03º Domingo do Advento - Ano B
13 Dezembro 2020
ANO B
3º DOMINGO DO ADVENTO
Tema do 3º Domingo do Advento
As leituras do 3º Domingo do Advento
garantem-nos que Deus tem um projecto de salvação e de vida plena para propor
aos homens e para os fazer passar das "trevas" à "luz".
Na primeira leitura, um profeta pós-exílico apresenta-se aos habitantes de
Jerusalém com uma "boa nova" de Deus. A missão deste
"profeta", ungido pelo Espírito, é anunciar um tempo novo, de vida
plena e de felicidade sem fim, um tempo de salvação que Deus vai oferecer aos
"pobres".
O Evangelho apresenta-nos João Baptista, a "voz" que prepara os
homens para acolher Jesus, a "luz" do mundo. O objectivo de João não
é centrar sobre si próprio o foco da atenção pública; ele está apenas
interessado em levar os seus interlocutores a acolher e a "conhecer"
Jesus, "aquele" que o Pai enviou com uma proposta de vida definitiva
e de liberdade plena para os homens.
Na segunda leitura Paulo explica aos cristãos da comunidade de Tessalónica a
atitude que é preciso assumir enquanto se espera o Senhor que vem... Paulo
pede-lhes que sejam uma comunidade "santa" e irrepreensível, isto é,
que vivam alegres, em atitude de louvor e de adoração, abertos aos dons do
Espírito e aos desafios de Deus.
LEITURA I - Is 61,1-2a.10-11
Leitura do Livro de Isaías
O espírito do Senhor está sobre mim,
porque o Senhor me ungiu e me enviou
a anunciar a boa nova aos pobres,
a curar os corações atribulados,
a proclamar a redenção aos cativos
e a liberdade aos prisioneiros,
a promulgar o ano da graça do Senhor.
Exulto de alegria no Senhor,
a minha alma rejubila no meu Deus,
que me revestiu com as vestes da salvação
e em envolveu num manto de justiça,
como noivo que cinge a fronte com o diadema
e a noiva que se adorna com as suas jóias.
Como a terra faz brotar os germes
e o jardim germinar as sementes,
assim o Senhor Deus fará brotar a justiça e o louvor
diante de todas as nações.
AMBIENTE
A liturgia deste domingo volta a
propor-nos um texto do Trito-Isaías (capítulos 56-66 do Livro do profeta
Isaías). Os capítulos atribuídos a essa figura que se convencionou chamar
Trito-Isaías apresentam-nos um conjunto de textos cuja proveniência não é
totalmente clara... Para alguns, são textos de um profeta anónimo, pós-exílico,
que exerceu o seu ministério em Jerusalém após o regresso dos exilados da
Babilónia, nos anos 537/520 a.C.; para a maioria, trata-se de textos que provêm
de diversos autores pós-exílicos e que foram redigidos ao longo de um arco de
tempo relativamente longo (provavelmente, entre os sécs. VI e V a.C.).
Em qualquer caso, os textos do Trito-Isaías situam-nos na época posterior ao
Exílio e numa Jerusalém em reconstrução. Para os retornados do Exílio, são
tempos difíceis e incertos... A população da cidade é pouco numerosa, a
reconstrução é lenta e modesta, os inimigos estão à espreita. Por outro lado,
os retornados são recebidos com frieza e hostilidade pelos poucos habitantes de
Jerusalém que tinham ficado na cidade e que não tinham ido para o exílio... Aos
poucos, com a reorganização da vida na cidade, voltam as injustiças dos
poderosos sobre os fracos e os pobres, bem como a corrupção, a venalidade e a
prepotência dos chefes. O Povo está desanimado e sem esperança.
Os profetas que desenvolvem a sua missão nesta fase vão tentar acordar a
esperança num futuro de vida plena e de salvação definitiva. Nesse sentido, vão
falar de uma época em que Deus vai voltar a residir em Jerusalém, oferecendo em
cada dia ao seu Povo a vida e a salvação. Essa "salvação" implicará,
não só a reconstrução de Jerusalém e a restauração das glórias passadas, mas
também a libertação dos pobres, dos oprimidos, dos fracos, dos marginalizados.
O texto que hoje nos é proposto é o princípio (vers. 1-2) e o fim (vers. 10-11)
do capítulo 61 do Livro de Isaías. A menção do "Senhor Deus" (em
hebraico, Jahwéh-Adonai) no versículo 1 e no versículo 11 confirma que todo este
capítulo apresenta uma clara unidade textual e temática. O capítulo está
claramente dividido em três secções. Na primeira (vers. 1-3a), o profeta
expressa o sentido da sua própria vocação; na segunda (vers. 3b-9), o profeta
transmite palavras do Senhor, prometendo a restauração do Povo, da Aliança e de
Jerusalém; na terceira (vers. 10-11), o profeta apresenta uma declaração de
alegria, provavelmente de Jerusalém, em face da promessa de Deus.
MENSAGEM
A primeira parte do nosso texto (vers.
1-2a) pertence à primeira secção do capítulo. Aí, o profeta apresenta o sentido
da sua vocação e missão. Antes de mais, ele apresenta-se como o
"ungido" do Senhor, sobre quem repousa o Espírito; e é o mesmo
Espírito que o move e o impele para a missão - como acontecia com os juízes e
os antigos profetas (cf. Nm 11,25-26; 24,2). Embora não se mencione o termo
"profeta", essa missão apresenta-se como eminentemente profética: ele
é enviado por Deus e a missão tem a ver com o serviço da Palavra.
Em concreto, a missão do profeta consiste em anunciar uma "boa
notícia" ("evangelho"), em curar os corações feridos, em
proclamar a libertação aos prisioneiros, em promulgar "o ano da graça do
Senhor". O anúncio do "ano da graça" alude aos anos jubilares
(celebrados de cinquenta em cinquenta anos - cf. Lev 25,10-17) e aos anos
sabáticos (celebrados de sete em sete anos). De acordo com a Lei de Deus, eram
anos destinados a restaurar a situação original de justiça e implicavam, por
isso, a libertação dos escravos (cf. Ex 21,2; Dt 15,12), o perdão das dívidas
(cf. Dt 15,1) e a restituição dos bens e propriedades alienados durante esse
período.
Os destinatários dessa mensagem de esperança são os "pobres". A
categoria "pobres", no contexto bíblico, é menos uma categoria
sociológica e mais uma categoria espiritual... Os pobres são os carentes de
bens, de dignidade, de liberdade e de direitos, mas que pela sua especial
situação de miséria e de necessidade são considerados os preferidos de Deus e o
objecto de uma especial protecção e ternura de Deus. Por isso, são olhados com
simpatia e até, numa visão simplista e idealista, são retratados como pessoas
pacíficas, humildes, simples, piedosas, cheias de "temor de Deus"
(isto é, que se colocam diante de Jahwéh com serena confiança, em total obediência
e entrega). Representam essa parte do Povo de Deus frequentemente maltratada e
oprimida pelos poderosos, mas que se entrega com fé, humildade e confiança nas
mãos de Deus e que Deus ama de forma especial.
A missão deste "profeta" é, portanto, anunciar um tempo novo, de vida
plena e de felicidade sem fim, um tempo de salvação que Deus vai oferecer aos
"pobres".
A segunda parte do texto que nos é proposto (vers. 10-11) pertence à terceira
secção do capítulo. Trata-se da parte final do oráculo: após o anúncio de
salvação apresentado pelo profeta, a cidade de Jerusalém manifesta o seu
regozijo e contentamento porque Deus a vai revestir de salvação e de justiça,
como o noivo que cinge o diadema ou a noiva que se adorna com suas jóias... A
última imagem ("como a terra faz brotar os gérmenes e o jardim germinar as
sementes") sugere a vida e a fecundidade que resultarão da acção salvadora
e libertadora de Deus.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão e na partilha,
os seguintes desenvolvimentos:
• Neste trecho do Trito-Isaías
afirma-se, de forma clara, a existência de um projecto de salvação que Deus tem
para oferecer ao seu Povo, especialmente aos pobres - isto é, a todos aqueles
que vivem numa situação intolerável de carência de bens, de dignidade, de
liberdade, de justiça, de vida. O profeta garante-lhes que Deus os ama, que não
os abandona à sua miséria e sofrimento e que tem um projecto de vida, de
alegria, de felicidade para propor a cada homem ou a cada mulher que a vida
magoou. Esta "boa notícia" deve encher de esperança todos aqueles que
não têm acesso aos bens essenciais (educação, saúde, trabalho, justiça, amor),
que não têm vez nem voz, que são injustiçados e explorados, que são mastigados
e digeridos por um sistema económico que gera exclusão, alienação e miséria...
O Deus em quem acreditamos, diz o Trito-Isaías, não é um Deus indiferente, que
pactua com o racismo, a exclusão, a violência, a exploração, o terrorismo, o
imperialismo, a prepotência; mas é um Deus que ama cada "pobre"
explorado e injustiçado, que está ao lado dos que sofrem e que dá aos pequenos,
aos marginalizados, aos excluídos a força para vencer o desânimo, a miséria, as
forças da opressão e da morte.
• Como é que Deus actua no mundo? Não é,
normalmente, através de manifestações estrondosas e espectaculares, que deixam
a humanidade abismada e assustada; mas é através dos gestos "banais"
desses profetas a quem Ele confia a missão de lutar contra as forças da
opressão e da morte e a quem Ele chama a testemunhar, no meio dos "pobres",
o amor, a liberdade, a justiça, a verdade, a vida. Cada crente é um profeta,
chamado a ser testemunha de Deus e sinal vivo do seu amor, da sua justiça e da
sua paz. Como é que eu me situo face a isto? Sinto-me profeta, chamado a
testemunhar o amor, a vida, a liberdade de Deus? Os "pobres", os
oprimidos, os excluídos, encontram em mim um sinal vivo do amor de Deus? Tenho
a coragem de arriscar, de lutar, de dar a cara para que o mundo seja melhor?
• Os versículos finais do nosso texto
apresentam a reacção agradecida e jubilosa do Povo à acção salvadora de Deus...
A descoberta do amor e da presença libertadora de Deus não pode senão conduzir
ao louvor, à adoração, à alegria. Sei ser grato ao Senhor pela sua presença
amorosa, salvadora e libertadora na vida do mundo e na minha vida?
SALMO RESPONSORIAL - Lc 1,
46-48.49-50.53-54
Refrão 1: Exulto de alegria no Senhor.
Refrão 2: A minha alma exulta no Senhor.
A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu-os de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia.
LEITURA II - 1 Tes 5,16-24
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo
São Paulo aos Tessalonicenses
Irmãos:
Vivei sempre alegres, orai sem cessar,
dai graças em todas as circunstâncias,
pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus.
Não apagueis o Espírito,
não desprezeis os dons proféticos;
mas avaliai tudo, conservando o que for bom.
Afastai-vos de toda a espécie de mal.
O Deus da paz vos santifique totalmente,
para que todo o vosso ser - espírito, alma e corpo –
se conserve irrepreensível
para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É fiel Aquele que vos chama
e cumprirá as suas promessas.
AMBIENTE
Tessalónica era, no século I da nossa
era, a cidade mais importante da Macedónia. Porto marítimo e cidade de intenso
comércio, era uma encruzilhada religiosa, na qual os cultos locais coexistiam
lado a lado com todo o tipo de propostas religiosas vindas de todo o
Mediterrâneo.
A cidade foi evangelizada por Paulo durante a sua segunda viagem missionária,
muito provavelmente no Inverno dos anos 49-50. Paulo chegou a Tessalónica
acompanhado de Silvano e Timóteo, depois de ter sido forçado a deixar a cidade
de Filipos. O tempo de evangelização foi curto - talvez uns três meses; mas foi
o suficiente para fazer nascer uma comunidade cristã numerosa e entusiasta,
constituída maioritariamente por pagãos convertidos. No entanto, a obra de
Paulo foi brutalmente interrompida pela reacção da colónia judaica... Os judeus
acusaram Paulo de agir contra os decretos do imperador e levaram alguns
cristãos diante dos magistrados da cidade (cf. Act 17,5-9). Paulo teve de
deixar a cidade à pressa, de noite, indo para Bereia e, depois, para Atenas
(cf. Act 17,10-15).
Entretanto, Paulo tinha a consciência de que a formação doutrinal da comunidade
cristã de Tessalónica ainda deixava muito a desejar. A jovem comunidade,
fundada há pouco tempo e ainda insuficientemente catequizada, estava quase
desarmada nesse contexto adverso de perseguição e de provação (cf. 1 Tes
3,1-10). Preocupado, Paulo enviou Timóteo a Tessalónica, a fim de saber
notícias e encorajar os tessalonicenses na fé (cf. 1 Tes 3,2-5). Quando Timóteo
voltou e apresentou o seu relatório, Paulo estava em Corinto. Confortado pelas
informações dadas por Timóteo, o apóstolo decidiu escrever aos cristãos de
Tessalónica, felicitando-os pela sua fidelidade ao Evangelho. Aproveitou também
para esclarecer algumas dúvidas doutrinais que inquietavam os tessalonicenses e
para corrigir alguns aspectos menos exemplares da vida da comunidade.
