Domingo, 13 de novembro de 2016.
I Leitura –
Malaquias 3, 19-20
Salmo 97
II Leitura – 2Ts 3,7-12
Evangelho: Lc 21,5-19
Neste domingo da Graça do Senhor buscamos nos fortalecer na
Palavra santificante a fim de animarmos para uma vida feliz no céu. A esperança
de ficarmos junto ao pai no trono celeste precede o esforço e a vivacidade na
construção de um reino da paz e da liberdade. Nosso Deus favorece com ação do
espirito santo uma caminhada cheia de vida na terra. Ele quer nosso bem e nossa
alma. Logo, seguir o exemplo do Mestre Jesus é a certeza da recompensa na
eternidade.
Malaquias apresenta como “mensageiro de Deus”, aquele que
veio anunciar para os descrentes o não abandono do Senhor para com eles. O Senhor protege e anima a caminhada para uma
vida cheia de felicidade. Quer seu povo contente e alegre para dar cores ao
mundo.
Sentindo-se o povo desanimado pós-exílio, sem forças para
reconstruir a vida no Espírito, o povo havia caído na apatia religiosa e na
absoluta falta de confiança em Deus, isso porque as antigas promessas de Deus
não se tinham cumprido. Contudo, o povo precisava reanimar com o projeto de
Deus, precisava encontrar forças para reavivar a fraternidade; o desencontro
com Deus não poderia continuar.
Por isso Malaquias queria ver o comprometimento do povo com
Deus, precisava da conversão e seguir os mandamentos. Porque a morte pode
abater toda uma geração se não comprometer-se com o desígnio de Deus.
Essa mensagem nos alerta para o dia do julgamento. Deus
cobrará de cada um de nós as justiças
cometidas a favor da reconstrução do Reino. O que fizemos de bom na terra que
agraciou o Criador? Somente as justiças cometidas podem nos levar para ao
encontro do pai. As injustiças afasta o homem de Deus. As coisas erradas frente
aos mandamentos de Deus se dissolverão em chamas. Porque os ímpios e os corações impuros não
verão a Deus. Somente alcançarão a vida eterna aqueles que praticarem a
equidade e a fraternidade. Por isso que a solicitude entre as pessoas é cheia
de Graça e de amor para com Deus.
Ninguém saberá o dia em que encontraremos Deus. Muitos querem
um sinal para se preparar. Mas lego engano quem esperar um risco no céu para
marcar a partida do homem da terra. Claro que muitos apareceram falando no nome
D’Ele e com lindas oratórias, mas nosso Deus virá num piscar de olhos. Por isso
que devemos ficar atentos no mundo presente para não cairmos nas armadilhas,
pensando que está de acordo com o Evangelho, mas estamos fazendo a vontade de
um corruptor. Olha que não faltarão pessoas enganadoras. Por isso, toda alerta
é pouca para não sermos surpreendidos.
A confiança no Deus da vida e da esperança é que enaltece a
coragem de viver num novo mundo e numa nova Era. Deus preparar tudo com
carinho. Ele é o fogo da justiça, clareia nosso caminhar e segura nas mãos para
não deixar cair em meios às tentações. A fé em nosso Deus nos recupera do mundo
perdido e perverso. Ela nos sustenta e alimenta a vontade de servir Deus com
toda ternura.
Diante de tantas maldades e perversidade parece que
caminhamos para o pior ou para o abismo. São muitos erros cometidos pelo homem.
A arrogância e a avareza não permitem visualizar um futuro cheio de alegria.
Neste caso pensamos que o mundo não tem mais jeito. O que está
acontecendo é a falta de compromisso e a falta de fé no Criador. Parece que Ele
não esta vendo o sofrimento do povo, virou as costas. Porém, Ele nunca abandona
o seu povo, Ele vai intervir nestas questões nefastas quando pedimos sua ajuda
com fé.
A ação libertadora de nosso Deus acontece constantemente. Não
vai acontecer no último dia. A libertação está para nós assim que desejarmos.
Está disponível para dar novo rumo na vida e para assentarmos na perspectiva de
Deus. Na verdade nada acontece na vida com facilidade. O sofrimento vai
aparecer a qualquer momento. Não vamos ficar livre dele. Até Jesus morreu nas
mãos do homem por não acreditar em seu projeto de vida e do seu amor. Disse
ainda que muitos odiarão por causa do
seu nome. Mas com a permanência na mesma fé que libertou o pecado da
humanidade é que iremos ganhar a vida
eterna. Por isso tenhamos fé e amamos os projetos de vida do nosso Pai.
O salmista entoa que o Senhor virá julgar com justiça.
Somente nosso Deus tem o poder de ponderar-se sobre os nossos feitos. Ele que
fez os céus e a terra tem o poder de avaliar o quanto podemos herdar o Reino da
Libertação.
Mas enquanto o Reino da Libertação não acontece, precisamos
laborar incensamente. Diferente a comunidade tessalônica que viva na espera da vinda gloriosa do Senhor.
Depois que Paulo saiu fugido por causa de sua pregação, os tessalônicos
acreditavam que bastava ficar olhando para os céus de braços abertos para
receber o Deus da vida. Contudo Paulo adverte que deveis trabalhar dia e noite,
com esforço e fadiga, para não ser peso a nenhuma outra pessoa. O trabalho na visão dos antigos gregos era
degradante, sem valor algum para a construção da pessoa e deve ser evitado a
todo o custo, deveria o homem voltar-se o olhar para o mundo das ideias.
O homem não pode permanecer no trabalho fortuito, sem
engrandecer o Deus Eterno, mas o trabalho que visualiza uma vicissitude do
Reino deve ser feito afim da cumplicidade com os ensinamentos do Pai. Portanto,
o trabalho deve ser continuação até ao momento da partida para o céu. Ou seja,
a construção de cumplicidade entre eu e Deus deve ser uma constância no dia a
dia. Por fim, sabemos que nossa missão é
tornarmo-nos “sinais” que anunciam o mundo novo e trabalhar para que esse mundo
novo seja uma realidade.
Nós cristãos devemos caminhar de cabeça erguida, cheia de
alegria e muitas esperanças. Acreditar no poder e na força de Deus. Darmos
sentido para aquilo que estamos fazendo com pitadas de amor e sabedoria. Com certeza no caminho vamos encontrar
dificuldades. O mal vai estar aposto tentando derrubar o bem. Não vai dar
trégua em nenhum momento. Contudo, Acreditamos que não estamos sós, mas Deus
está presente. Nessa esperança constante e amorosa de Deus que nos permitirá
enfrentar as forças da morte. Assim seja! Amém.
Abraços
Claudinei M. Oliveira
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