A FÉ EM JESUS TRIUNFA SEMPRE
Domingo, 27 de junho de 2021.
Evangelho de Mc 5, 21-43.
A liturgia de hoje nos convida fundamentar nossa vida em três virtudes: na fé, na solidariedade e na generosidade, buscando-as no Sagrado Coração de Jesus. Precisamos construir comunidade em que caibam essas virtudes! Que os nossos relacionamentos sejam baseados nelas, ao contrário das comunidades de hoje marcadas pelo individualismo, indiferença, intolerância e narcisismo.
O Evangelho de hoje narra a realização de dois grandes milagres: a cura da mulher, que tinha uma hemorragia há 12 anos, e a “reanimação” de uma menina de 12 anos, que havia sido dada como morta. De acordo com a religião daquele povo, o fluxo de sangue fazia da mulher uma pessoa estéril e impura e para a menina morrer aos 12 anos era morrer na idade de se tornar mulher.
Esse evangelho ressalta muito bem que o povo esperava o Messias do jeito que Ele se revelou ser: misericordioso, amoroso, poderoso... Por isso, todos os rodeavam quando o viam. A multidão o acompanhava por causa das suas palavras, seu jeito de ser, falar e agir. O lugar de Jesus é sempre no meio do povo, partilhando das angústias do povo, como a de Jairo, chefe da sinagoga, que estava com a filhinha à beira da morte e da mulher, que há 12 anos sofria de hemorragia.
Jesus exercia uma grande atração sobre as pessoas devido aos milagres que realizava, mas principalmente por sua santidade de vida e a grandeza de sua doutrina.
Jairo se aproxima de Jesus, prostra-se diante d’Ele e pede a salvação de sua filha, uma menina de doze anos, dizendo: “Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe–lhe as mãos para que se salve e viva”. A súplica de Jairo é uma oração que brota do coração.
Antes de ir à casa de Jairo para curar sua filha, no caminho, aconteceu outro milagre. Junto à multidão estava também uma mulher, que há 12 anos padecia de fluxo de sangue. Ela já havia gastado tudo o que possuía com vários médicos e ninguém resolvia seu problema, só piorava. Ela caminha até Jesus com fé e esperança de ser curada, embora fosse espremida pela multidão. A mulher tocou-lhe as vestes, e ela pensava: “se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada”, mais uma prova de fé, a mulher tinha certeza do poder de Jesus para curá-la. E no meio daquela multidão, Jesus pergunta: Quem me tocou? Então a mulher se prostrou diante d’Ele e declarou toda a verdade.
Muitas pessoas, naquele momento, estavam tocando Jesus, mas Ele percebeu que alguém o tocou de modo diferente, com fé, crendo no poder d’Ele. Ela crê que só tocando em seu manto seria curada. E no mesmo instante em que tocou nas vestes de Jesus, ela sentiu que estancou o fluxo de sangue. Sua fé simples tem a recompensa de Jesus, que se inclina a quem nele deposita confiança. E Jesus disse: “Filha, a tua fé te salvou, vai em paz e fica curada dessa doença”. Jesus a chama de “Filha”. Ela que era discriminada, marginalizada recebe esse tratamento carinhoso de Jesus.
Fé é dar um passo de coragem e confiança. Assim deve ser nossa fé! Para Deus nada é impossível, mas é preciso que nós também toquemos Jesus e não só esbarremos nele. Tocar, quer dizer mergulhar em Jesus, deixá-lo agir em nós, confiar plenamente. Acreditar n’Ele, porque Ele está presente na Palavra, que nos orienta e na Eucaristia onde nós podemos recebê-lo verdadeiramente. É preciso que a nossa fé seja igual à fé da mulher, tocar Jesus, acolhê-lo no coração, fazer experiência do seu amor na nossa vida. Pode ser que muitos passem a vida comungando, mas não toquem em Jesus, não mergulhem e nem conhecem o Seu infinito amor.
Jesus ainda estava falando com a mulher, quando Jairo recebeu a notícia: “Sua filha morreu”. Jesus escutou a notícia e disse a Jairo: “Não tenhas medo, basta ter fé”.
Jesus vai até à casa de Jairo acompanhado de Pedro, Tiago e João, os discípulos que ele sempre escolhia para acompanhá-lo em momentos especiais. Jesus acalmou os pais dizendo que a menina não morrera, mas dormia.
Entraram no quarto os pais da menina, os três apóstolos e Jesus, que pegando na mão da menina disse: “Menina, levanta-te!” No mesmo instante a menina levantou-se e começou a andar, pois tinha 12 anos. Jesus mandou que lhe dessem comida por dois motivos: para melhor mostrar a eles a veracidade da ressurreição e para que eles vissem o duplo milagre realizado: Jesus além de ter ressuscitado a menina tinha curado a doença.
Jesus vence a morte, é o Senhor da Vida! Ele ressuscita os mortos com sua Palavra e com o poder de Deus, que age nele. Assim manifesta que Deus não criou a morte, nem se agrada com a morte de suas criaturas. Jesus é humano e divino, Ele tem poder sobre tudo, até sobre a morte. Ele é mais forte que o mal, mais forte que a morte.
Na cena da mulher doente, é ela que toca em Jesus, na cena da filha de Jairo é Jesus que a toca segurando a sua mão. Tocar em Jesus ou ser tocado por Ele é a mais pura demonstração do encontro que salva e transforma. Que maravilha: tocar e ser tocado por Jesus. É uma experiência que nos transforma de dentro para fora e nos faz ser instrumento de benção para os outros. Somente o encontro pessoal com Jesus nos leva a ser mais humanos e mais amorosos. Pelo encontro com Jesus, somos restaurados para viver segundo os valores do Reino; pelo encontro com Jesus, somos inseridos em seu Corpo, que é a igreja, a fim de vivermos como irmãos uns dos outros, construindo uma comunidade de fé, solidariedade e generosidade.
Dediquemos todas as nossas energias em favor da vida! Cristo nos quer aliados nessa luta, a fim de tornar cada vez mais difícil o trabalho da morte!
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
Vamos sim está em orações José Salviano.
ResponderExcluirEu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.