Estamos tão cercados de tecnologia barata e simples, que estão quase obrigando as pessoas a serem felizes.
Mostram a todo momento que temos tanto para comemorar.
A Internet diminui distâncias e possibilita, assim como na praia, que pobres e ricos possam se misturar e frequentar os mesmos lugares.
Já pensou nisso?
Nesse momento podemos visitar o museu do Louvre, passear pelas ruas de
Paris ou Amsterdã.
Busque uma câmera online e veja o céu de Nova York.
E o frio londrino pode até ser sentido aqui e agora.
Podemos até começar um papo com o nosso futuro amor.
Mas, porque não sorrimos tanto assim?
Porque os consultórios se enchem de pessoas com queixas "vazias".
Pessoas que estão doentes e não conseguem explicar a doença.
São sintomas da alma, que aflita perdeu a paciência.
Paciência que desapareceu do mundo agitado e cheio de pressa.
Temos tecnologia 4G para o seu Ipad, mas nem 1G para a sua paz.
Deveríamos estar todos felizes.
Não precisamos mais caçar a comida, pegar a lenha, buscar água.
Subir escadas?
Temos elevadores rápidos.
Caminhar até a esquina?
Pra quê?
Temos carros velozes.
Namorar na praça?
Temos o Face, o MSN, o twitter.
Podemos digitar alguns caracteres que dizem:
eu te amo!
Com ponto de exclamação e vazio de emoções.
Condomínios fechados.
Alimentos processados.
Comida
"FAST" que nos "FOOD".
Pílulas para dormir, para fazer amor, para relaxar, para rir.
Plásticas para esticar, desinchar, afinar e até, pasmem: matar!
Admirável mundo velho, que se faz de novo e engana a cada um de nós.
Que esquecemos o valor das pequenas coisas.
Da comida feita lentamente, no processo de colocar amor em cada ingrediente, do beijo na boca demorado e ardente, do tempo de abraçar e
sorrir contente.
Do tempo em que precisávamos de muito pouco para sermos felizes.
Pelo menos agora, por amor a você, preste atenção ao seu tempo, que escorre pelo ralo da tecnologia, que rouba a paciência e a própria essência da vida.
Desligue-se por algum tempo, e viva o mundo real, que te saúda e oferece
mil coisas saudáveis e gratuitas para ser realmente feliz!
TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
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