Domingo, 22 de Julho de 2012.
Evangelho: Mc 6,30-34
Chegamos a
mais um domingo do Senhor. Nele reafirmaremos a nossa fé e a nossa
esperança de sermos filhos abençoados. Somos
gratos por tudo que nos foi confiado pelo Pai e, por amor incontestável,
retribuamos as alegrias através dos gestos na
ajuda aos irmãos carentes e necessitados.
Nesta
reflexão refletiremos o papel da pastoral na comunidade que não seja para ser
mais uma pastoral coxa e/ou inerte, mas uma pastoral que orienta o povo para o
Pai e ajude o irmão a fazer o encontro com Deus e seguir seus princípios de
amor, justiça e solidariedade.
Para
tanto, questionamos os líderes: como está sendo
a liderança de nossas pastorais? Está buscando
unir a vontade do Pai com a vontade da comunidade? Ele realmente interage com o
povo mostrando caminhos a serem desbravados? Ele é
humilde e acolhedor ao mesmo tempo? Sabe ouvir e posicionar diante dos lamentos
da comunidade?
Ser um líder de uma pastoral significa
ser alguém com apreço e dedicação por excelência. Ser um líder de uma
comunidade é ser um humano especial capaz de levantar
multidões a novo rumo como Jesus fez; é ter
habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando
atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum.
Se a liderança das pastorais da
comunidade não contagiar o povo para o seguimento
de Jesus não passa de um líder morto, parado e sem resultado. O líder é o
responsável para a dinâmica das pastorais na comunidade. Ele é o primeiro a
chegar aos encontros e o último a sair, trás propostas viáveis e as apresenta
para a comunidade, não tem preguiça de andar e nem de buscar soluções para os
problemas. O líder está sempre antenado para possíveis surpresas desagradáveis.
Desse modo a liderança estará
contemplando sua missão de envolver o povo no amadurecimento ao serviço e na fé
do reino. Entretanto, imagina uma comunidade que só reúne para rezar aos
domingos sem o trabalho pastoral, sem uma vivacidade pastoral e sem o serviço
do anúncio na prática? Não passa de uma comunidade moribunda, mórbida e sem
vida. O Senhor não quer que seu povo pereça por falta de pastores eficazes na
luta da disseminação da sua palavra. O Senhor quer pastores (líderes)
contundentes, motivadores e cheio de espiritualidade para conduzir seu rebanho.
Veja o que Jeremias escreveu na Primeira
Leitura: “Ai dos pastores que deixam perder-se e dispersar-se o rebanho de minha
pastagem”. As ovelhas ou os filhos do Senhor devem
ser bem cuidados para crescer no amor umas com as outras.
O pastor ficará atento ao redor do redil para não deixar aproximar os
predadores. Todas as ovelhas devem ser bem pastoreadas. Ai de vós pastor ou
líder se não cumprir bem sua tarefa de zelar pelo rebanho do Senhor!
Na comunidade o pastor líder é aquele
que reúne forças para preservar o bom costume da tradição da igreja e levar a
dignidade a todo fiel de forma homogenia e sem distinção. Todos os fiéis devem
ser bem carinhado, incentivado e bem tratado para continuar na caminhada de
igreja.
A junção do povo com o mistério da fé
está no Cristo Ressuscitado. Ele uniu o distante, o incrédulo, o perverso na
unidade da salvação. Jesus, sendo um pastor e um líder
nato, mostrou para o povo alienado e cego novas leis
libertadoras. Não permitiu que seu rebanho se padecesse nas mãos de falsos
líderes ou pastores, Ele foi a figura central da nova
estrada sem obstáculos para ser percorrida.
Assim, a pastoral que Jesus enfatizou
contemplou aqueles que não tinham voz e nem vez diante do poder. Viu neles a
verdade da construção de uma realidade em que o serviço estava acima dos
privilégios, ou seja, servir na humildade para dar esperança e conforto.
O verdadeiro pastor não tem hora e nem
local para o serviço. No Santo Evangelho, Jesus saiu para conversar com os
discípulos em um lugar privativo, seria um momento de descanso e renovação das
energias. Mas a multidão descobriu e chegou primeiro no local. Todos estavam
sedentos por palavras que abastecessem as inquietudes. O Mestre não fraquejou e
nem ficou irado, aproveitou a oportunidade e fez a pregação necessária.
O pastor acolhedor que tem em seu
coração a solicitude do amor e da esperança não pode fugir dos compromissos.
Tem que embasar no Mestre e lutar para que o serviço pastoral favoreça na
equidade todo anseio do povo. Reunir forças
e discernimento para que a comunidade seja autêntica, válida, perspicaz e necessária
para alinhar o povo na caminhada para o céu. Olha que tem muita gente
precisando de uma conversa amiga, de um direcionamento ou de um conselho capaz
de fazê-la enxergar novas realidades.
Mas como fazer isto? Como
proporcionar reflexões que levem o povo ao consolo de Deus. A resposta está na
ação das pastorais catequéticas, do batismo, da juventude, da família, da
comunicação, dos grupos de reflexão, da renovação carismática, do idoso e
tantas outras pastorais que muitas paróquias privilegiam. Todas as pastorais
são canais diretos da educação da fé, educa para a vida e para viver em
comunidade.
Portanto, Jesus foi um pastor exemplar
que não teve medo de falar a verdade e nem de mostrar o verdadeiro caminho para
o homem explorado e sem condições de visualizar as belezas do mundo sozinho,
nos deixou este legado da persuasão contrita no Deus Trino e Uno, para sermos
membros desta comunidade linda que está a serviço da palavra da
libertação. Sejamos como o coração
compassivo de Jesus que acolhe a todos os que se aproximam dele e nunca
decepciona ninguém. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Para sempre seja louvado! Amém!
Claudinei M. Oliveira
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