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segunda-feira, 19 de março de 2018

DOMINGO DE RAMOS-Helena Serpa


25 DE MARÇO DE 2018 - DOMINGO DE RAMOS DA PAIXÃO DO SENHOR  - 1ª. Leitura – Is 50, 4-7  - “exemplo de servo”

Servo é aquele (a) que se compromete livremente com alguma pessoa no serviço desinteressado e abnegado, deixando-se reger pelo seu condutor. Cada um de nós que se propõe a seguir Jesus, deve ter o entendimento e trazer para si estas palavras: “O Senhor deu-me uma língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida “; “Ele me excita o  ouvido para prestar atenção como um discípulo”. Se Jesus é o Mestre e nós somos os seus discípulos, então devemos imitá-Lo mantendo os ouvidos bem abertos para não resistir ao seu chamado, apesar de todas as nossas dificuldades, na certeza de que o Senhor Deus é o auxiliador e não nos deixará desanimar.  O profeta, então, apresenta para nós como são as atitudes do servo que é fiel ao projeto de Deus: ele está sempre atento às orientações e ensinamentos do Senhor como um discípulo atencioso. Deus mesmo é quem o conduz, por isso, mesmo enfrentando a fúria e a rebeldia dos inimigos, permanece firme e não desanima.  Jesus abriu o caminho para nós, por isso, todos nós que afirmamos sermos servos e servas precisamos nos pôr à disposição do Espírito Santo, que é quem nos inspira e conduz por meio de uma ou de outra pessoa. Somos servos (as) de Deus quando prestamos serviço ao nosso próximo, por amor, não desviando o rosto, nem procurando nos esquivar dos encargos e compromissos confiando em que o Senhor Deus é o nosso auxiliador e, por isso, não sairemos humilhados (as).   – De quem você tem sido servo (a)? – Você tem se deixado guiar por alguém? – Você tem enfrentado dificuldades no seu serviço ao próximo? – Quem o (a) tem auxiliado? – Com quem você tem contado nas horas difíceis?  - Você tem tido medo de enfrentar os desafios da sua vida? – Você tem ajudado a alguém, encorajando-o a enfrentar as suas dificuldades? – Você tem usado a sua língua para dizer palavras de conforto a alguém? 



Salmo  21,8-9.17-18a.19-20.23-24 (R.2a)

R. Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

O salmista retrata antecipadamente, tudo o que Jesus teria de passar durante o Seu martírio até o momento em que Ele sentiu-se abandonado pelo próprio Deus. Isso nos leva a pensar nos momentos em que também nos sentimos sem ninguém, vivendo a nossa dor, solitários no meio da multidão ao nosso redor. São momentos em que precisamos enfrentar o deserto tão necessário para o nosso crescimento. Mesmo assim, como Jesus, nós ainda temos força para dizer: “anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos!” O Pai, que sofre conosco e, mesmo sem percebermos, alegrar-se-á conosco com o nosso louvor.                                               

2ª. Leitura – Fil 2, 6-11 – “humilhar-se diante dos homens para maior glória de Deus”

Jesus esvaziou-se e humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.” Se, formos fazer um paralelo com a nossa vida, chegamos à conclusão de que Jesus fez justamente, o contrário do que sempre fazemos. “Mesmo sendo de condição divina, Ele não se prevaleceu de sua igualdade com Deus,  mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens”. Quantas vezes nós nos prevalecemos da nossa posição social ou de qualquer outra justificativa para sermos privilegiados e não precisarmos passar por alguma situação de humilhação! O nosso primeiro argumento é, continuamente, querer mostrar quem nós somos, o nosso status, nosso poder, situação financeira, contanto que nos livremos da obediência ao tributo que nos é imposto. Com Jesus, no entanto, aconteceu exatamente o oposto, por isso, Deus o exaltou acima de tudo, dando-lhe o Nome diante do qual todos nós devemos nos ajoelhar. Precisamos, portanto, hoje, tomar consciência da nossa condição humana imperfeita e seguir o exemplo de Jesus, para saber nos humilhar diante dos homens, quando for para maior glória de Deus. Dessa forma, com certeza,  também seremos exaltados e acolhidos no reino dos céus.    – Você costuma se exaltar quando tem que enfrentar alguma situação constrangedora? – Você acha que a recompensa de ser exaltado mais adiante, compensa a vergonha de hoje ser humilhado? – Como você age quando passa por alguma situação vexatória no trânsito, nas repartições, nas filas de bancos, etc?

Evangelho – Mc 11, 1-10 (antes da Procissão de Ramos) - “o jumentinho sem pretensões”!

Como tema para a nossa reflexão, hoje, iremos nos deter na Entrada Triunfante de Jesus em Jerusalém, dias antes de ser Ele condenado à Morte de Cruz. Como já tivemos a chance de perceber em outras passagens, Jesus caminhava para Jerusalém decidido a cumprir fielmente tudo o que a Sagrada Escritura, por meio dos profetas, já havia anunciado. Por isso, passo a passo, Ele ia preparando o cenário da Sua História, de forma tal, para que hoje, nós pudéssemos aprender com Ele a fazer tudo de acordo com a vontade de Deus. Ora, na realidade Jesus era o Rei do Universo, o Enviado do Pai, Aquele sobre o qual os profetas já haviam vaticinado, porém, ao mesmo tempo, Ele confundia a todos quando pedia aos dois discípulos que fossem   em busca de “um jumentinho, em que não montou ainda homem algum”; Jesus tinha um propósito em tudo o que fazia e, com certeza, Ele quis mostrar aos homens que Deus tem o poder de  manifestar-se na simplicidade e na pureza da Sua criação. Apesar de humilde, aquele animal era um sinal de que a grandeza de Deus se revela por meio de nós quando nos propomos a ser simples instrumentos Seus no meio dos homens. E foi montado num jegue que Jesus fez a Sua entrada triunfal em Jerusalém sendo aclamado como Rei. O mesmo povo que aclamou Jesus no Domingo de Ramos O condenou dias depois e gritou para que Ele fosse crucificado. Com isso, nós podemos apreender que a obra de Deus se expressa no coração do homem, mesmo que seja ele, infiel e traidor. Hoje, nós podemos ser o jumentinho casto que com humildade conduz Jesus para ser aclamado Senhor ou ser o povo que exalta a Jesus num dia, mas, no outro O condena, quando pecamos. Precisamos, no entanto, ter o máximo de cuidado quando nos propomos a ser o jumentinho que carrega Jesus para que não O derrubemos querendo aparecer mais do que Ele. O grito de Hosana deve ser levantado aclamando a Jesus e não a nós, simples jumentinhos do Senhor. Que sejamos o jumentinho sem pretensões no qual ainda não montou homem algum a fim de que possamos levar a multidão a exaltar a Jesus dizendo também: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!” – Você se considera humilde como um jumentinho que conduz Jesus no meio dos homens? – Como você se comporta quando leva Jesus para ser conhecido? – Você gosta de aparecer? – Você tem consciência de que faz parte desse povo que aclama Jesus como Rei, mas O condena quando peca?


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