A Primeira Carta aos Tessalonicenses é, com toda a probabilidade, o primeiro
escrito do Novo Testamento. Apareceu na Primavera-Verão do ano 50 ou 51.
O texto que hoje nos é proposto faz parte das exortações com que Paulo encerra
a carta. Depois dos ensinamentos sobre a segunda vinda do Senhor (cf. 1 Tess
4,13-18) e de um convite veemente a esperar, vigilantes, esse momento final da
história humana (cf. 1 Tess 5,1-11), Paulo apresenta alguns elementos concretos
que os tessalonicenses devem ter sempre em conta e que devem marcar a
existência cristã nesse tempo de espera (cf. 1 Tess 5,12-28).
MENSAGEM
Como é que os cristãos devem, então,
viver esse tempo de espera do Senhor?
No texto que a segunda leitura deste domingo nos propõe, Paulo não apresenta
grandes desenvolvimentos nem reflexões muito elaboradas... No entanto, o
apóstolo apresenta sugestões muito úteis para a vida cristã e para a construção
da comunidade.
Paulo começa por pedir aos tessalonicenses que vivam alegres e que pautem a sua
vida por uma intensa oração, sobretudo a oração de acção de graças. O cristão é
sempre uma pessoa livre e feliz, consciente da presença salvadora e libertadora
de Deus ao seu lado, que contempla permanentemente esse horizonte último de
vida eterna e de felicidade definitiva que Deus lhe reserva e que, por isso,
agradece e louva ao seu Senhor.
Depois, o apóstolo pede também aos tessalonicenses que abram o coração ao Espírito
e que não desprezem os seus dons. Esta referência pode significar que as
experiências carismáticas começavam a criar problemas na comunidade...
Provavelmente, nem toda a gente entendia e estava aberta às interpelações que o
Espírito fazia através de alguns membros da comunidade... O novo, o espontâneo,
o criativo, chocavam com o rotineiro, o estabelecido, o pré-fixado. Paulo
recomenda aos cristãos de Tessalónica que saibam tudo analisar com cuidado e
discernimento, sem preconceitos, de coração aberto à novidade de Deus,
guardando "o que é bom" e afastando-se de "toda a espécie de
mal".
Uma comunidade construída de acordo com estes princípios - que vive a sua
existência histórica com alegria e serenidade, que louva o seu Senhor e que
está permanentemente atenta para discernir e aceitar os dons do Espírito - é
uma comunidade "santa" e irrepreensível, preparada para acolher, em
qualquer momento, o Senhor que vem.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão, os seguintes
desenvolvimentos:
• A existência cristã é uma caminhada ao
encontro do Senhor que vem. Na sua peregrinação pela história, mergulhados na
alegria e na tristeza, no sofrimento e na esperança, os crentes não podem
perder de vista essa meta final que dá sentido a toda a caminhada. O caminho
cristão deve ser percorrido na atenção e na vigilância, procurando viver com
coerência os compromissos assumidos no dia do Baptismo e na fidelidade às
propostas de Deus.
• De acordo com a Palavra de Deus que
nos é proposta, esse caminho deve ser percorrido na alegria... O cristão é
alegre, porque sabe para onde caminha e está certo de que no final da caminhada
encontra os braços amorosos de Deus que o acolhem e o conduzem para a
felicidade plena, para a vida definitiva. Nem os sofrimentos, nem as
dificuldades, nem as incompreensões, nem as perseguições podem eliminar essa
alegria serena de quem confia no encontro com o Senhor. É essa alegria serena e
essa paz que marcam a nossa existência e que brilham nos nossos olhos, ou somos
seres derrotados, desiludidos, que se arrastam pela vida mergulhados no
desespero e na solidão, sem rumo e ao sabor da corrente e das marés?
