Domingo,
29 de outubro de 2017.
Evangelho
de Mt 22, 34-40.
Os
fariseus viviam armando arapucas pra Jesus, por isso perguntaram pra Ele qual o
maior mandamento, porque eles tinham 613 mandamentos, desses 248 eram
preceitos, 365 eram proibições. Dividiram os mandamentos em duas classes:
graves e leves, mas não concordavam em determinar quais eram os graves e quais
os leves.
Queriam
pegar Jesus de qualquer maneira. Diante disso, Jesus resume todos os mandamentos
em dois. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.
Devemos
amar a Deus em si mesmo, como o sumo Bem, fonte de todo o nosso bem. Por isso,
acima de todas as coisas, de todo o coração, de toda a alma, com toda a mente e
com todas as formas, como disse Jesus. Não da boca pra fora, mas Deus deve vir
primeiro em nossa vida. Nada e nem ninguém deve ocupar o lugar de Deus. E para
completar esse amor, é preciso amar o próximo como a nós mesmos. Somente quem
ama o irmão, ama a Deus. Falar que amamos a Deus é fácil, o difícil, o desafio
está em viver esse amor, no amor ao próximo.
“Se alguém disser ‘eu amo a Deus’, mas odeia seu
irmão, é um mentiroso, pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá
amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4,20). Existe uma ligação íntima entre o amor
a Deus e ao próximo. Não é possível amar a Deus sem amar o próximo.
Quantas pessoas dizem que amam a Deus, mas vivem em
brigas com seus irmãos, não conseguem perdoar as pessoas, guardam mágoas,
rancores e ódio no coração. Quanta gente diz que ama a Deus, frequenta as
missas, comunga e cumpre com as obrigações religiosas, mas é incapaz de ter um
gesto de solidariedade com o próximo, não se compromete com os trabalhos
pastorais da comunidade e ainda fala mal das pessoas que estão se empenhando
nos trabalhos pastorais e da falam da vida alheia. Quanta gente comete atos de
injustiça contra o irmão, rouba, calunia, mata e diz que ama a Deus. Isso é
amar a Deus?
S. João nos explica o que é amor: "Jesus deu a
vida por nós. Portanto, também nós devemos dar a vida pelos irmãos. Se alguém
possui riquezas neste mundo e vê o seu irmão passar necessidade, mas diante
dele fecha o seu coração, como pode o amor de Deus permanecer nele?” (1Jo
3,16-17).
Por isso o maior mandamento é amar a Deus e ao
próximo. Quem cumpre esses dois mandamentos estará cumprindo todos os outros.
Como nos diz São Paulo em 1Cor 13, 4-7, o amor é
paciente e benévolo, não é invejoso, não é insolente, não é orgulhoso, não é
ambicioso, não procura o próprio interesse, não se irrita, não pensa mal, não
se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. Tudo desculpa, tudo
crê, tudo espera, tudo suporta.
Os dois mandamentos são semelhantes porque o
verdadeiro amor ao próximo não é mais que um desdobramento do verdadeiro amor a
Deus. O amor ao próximo, fundado no amor a Deus, forma como que um mesmo
preceito. Cristo com essas palavras deu à humanidade mais uma de suas lições
sábias e eternas. É a lição da caridade cristã, manifestando-se na fraternidade
de todos os homens.
Viver
esse dois mandamentos é o grande desafio do cristão! Muitos santos viveram em
alto grau esses mandamentos, portanto todos nós podemos também vivê-los com
esforço, oração e com poder do Espírito Santo.
Abraços
em Cristo!
Maria
de Lourdes
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