8 de Novembro de 2016-Ano C
Evangelho
- Lc 17,7-10
O que? Somos inúteis?
Como assim? Eu me mato nessa pastoral, dedico minha vida de forma quase total,
me privo até de desfrutar um laser nos fins de semana, e ainda sou considerado
inútil?
Clama, meu irmão!
Cuidado, senão você pode estar se revoltando contra Jesus! E isso é muito grave!
Vamos com muita calma, procurar entender as palavras do Mestre!
TODOS NÓS SOMOS
INÚTEIS, POR QUE DEUS NÃO PRECISA DE NÓS PARA NADA. Deus é poderoso e poderia
fazer tudo sozinho. Porém, Ele quis nos dar a honra de participar na construção
do Reino de Deus, na construção de um mundo mais justo. Deus quis precisar de nós. Isso para nos dar
a oportunidade de mostrar que somos capazes de responder ao seu chamado para
colaborar, para praticar a caridade, sem a qual não seremos salvos!
Pois trabalhar na
vinha, nos torna mais santificados. Trabalhar na paróquia, é edificante para a
nossa alma, e nos aproxima mais de Deus, porque nos dá ânimo para caminhar na
busca da aproximação da perfeição.
A inteligência de Deus
é tão imensa, que Ele consegue transformar a nossa inutilidade, em um benefício
para a nossa salvação. Isso porque o seu amor para conosco não tem medidas. É
imenso, é irrestrito e incondicional, ao contrário de nós, que em tudo o que
fazemos, visamos sempre uma recompensa, visamos sempre obter algo em troca.
E a caridade precisa
ser gratuita. Se sempre damos com a mão direita e preparamos a esquerda para
receber a recompensa, não teremos o privilégio de sermos recompensados na outra
vida. Fazendo isso estamos impedindo que ocorra a recompensa prometida por
Jesus.
“ ...e será grande a vossa recompensa nos Céus”
A nossa doação a
serviço do Reino de Deus, proporciona a nossa santificação, e a santificação de
toda a Igreja então ali presente, na pessoa de cada um de nós, empenhados em
fazer com que tudo ocorra de acordo com a vontade do Pai, e não de acordo com o
nosso gosto.
Por isso, em nossas
reuniões, precisamos tomar muito cuidado, para não fazer prevalecer a nossa
opinião, só pelo fato de sermos paroquianos veteranos, ou por que nos julgamos mais
sábios, mais inteligentes, com maior poder de liderança, ou por ser a preferida
o padre, (com todo respeito).
Não nos esqueçamos de
que o que deve prevalecer, o que dever predominar, não é a nossa vontade, mas
sim, a vontade de Deus.
É por isso que rezamos
sempre antes das reuniões, como o fez Jesus antes da escolha dos discípulos. E
vamos rezar prá valer! Rezar
concentrados, sem distrações. E principalmente com muita fé. Tomemos muito cuidado também com a nossa
tendência à hipocrisia! Não nos façamos de santos. Sejamos humildes, e nos
reconheçamos miseráveis pecadores diante de Deus ali presente, pois estamos
reunidos em seu nome.
Repetindo: Sim, somos
inúteis. Porque Deus não precisa de nós, meus irmãos. E mais. Somos pecadores,
com mania de grandeza, mania de aparecer diante da assembleia. E é até possível
que tenhamos pensamentos como esses quando estamos servindo no altar: “Olha só
eu aqui. Viu só? Não sou fraca(o) não, moço! Depois do padre, só dá eu aqui. E
se o padre não se cuidar, eu vou aparecer mais do que ele...!
Que Deus misericordioso
tenha piedade de nós!
Então, minha irmã, meu
irmão. Em vez de se revoltar pelo fato de Jesus ter dito que somos servos
inúteis, pelo contrário, devemos mesmo é agradecer muito por ter sido
escolhidos para evangelizar, para fazer leituras, para participar de uma
pastoral, para ser coordenadora da liturgia, e assim por diante!
Tenha um bom dia. José
Salviano.
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