Por
que fazem isso na casa onde rendem louvores ao meu Pai-Alexandre Soledade
Bom
dia!
A
primeira impressão alguém poderia imaginar um surto de raiva, uma noite mal
dormida, ou que o Senhor havia acordado mais humano e posto o pé esquerdo
primeiro que o direito no chão… Sim! Com todo o respeito, Jesus nesse dia saiu
pra chutar o balde. E quem não chutaria?
Poderia
ele dizer aos vendedores: “Por que fazem isso na casa onde rendem louvores ao
meu Pai?” “por que fizeram do meu pai um comércio?” O que será que Jesus faria
ao ver o quanto hoje se vendem seu nome e as obras do
Pai?
“Cajado
de Abraão”, “Trízimo”, “Fogueira Santa”, hunf! (…) O que fazem da sua casa hoje?
Mas
vamos analisar outro ponto: A FIGUEIRA.
Não
vejo Jesus amaldiçoando a figueira por nada e sim propondo um ensinamento. Ele
bem sabia que não era época dos frutos, mas queria ensinarque poderíamos ser surpreendidos a qualquer
momento (dificuldades, cobranças, situações difíceis) e nesta hora, deveríamos
ter algo para apresentar.
Acontece
que por vezes, mesmo em época propícia, preferimos não dar frutos. Jesus olhava
para aquela figueira e também nos olha nos olhos quando “nos negamos” a dar
frutos. Ele talvez pergunte: Se o tempo é propício, por que não dá frutos?
É
importante saber que a figueira é uma árvore sagrada (pra Deus também somos),
pois foi uma das plantas escolhidas para habitar a terra prometida na promessa
divina aos judeus que saíram do Egito.
“(…)
Reconhece, pois, em teu coração, que assim como um homem corrige seu filho,
assim te corrige o Senhor, teu Deus. Guardar os mandamentos do Senhor,
teu Deus, andando em seus caminhos e temendo-o Porque o Senhor, teu Deus, vai
conduzir-te a uma terra excelente, cheia de torrentes, de fontes e de águas profundas
que brotam nos vales e nos montes; uma terra de trigo e de cevada, de vinhas,
DE FIGUEIRAS, de romãzeiras, uma terra de óleo de oliva e de mel, uma terra
onde não será racionado o pão que comeres, e onde nada faltará; terra cujas pedras
são de ferro e de cujas montanhas extrairás o bronze. Comer à saciedade, e
bendirás o Senhor, teu Deus, pela boa terra que te deu. Guarda-te de esquecer o
Senhor, teu Deus, negligenciando a observância de suas ordens, seus preceitos e
suas leis que hoje te prescrevo“. (Deuteronômio 8, 5-11)
Foram
então sete plantas eleitas para habitar a nova terra. Sete também são os dons
do Espírito Santo que Deus nos enviou para os fazer brotar no mundo. Na
verdade, Deus espera que primeiramente os dons plantados em nós, por vontade
nossa, brotem e dêem frutos.
Repare
esse exemplo:
Após
perder o horário e o ônibus, o livre arbítrio nos permite sentar e esperar o
próximo. Isso me fez lembrar uma turminha que pega ônibus para ir à escola.
Mora a menos que quinhentos metros da escola, mas pega ônibus. Ao perderem o
ônibus, arriscam-se a esperar o próximo, sem saber se este virá no horário, se
estará vazio, se quebrará, (…). Preferem arriscar a caminhar.
Deus
concede dons a todos nós, mas por que não caminhamos? Rezar é caminhar… Rezar
não é esperar o próximo ônibus; rezar não é somente as folhas; rezar é dar o
passo. “(…) Por isso eu afirmo a vocês: quando vocês orarem e pedirem
alguma coisa, creiam que já a receberam, e assim tudo lhes será dado”.
Crer
que já recebemos é então, se por a caminho. Se é assim, por que fico a esperar
para comprovar. Estou vendo a água descendo do morro, mas insisto em ficar.
Isso não é fé e sim teimosia.
A
teimosia é bem diferente da persistência. Teimoso é aquele que não aceita os
fatos, novas sugestões, novas propostas e fatalmente também secará. A figueira
precisa das vespas e pequenos insetos para poder dar fruto. Conselhos são como
vespas, sua presença pode gerar medo, mas quando bem recebidos, nos ajudam a
dar frutos.
Não
seque! Dê frutos!
Um
imenso abraço fraterno.
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