• De acordo com a Palavra de Deus que
nos é proposta, esse caminho deve ser percorrido também num diálogo nunca
acabado com Deus. O crente é alguém que "ora sem cessar" e "dá
graças em todas as circunstâncias" pelos dons de Deus, pela sua presença
amorosa, pela salvação que Deus não cessa de oferecer em cada passo da
caminhada. Sabemos encontrar espaços para o diálogo com Deus? Sabemos sentir-nos
gratos por esses dons que, a cada instante, Deus nos oferece?
• De acordo com a Palavra de Deus que
nos é proposta, esse caminho deve ser percorrido, ainda, numa atitude de
permanente atenção aos dons e aos desafios do Espírito. Sabemos estar atentos
às propostas de Deus, ou deixamo-nos prender num esquema de instalação, de
rotina, de preconceitos que não nos deixam acolher e responder aos desafios e à
novidade de Deus?
ALELUIA - Is 61,1 (cf. Lc 4,18)
Aleluia. Aleluia.
O Espírito do Senhor está sobre mim:
enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres.
EVANGELHO - Jo 1,6-8.19-28
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São João
Apareceu um homem enviado por Deus,
chamado João.
Veio como testemunha, para dar testemunho da luz,
a fim de que todos acreditassem por meio dele.
Ele não era a luz,
mas veio para dar testemunho da luz.
Foi este o testemunho de João,
quando os judeus lhe enviaram, de Jerusalém,
sacerdotes e levitas, para lhe perguntarem:
«Quem és tu?»
Ele confessou a verdade e não negou;
ele confessou:
«Eu não sou o Messias».
Eles perguntaram-lhe: «Então, quem és tu? És Elias?»
«Não sou», respondeu ele.
«És o Profeta?». Ele respondeu: «Não».
Disseram-lhe então: «Quem és tu?
Para podermos dar uma resposta àqueles que nos enviaram,
que dizes de ti mesmo?»
Ele declarou: «Eu sou a voz do que clama no deserto:
'Endireitai o caminho do Senhor',
como disse o profeta Isaías».
Entre os enviados havia fariseus que lhe perguntaram:
«Então, porque baptizas,
se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?»
João respondeu-lhes:
«Eu baptizo em água,
mas no meio de vós está Alguém que não conheceis:
Aquele que vem depois de mim,
a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias».
Tudo isto se passou em Betânia, além Jordão,
onde João estava a baptizar.
AMBIENTE
O Evangelho segundo João começa com uma
composição que se convencionou chamar "prólogo" (cf. Jo 1,1-18).
Trata-se, provavelmente, de um primitivo hino cristão conhecido da comunidade
joânica, que o autor do Quarto Evangelho adaptou e onde se expressa a fé da
comunidade em Cristo, Palavra viva de Deus, enviado ao mundo para concretizar o
plano de salvação que Deus tinha para oferecer aos homens. Os primeiros três
versículos do texto que hoje nos é proposto (cf. Jo 1,6-8) pertencem a esse
"prólogo".
Depois do "prólogo", o autor do Quarto Evangelho desenvolve, em
várias etapas, a sua catequese sobre Jesus. Na "secção introdutória"
que se segue imediatamente ao "prólogo" (cf. Jo 11,19-3,36), ele
procura dizer quem é Jesus e definir a sua missão, fazendo entrar sucessivamente
em cena várias personagens cuja função é apresentar ao leitor a figura de
Jesus. De entre estas personagens, sobressai a figura de João Baptista, o
"apresentador" oficial de Jesus. Ele aparece no início (cf. Jo
1,19-37) e no fim (cf. Jo 3,22-36) dessa secção introdutória a dar testemunho
sobre Jesus. O corpo central do texto evangélico que hoje nos é proposto
apresenta, precisamente, um primeiro testemunho que João dá sobre Jesus, diante
dos enviados das autoridades judaicas.
Para percebermos o alcance do diálogo entre João e os líderes judaicos, é
preciso ter em conta o ambiente político, social e religioso da Palestina do
século I... Dominado pelos romanos, humilhado e impossibilitado de definir o
seu destino, afogado em impostos ruinosos, explorado por uma classe dirigente
comodamente instalada nos seus privilégios, escravizado por um sistema
religioso ritual e legalista, o Povo de Deus vivia na expectativa da chegada do
Messias libertador, enviado por Deus para inaugurar uma nova era de liberdade,
de alegria, de felicidade. Muitos israelitas estavam dispostos a aproveitar
qualquer oportunidade de libertação e eram presa fácil dos falsos messias e dos
vendedores de sonhos. As frequentes aventuras messiânicas falhadas só
aumentavam a violência, a miséria, a pobreza e a frustração nacional.
