proclamava Jesus Rei; a
atitude dos soldados, enfim faça um paralelo dos acontecimentos da Paixão de
Jesus com a sua vida cotidiana.
AS SETE
PALAVRAS DE JESUS NA CRUZ
1 – PAI, PERDOA-LHES, POIS NÃO SABEM O QUE FAZEM.
2 – HOJE, ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.
3 – MULHER, EIS O TEU FILHO; FILHO EIS A TUA MÃE.
4 – MEU DEUS POR QUE ME ABANDONASTES?
5 – TENHO SEDE!
6 – TUDO ESTÁ CONSUMADO.
7 – PAI, EM TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO!
DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.
ResponderExcluirSanta Maria, Rio Grande do Sul.