Sábado, 12 de novembro de 2016.
Evangelho: Lc 18, 1-8
A perseverança na oração pode alcançar aquilo que espera. Não
se pode desanimar de buscar na força da oração o reino da Justiça. Mesmo o juiz
que não temia a Deus, que estava acima
da lei, atendeu o pedido da viúva, imagina Deus que é todo bondade e amor.
Jamais Ele vai desapontar o filho que o procura. Com certeza estará atento nos
pedidos para socorrer no momento certo.
A viúva já marginalizada pela sociedade em que se encontrava,
não tinha apoio de ninguém que pudesse atendê-la. Somente o juiz poderia
interferir. Mas não tinha interesse em ajudar a viúva. O juiz julgava estar
acima das leis e não temia nem a Deus, logo seria perda de tempo defender uma
pessoa que não fazia diferença na sociedade. Contudo a viúva não se intimidou e
rogou muitas vezes para ser ouvida. Ela
queria ter atenção de alguém que pudesse colocar o fim em suas angústias.
De tanto lamentar e pedir o juiz resolveu dar um basta.
Atendeu ao pedido da viúva que tanta clamava por justiça. Não queria que a
viúva voltasse a incomodar, tirar o sossego do nobre poderoso juiz.
Com essa parábola Jesus monstra para seus discípulos que o
homem não pode descansar no pedido da oração. Deve ser insistente. Deus que é
toda bondade não vai deixar de ouvir as preces. Agora, muitas vezes o homem quer que seu pedido seja atendido
rapidamente, num piscar de olhos. Na verdade o homem será atendido na medida
certa, ou no momento certo. A vontade de Deus não pode ser a vontade do homem.
A vontade do homem pode ser egoísta, individualista, interesseira, comodista.
Mas a vontade de Deus é coletiva, desinteresseira, ativa. Logo quando o homem
pede alguma coisa para Deus quer o atendimento instantaneamente. Sabe-se que
nada ficará sem ser atendido. Mas no momento certo!
Deus é a justiça e não injustiça. Por isso que os pobres
devem buscar a justiça divina perseverantemente. Principalmente os pobres em espirito. Na
gratuidade de Deus seus anseios serão
consentidos. Para tanto, o amor com Deus deve ser recíproco. O homem não deve
procurar Deus somente em aflitos, mas ter uma ligação afetiva de intimidade com
Ele a todo o tempo. A ligação se dá através da oração, do diálogo, da conversa
entre dois amigos. Não ter receio de conversar com Deus. Ele vai ouvir com todo
carinho.
No momento da oração desligue do mundo. Deixa as coisas
acontecerem. O homem é todo ouvido na graça do Pai. Enquanto na oração ficar antenados nas coisas
do mundo, há uma barreira entre o homem e Deus. Nada poderá atrapalhar o
conversa sincera entre o filho e o Pai. Tudo deverá fluir de modo sereno.
Isso acontece de modo agradável. Jesus pergunta: “o filho do
homem, quando vier, será que vai encontrar a fé sobre a terra?” Na volta do Filho do Homem não deverá encontrar surpresa, mas podemos
perguntar também: será que o homem desistirá de buscar e de lutar, com ação e
oração, a fim de que a justiça triunfe sobre a injustiça, trazendo a liberdade
e vida para todos os oprimidos e explorados deste mundo?
Como será que o Filho do Homem vai encontrar o mundo? Amém.
Abraços
Claudinei M. Oliveira
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