Sexta-feira, 13 de julho
Mt 10,16-23
A palavra
Mateus apresenta
uma espécie de breviário do missionário. Aqui, Jesus faz um discurso apostólico
para os seus discípulos, alertando-os e preparando-os para a missão.
É bom ler todo o
capítulo 10, porque apresenta a concretude da missão dos discípulos. Já no
início, justamente nos versículos 2 a 5, Mateus apresenta uma lista dos nomes
deles. Depois, Jesus os envia para a missão.
No Evangelho de
hoje, Mateus realça, constantemente, a perseguição que os discípulos irão
encontrar durante a missão, por isso que Jesus os envia como ovelhas no meio de
lobos: “Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos”. Eles são as
ovelhas e as autoridades do Império Romano são os lobos.
Sem entrar em muito
detalhe, podemos perceber, a partir do versículo 17 a 19, a conseqüência do
pregar o Evangelho e do testemunhar Jesus como filho de Deus, às nações gentis.
O versículo 20
trata da ação do Espírito Santo na vida missionária dos missionários,
justificando que eles não estão sozinhos, mas com a força de Deus: “Com efeito,
não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que
falará através de vós.”
Os versículos 21 a
22, aparentemente, podem ser confusos, porém não são: “O irmão entregará à
morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos levantarão contra
seus pais, e os matarão. Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome.
Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo”. Jesus quer referir que uma pessoa,
dentro de uma família, pode aceitar a proposta salvífica dada pelos discípulos,
e de tal modo, àqueles que não aceitaram a proposta entregarão ao tribunal da
morte, seus próprios parentes. Evidentemente, o que Jesus previu ocorreu,
justamente, na perseguição dos primeiros cristãos pelo Império Romano e
autoridades eclesiais judaicas.
Oração da vida
Era uma vez um
homem que andava procurando a terra dos justos. Lá deveria existir homens
diferentes. Lá não deveria haver corrupção, imoralidade, opressão dos pequenos,
nem marginalização de espécie alguma. E porque todos se ajudam, miséria e fome
não teria vez naquele país.
Saiu à procura
dessa terra abençoada. Sentiu fome e frio. Enfrentou ontrariedades e
desilusões. Perguntou a muita gente se conheciam esse país maravilhoso. Alguns
riam dele, outros meneavam a cabeça, e todos o chamavam de louco e visionário.
Uma tarde, já
esgotado de forças e consumido pela fome, avistou um grupo de pessoas rezando e
lendo um grande livro. Aproximou-se e perguntou: vocês já ouviram falar de um
país onde reina a justiça e a fraternidade? Eles responderam: Sim, podemos até
ajudá-lo a encontrar esse reino. Nossa pista é esse livro. Nele encontra-se a
seguinte passagem: “O Reino de Deus está no meio de vós”. Cabe a nós encontrá-lo.
Como a mina de ouro debaixo de nossos pés, bastamos que cavemos o chão para
encontrá-lo. Fique com a gente. Juntos formaremos esse reino, esse país
encantado onde todos se ajudam e são irmãos.
Que essa história
nos ajuda a perceber nossa missão aqui na terra. Se desejamos que o Reino
aconteça, no entanto, o que falta é a nossa iniciativa. A Sagrada Escritura é o
mapa para a sua construção e nós somos os operários. Maria, mãe amável e
admirável, mãe da pedra fundamental, ajude-nos em nossa missão de cristãos.
Amém.
Fr. Denis Francisco
Rosa Oliveira (denisfcssr@gmail.com)
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