.

I N T E R N A U T A S-M I S S I O N Á R I O S

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS

e RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES.

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PARA PESQUISAR NESTE BLOG DIGITE UMA PALAVRA, OU UMA FRASE DO EVANGELHO E CLICA EM PESQUISAR.

terça-feira, 10 de julho de 2012

“Jesus e o homem rico” - Claudinei M Oliveira.





Segunda – Feira, 28 de Maio de 2012.
Evangelho: Mc  10,17-27

            O evangelista Marcos sabiamente descreve o encontro de Jesus com o homem rico. Não foi um encontro agradável, pois o que Jesus disse a cerca da vida eterna não agradou o homem que acumulava bens e poder. Esperava o homem encontrar uma resposta dentro da sua realidade, mas o que ouviu contrariou muita a sua pretensão.
            O homem rico perguntou a Jesus como fazer para ganhar a vida eterna. Jesus respondeu que era preciso observar os mandamentos, não matar, não roubar, não cometer adultérios, não levantar falso testemunho (...). o homem disse que já conhecia estes mandamentos desde sua juventude, portanto, estava pronto para ganhar a vida eterna tão esperada. Entretanto, o Mestre joga a pergunta que levanta a tristeza no homem rico: então, vá e vende tudo o que você tem, doa aos pobres, depois, vem e segue-me. E agora, o que fazer? Como desfazer dos bens que alegravam sua vida, dos bens que enobreciam diante dos mais fracos, dos bens que davam privilégios e ostentação na vida? Ou seja, como doar sua riqueza para os pobres?
            Olha que o Reino de Deus é exigente, não uma exigência fora do comum, acontece que a mente do homem já esta formada no mundo da cobiça, no mundo do acúmulo de bens, logo  pensar no mundo do Espírito Santo, ou na vida da salvação, que exige renúncia, discernimento, partilha, foge da realidade do pensar do homem.  Mas para o homem que deseja realmente chegar perto de Deus precisa observar não somente os mandamentos, mas toda a vida despojada para Cristo, isto é, não prender neste mundo viril que só aguça a desavença entre os irmãos, mas encher-se da divindade e da força do Espírito que interpreta os sinais da presença do Mestre.
            Jesus estava, segundo Marcos, instruindo os discípulos sobre as riquezas e anunciando-lhes e o que os esperava no futuro. Claro que a riqueza é terrena e passageira, mas o futuro do ser cristão deve estar ao alcance do Pai. Não tem como conciliar a vida da luxúria, cheia de status sociais à custa da exploração alheia com a vida eterna que se perfaz no  amor e na ternura do Pai. A escolha deve partir do desejo e da fé que o cristão expressa. Não tem como vigorar das ostentações terrenas e conquistar o céu ao mesmo tempo. Sabe-se que o céu, ou a vida eterna, dependerá do comprometimento do homem com o projeto divino de Jesus e, para comprometer-se com o Reino de Deus, o cristão deve mergulhar na partilha, na ajuda aos necessitados, no comprometimento com o reino, na solidariedade e na justiça.
            Tanto é que Jesus afirmar para os discípulos depois de enxergar tristezas na fisionomia do homem rico: “como é difícil o rico entrar no reino de Deus”  (...) “é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulho do que um rico entrar no reino de Deus”.  Expressão verdadeira de Jesus, para os discípulos, então, ninguém salvaria, mas Jesus disse que para Deus nada era impossível. Para tanto, o futuro pertence àqueles que dão possibilidades  de vida para todos. A vida eterna  depende da  disposição concreta de ampliar o círculo da vida para aqueles que são destituídos dela, porque estão marginalizados e na miséria, isto é, a vida eterna consiste em ajudar aqueles que padecem por pão, amor e fraternidade.
            Portanto, Jesus e o homem rico nos alinham para o desejo do trabalho para o Reino. Antes de seguir Jesus deve-se observar o grau de comprometimento com as causas dos pobres e dos abandonados, sem esta reflexão, vai acontecer a mesma coisa que deixou o homem rico entristecido: abaixar a cabeça e partir sem dar resposta ao Mestre. Caros irmãos e irmãs, não deixem as glórias do mundo corroer sua alma para o mal, amem o projeto de Deus e abracem as causas das minorias. Amém.
            Claudinei M. Oliveira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário