34º DOMINGO DO TEMPO COMUM.
SOLENIDADE DE CRISTO REI.
DIA 20 de Novembro de 2016
Evangelho de Lc23,35-43
Neste penúltimo domingo do mês de novembro, a Igreja conclui o ano litúrgico com a solenidade de Cristo Rei.
Iluminada pelo o Espírito Santo, a igreja foi muito feliz em colocar esta solenidade no fechamento do ano litúrgico, pois é ao nosso Rei do Universo, que devemos ofertar toda a nossa caminhada de fé realizada ao longo do ano.
O evangelho que a liturgia deste Domingo nos convida a refletir, nos mostra a consequência da maldade humana; Jesus, àquele que só soube amar, sendo colocado no mesmo destino de dois criminosos!
O texto nos fala das provocações e humilhações sofridas por Jesus no momento derradeiro a sua morte.
Mesmo diante de tamanha crueldade, o sofrimento de Jesus não o impediu de ser fiel ao compromisso assumido com o Pai, um compromisso que Ele cumpriu até os seus últimos instantes de vida!
A última ação misericordiosa de Jesus enquanto humano, se deu na cruz, quando nos seus últimos suspiros, Ele resgata um dos malfeitores que estava crucificado ao seu lado, garantindo-lhe: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso.”
A princípio, podemos questionar: porque, no dia desta solenidade tão grandiosa, a liturgia coloca diante de nós um texto com passagens tão dolorosas? Se aprofundarmos um pouco mais no sentido desta festa, vamos perceber, que a escolha deste evangelho, tem como propósito concentrar o tema da realeza de Jesus nesta passagem de sua vida, no sentido de esclarecer que tipo de Rei é Jesus, e também, reafirmar, que os “alicerces” do “Reino” já estavam estabelecidos quando Ele foi apresentado como Rei, um Rei diferente de todos os outros reis, um Rei, que teve a cruz com trono!
Jesus é o único Rei que se apresentou aos homens, sem nenhum aparato, sem nenhuma segurança física, no Reino que Ele veio implantar aqui na terra, a arma mais poderosa é o amor, a autoridade é o serviço, o grande é aquele que serve. No seu Reino não há lugar para a violência e nem para o ódio, as operações de guerra se concentram no serviço ao próximo, uma dessas operações, o próprio Jesus realizou na véspera de sua morte, quando numa atitude de humildade e serviço, Ele curvou-se para lavar os pés dos apóstolos.
Embora o seu Reino não seja deste mundo, o reinar de Jesus não está fora mundo, em outras passagens do evangelho, o próprio Jesus nos assegura: “O Reino de Deus já está entre vós”, o que nos dá a garantia de que, mesmo em meio as turbulências deste mundo em que vivemos, podemos vivenciar já aqui na terra, as alegrias do Reino do céu!
O modelo de rei visto pelos os homens, em nada assemelha a condição de rei aplicada a Jesus, pois o seu reinar independe dos esquemas deste mundo, o reinar de Jesus, só depende do querer do Pai!
Da agonia de Jesus pregado na cruz, podemos tirar vários exemplos que nos servirão de conforto nos momentos difíceis de nossa vida. Um dos pontos que mais deve chamar a nossa atenção, é que Deus Pai, não retirou o seu filho da cruz, o mesmo acontece conosco, Deus não nos retira do sofrimento, mas Ele nos dá a força necessária para superá-lo, assim como deu força a Jesus!
Juntamente com a festa de Cristo Rei, é comemorado o dia Nacional do Leigo, vocação imprescindível, na vida da Igreja, mas que às vezes é pouco reconhecida devido a nossa tendência em acreditar que vocacionados, são somente os padres, os bispos e religiosos.
Ser leigo (a) no mundo de hoje, chega a ser um grande desafio, pois não é fácil dar testemunho de Jesus, vivendo no mundo, sem pertencer ao mundo.
“É importante tomarmos consciência de que os Leigos ocupam importantes ministérios na Igreja, entre tantos, assumem a vocação particular de constituir família, o compromisso cristão de atuar com ética na vida profissional, com dedicação e diferencial positivo, no sentido de ser uma pessoa diferente, no meio de tantas”. Enfim, leigos (as) assumem o grande desafio de serem pedras vivas da Igreja terrestre, são eles, os trabalhadores do Reino!
Como povo de Deus, que peregrina rumo a Pátria definitiva, somos convidados a fazer parte do Reinado de Jesus, vivenciando a sua realeza, ciente de que não estaremos isentos da cruz.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olivia Coutinho
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Muita boa a reflexão. Só gostaria de enfatizar que como Diácono Católico, dificilmente vejo a nossa categoria de diáconos sendo mencionada. É incrível como passamos desapercebidos quando são mencionados os Ministros Ordenados: Bispos, padres.. Os Diáconos nunca aparecem, como se não fizessemos parte da mesma Igreja Católica Apostólica Romana. Deus Vos Abençoe. Diácono Lando - Diocese de Nova Iguaçu - RJ.
ResponderExcluirOlívia Coutinho Diz:Concordo com você Diácono Lando. Mas isso é muito bom pra vocês, que receberão a recompensa de Deus! Deus Reconhece o trabalho importantíssimo de vocês!
ResponderExcluirO Diácono veio antes do padre, nós devemos valorizá-los muitos pois eles prestam grandes serviços ao povo de Deus.
“Portanto, irmãos, escolhei entre vós, sete irmãos de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para que lhes confiemos essa tarefa… Eles foram apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles.”
Olivia Coutinho