Dia 16 segunda
"Pois quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu, é meu irmão, minha
irmã e minha mãe".
Aquele
que ouve e que lê o Evangelho e o pratica, aquele que faz a vontade do Pai, este
é irmão de Cristo. E qual é mesmo a vontade do Pai? A vontade de Deus Pai é que amemos a Deus
todo poderoso, e ao irmão como amamos a nós mesmo. De nada vale uma prática religiosa
individualista: Eu e Deus e nada mais. Eu e Deus e ninguém mais. Encontrei um
dia uma senhora que muitos chamavam de beata, que me disse com muito orgulho:
Olha. Ontem eu assisti 3 missas. Será que ela assistiu pelo menos um irmão
carente de atenção, de ajuda, de afeto?
Prezados
irmãos. A nossa espiritualidade não pode ser mutilada. Não pode ser apenas uma
sintonia com Deus. Muitas vezes, durante a semana, é necessário deixar de irmos
à missa, para nos dedicar ao nosso trabalho, ao nosso irmão, à nossa irmã, seja
para ajudar, seja para acolher, seja tão simplesmente para dar-lhe uma atenção.
Jesus
nos ensinou na oração do Pai Nosso que devemos rezar dizendo: Seja feita à vossa vontade, assim na Terra
como no céu. No horto das Oliveiras, Jesus rezou e pediu a Deus Pai que o
livraste daquele sofrimento, ao qual Ele denominou de cálice amargo. Porém,
logo em seguida a esse pedido, Jesus diz que enfim, seja feita a vontade do
Pai.
Sabemos
que não cai uma folha da árvore sem que Deus o permita. Assim, Deus por vezes
nos permite o sofrimento, para o nosso próprio bem. E o bem maior do sofrimento
é a nossa purificação, a nossa santificação, pela expiação dos nossos pecados,
desde que soframos com paciência, sem revolta contra o Criador, e oferecendo
todos os dias tudo aquilo pelo perdão dos nossos pecados. Pois sem sofrimento nunca atingimos a
santidade.
Sabemos
que a doença na maioria das vezes é totalmente culpa nossa. Ou porque relaxamos
na higiene, ou comemos de forma errada, excesso de gordura e de açúcar, ou
abusamos do perigo, pilotando um veículo em alta velocidade, ou
embriagado, ou coisa parecida.
Porém,
muitas vezes algum mal que sofremos, não tem explicação humana. Somente aos
olhos da fé, poderemos interpretar o porque estamos passando por aquele
sofrimento.
Irmãos.
Vamos sofrer com paciência, pois é nos momentos de desespero que nos
aproximemos mais de Deus. Às vezes dá vontade de nos revoltar, de gritar: Pai!
por que me abandonaste!
Mas
não é por aí. Muitas vezes nos achamos uns santos, prontinhos para entrar no
céu. Mais diante dos olhos de Deus, a coisa não é bem assim. Ou simplesmente,
Ele está nos purificando mais para uma melhor atuação em nossa tarefa de levar
ao irmão, os seus ensinamentos.
Façamos
pois a vontade do Pai para merecermos ser considerados irmãos de Cristo. Amém.
Sal.
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