23 de Novembro -
Quarta - Evangelho - Lc
21,12-19
Bom dia!
Todo bom cristão sabe que muitos dos santos que conhecemos sofreram
o martírio ao fim da caminhada; sabemos também que alguns foram crucificados,
decapitados, mutilados, queimados, (…) Muita coisa mudou mas algumas ainda são
as mesmas…
Quem por ventura, mesmo andando corretamente, não se sentiu alvo da
maldade e da inveja dos que se acham reis desse mundo? Quantos de nós já se
perguntou o porquê de tantos olhares invejosos, discordâncias sem motivo,
brigas sem razão, disse-me-disse, intrigas, partidarismos ao nosso redor?
Quantas vezes nos sentimos atacados sem saber o motivo? Quantas pontas ou
pedaços de flechas ainda existem em nosso coração nos fazendo remoer dores do
passado?
Apesar de tudo algo precisa ficar ressoando no nosso
pensamento: a vontade irrevogável de LEVANTAR e CONTINUAR!
Sou fã da série Rocky Balboa, mas não pela violência das cenas, mas
pelo que é dito nas entrelinhas da vida daquele personagem que aprendeu
apanhando da vida. O protagonista, em seu sexto filme, diz ao seu filho em uma
cena, uma frase que cai bem para essa reflexão: “Não importa o quanto você
bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e
seguir em frente. É assim que se ganha”
Todos aqueles que não desistem de LEVANTAR e CONTINUAR podem até
ser premiados com cabelos brancos, com o sofrimento estampado no rosto cansado
e abatido, mas ninguém que tem fé se abate ao sofrimento; ninguém que persevera
na esperança fica sem o conforto; ninguém que respondeu com sabedoria a maior
das perseguições deixou de ser valorizado por Deus.
“(…) Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é
o Reino dos céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!“. (Mateus 5, 3-5)
Quedas e desânimos serão inevitáveis, mas a cada fraquejada devemos
voltar ainda mais convicto do que queremos para nós. De certa forma os
sofrimentos, as angustias, nos tornam mais fortes e preparados. O aprendizado
de CONTINUAR ANDANDO gera em nós O DESTEMOR. Mas quando não conseguimos superar
as adversidades, seja pela fraqueza ou pela falta das forças, entramos num
processo que nos levarão, paulatinamente sempre a fugir, a reclusão, ao pânico,
e patologicamente a depressão.
Costumo dizer que Jesus sempre quer nos ver de pé, pois é através
de nossos olhos que Ele vê a nossa sinceridade, a nossa força, nossa gana.
Pedras SEMPRE existirão no meio do caminho como diria Carlos Drummond de
Andrade, mas as pedras escondem um prêmio para quem teve coragem de levantar
após cada dificuldade enfrentada.
Não tenhamos medo.
Um imenso abraço fraterno.
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