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terça-feira, 17 de julho de 2012

“A Semente é de primeira, a terra, nem tanto...” - Diac. José da Cruz



SEXTA FEIRA DA 16ª SEMANA DO TC – 27/07/2012
1ª Leitura Jr 3, 14-17
Salmo  Jr 31 “O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho”
Evangelho Mateus 13, 18-23
“A Semente é de primeira, a terra, nem tanto...” - Diac. José da Cruz


Perto da minha casa onde vivia minha infância, havia uma pequena quitanda, onde se vendia também sementes de hortaliças. Minha saudosa mãe sempre tinha no quintal um pedacinho de terra onde gostava de cultivar verduras, e ela me incentivava a cuidar do canteiro. Um dia decidi obedecer e seguindo seus conselhos fiz um canteirinho só para mim, e fui comprar as sementes.
Como era desleixado e não zelava de maneira conveniente pelo canteiro, os brotinhos das hortaliças acabaram morrendo, por falta de água e de cuidados, fora o que os pardais comeram. Certa tarde em que ela me censurava pelo meu desleixo, respondi que as sementes é que não prestavam...É isso que Jesus explica aos discípulos neste evangelho.
A Semente da Boa nova vem sendo fartamente semeada desde a encarnação de Jesus, primeiro por ele próprio e depois pela Igreja, desde a Era Apostólica, até os nossos tempos. O problema está na terra do coração do Homem, onde a semente cai. As vezes não compreendemos a Palavra, sentimos necessidade de uma formação, de um aprofundamento, mas sempre deixamos para mais tarde, então as Forças do Mal levam a semente embora. Essa foi semeada á beira do caminho....Em outras ocasiões acolhemos a Palavra e a guardamos como uma nova ideologia ou Filosofia de Vida, mas não deixamos que ela se enraíze em nós, isso é, nos negamos a admitir que ela mude algo em nossa vida, são essas as sementes que caíram em terreno pedregoso, talvez pedregulhos de um exacerbado racionalismo que nos impede ter uma visão do Transcedental. Então na primeira dificuldade a rejeitamos e ela permanece em nós mas na superficialidade do nosso ser.
Há as sementes que caíram no meio do espinheiro, achamos a Palavra muito interessante, mas há em nosso íntimo outras raízes do espinheiro do egoísmo, que sufocam a Semente, no coração de um egoísta, de quem se recusa a viver em comunidade, na comunhão de vida com os irmãos e irmãs, nesse coração a pobre Semente da Palavra não a menor chance de frutificar.
E quando se compreende a Palavra é porque vemos nela a possibilidade de algo novo e inédito em nossa vida, queremos que frutifique, cuidamos da terra do nosso coração, removemos os pedregulhos e espinhos, aplicamos o poderoso Fertilizante da Eucaristia e aos poucos vamos sentir a alegria de ver os frutos, que as vezes são poucos, outras vezes dão um pouco mais, e em outras vezes chegam a cem por cento. Nosso coração comporta todos esses tipos de solo, cuidar dele para que possa sempre frutificar, é dever de todos nós, como ensinou-me minha mãe a cuidar do pequeno canteiro.
Quando somos desleixados com a Palavra, jogamos a culpa na semente, há os que, por conta disso mudam de igreja e de religião e vão se embora levando no coração muitos espinheiros, pedregulhos e terra seca, sem se darem conta disso.

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