3 de Novembro de 2016-Ano C
Evangelho - Lc 15,1-10
O
Evangelho de hoje nos mostra que haverá
no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e
nove justos que não precisam de conversão.
Era comum às vezes uma ovelha, um cabrito
brincalhão, saltitando para lá e para cá, se desgarrar do rebanho e ficar
perdido pelos campos, sem que o pastor o percebesse.
E ao perceber, o pastor larga o rebanho pastando e
corre, ele vai à sua procura ansioso e em estado de desespero, e quando o
encontra agradece a Deus. Ele fica muito feliz ao encontrar a sua ovelha
perdida, e a colhe com carinho, reconduzindo-a ao rebanho.
Quando perdemos um filho, uma filha na rua, é
grande o nosso desespero, e é maior a nossa alegria ao encontrar aquele pedaço
de nós que se distraiu, se desgarrou da nossa mão protetora e saiu por aí.
O
mundo de hoje está repleto de ovelhas perdidas. São almas que se desgarraram do
rebanho de Cristo, que se desprenderam da caravana, ou da excursão, e seguiram
outros caminhos. São como crianças que se soltam das mãos do pais por que se
distraíram ao ver uma coisa que lhes interessou, uma coisa que lhes atraíram,
que lhe chamou a atenção. Seja um brinquedo, um palhaço ou coisa parecida.
Nós
nos desgarramos do caminho do Pai quando alguma coisa também nos chama a
atenção. E essas coisas que nos distraem, são geralmente as novidades do mundo
virtual, pode ser a beleza do sexo oposto, o conforto trazido pelas maravilhas
da tecnologia, uma nova moto, um novo carro, o novo celular.
Não
se trata de condenar o progresso, e mesmo esses bens materiais em si. O que
lamentamos, é que tudo isso nos faz desgarrar, desviar do caminho, da verdade e
da verdadeira vida.
Meus
irmãos, minhas irmãs. Muitos de nós somos ovelhas perdidas que nos desviamos da
estrada reta, e nos embrenhamos pelos caminhos tortuosos.
E
muitos de nós, nem percebemos que estamos perdidos. Podemos seguir
andando, e pensando que estamos no caminho certo, que somos pessoas de Deus, só
pelo fato de fazer o sinal da cruz ao deitar, pelo fato de falar o nome de Deus
de vez em quando, pelo fato de até irmos à missa no domingo. Porém, só
isso não basta.
Porque,
acontece que um sego não pode guiar outro cego. Quando estamos em pecado, não
enxergamos o caminho a seguir, e nos perdemos na escuridão da iniquidade,
tropeçamos nos buracos, e podemos cair nos penhascos a beira da estrada da
vida.
Um
dia eu li em um carro esta frase: Não me siga. Eu estou perdido!
Uma
brincadeira engraçada, porém com um grande fundo de verdade. Como podemos
seguir a alguém que se acha perdido? Não chegaremos a lugar nenhum. Pelo menos
ao lugar que deveríamos estar, ao objetivo que deveríamos atingir.
Isso
é o que acontece a muitos dos nossos jovens. Eles seguem os seus colegas aos
quais chamam de amigos, porém, esses tais estão nada mais nada menos do que
completamente perdidos na vida.
Porque
se desgarraram do rebanho a muito tempo, e seguiram um atalho, uma trilha, a
qual vai lhes conduzir a um abismo fatal.
E
lamentavelmente pode acontecer a nós catequistas, quando caímos em
pecado. O pecado nos cega, e não enxergamos o caminho, não vemos a mão de
Jesus estendida para nos levantar. É como caminhar a noite por um caminho
desconhecido.
E
depois do primeiro pecado, vem outro mais outro e ficamos enlameados pela lama
que suja a nossa alma!
Quando
o catequista chega a uma situação dessas, ele não consegue refletir ao mundo a
Luz divina, missão para a qual Deus o escolheu!
Então
chegou o momento de recorrer a misericórdia de Deus, o momento de buscar o
perdão, a confissão, o momento de se reintegrar ao rebanho de Deus.
E,
com certeza, seremos acolhidos pelo Pai que nos ama, e que nos chama a
conversão diariamente! Ele, como o pastor da parábola, nos reconduzirá com alegria
ao rebanho novamente.
Tenha um bom dia. José Salviano.
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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