A hierarquia religiosa judaica não gostava demasiado de ouvir falar na chegada
do Messias. De facto, um dos objectivos do Messias, segundo a concepção
corrente, deveria ser a reforma das instituições da hierarquia religiosa
judaica, considerada indigna. Não admira, pois, que as autoridades se
inquietassem diante da actividade de João.
MENSAGEM
Na primeira parte do nosso texto (vers.
6-8), apresenta-se João. Dele dizem-se duas coisas: que é "um homem"
e que foi "enviado por Deus". O agente principal nesta história é,
naturalmente, Deus: é Deus que escolhe esse homem e o envia ao mundo com uma
missão concreta. É, habitualmente, esse o "método" de Deus: chama
homens, confia-lhes uma missão e, através deles, intervém no mundo. A missão de
João é "dar testemunho da luz". A "luz", no Quarto
Evangelho, representa essa realidade que vem de Deus e com a qual Deus se
propõe construir para os homens um mundo novo de vida definitiva e de
felicidade total. João não actua por sua própria iniciativa, mas em resposta à
escolha divina e para concretizar uma missão que Deus lhe confiou.
Por outro lado, embora enviado por Deus, João não é "a luz" - isto é,
ele não tem a capacidade de eliminar as trevas que escurecem e desfeiam a vida
dos homens, porque não tem a capacidade de dar vida aos homens. João é apenas
"a testemunha" que vem preparar os homens para acolher esse que vai
chegar e que será "a luz/vida".
Na segunda parte do nosso texto (vers. 19-28), temos o "testemunho"
de João. A cena coloca-nos diante de uma comissão oficial, enviada de Jerusalém
para investigar João e constituída por sacerdotes e levitas (encarregados,
entre outras coisas, de vigiar a ortodoxia e a fidelidade à ordem religiosa
judaica). No ambiente de messianismo exacerbado da época, a figura de João e o
seu testemunho resultam inquietantes para os líderes religiosos judeus...
A comissão investigadora começa por interrogar João com uma pergunta
aparentemente inócua: "quem és tu?". Os interrogadores não tomam
posição. Limitam-se a esperar que o próprio João declare a sua posição e as
suas intenções. João descarta totalmente a hipótese de ser o Messias. Também
não aceita identificar-se com Elias (de acordo com Mal 3,22-23, Elias devia vir
preparar o "dia de Jahwéh" - que, no século I era o dia da vinda do
Messias libertador, enviado por Deus para construir um mundo novo). Tampouco
aceita assumir o título de "o profeta" (este título parece aludir a
Dt 18,15 e significava, na época de Jesus, um "segundo Moisés" que
deveria aparecer nos últimos tempos). Na verdade, João não aceita que lhe
atribuam nenhuma função que possa centrar a atenção na sua própria pessoa. As
suas três respostas são rotundas negativas. Ele não busca a sua glória ou a sua
afirmação, nem vem em seu próprio nome; a sua missão é meramente dar testemunho
da "luz" e é para essa "luz" que os holofotes devem ser
apontados.
É dentro deste enquadramento que devemos entender a resposta de João, quando os
seus interlocutores o convidam a definir-se: "eu sou uma voz".
"Voz" é um termo relacional que supõe ouvintes a quem é comunicada
uma mensagem... A "voz" não tem rosto, é anónima e passa
despercebida; o importante é o conteúdo da mensagem. É isso que João é: uma
"voz" através da qual Deus passa aos homens uma mensagem. É à
mensagem e não à "voz" que os homens devem dar atenção.
A mensagem que a "voz" veicula é: "endireitai o caminho do
Senhor". A expressão é tomada de Is 40,3, numa versão livre. Em Isaías, a
expressão é usada no contexto da intervenção salvadora de Deus para fazer
regressar à Terra da Liberdade os judeus cativos na Babilónia. Pedia que o Povo
instalado e acomodado, desanimado e frustrado fizesse um esforço para acolher
os desafios de Deus e aceitasse pôr-se a caminho com Deus em direcção a um
futuro novo de vida e de esperança. É essa mesma realidade que João é chamado a
acordar no coração do seu Povo.
As respostas negativas de João desconcertam a comissão... Se João não
reivindica nenhum dos títulos tradicionais - "Messias",
"Elias", "o profeta" - a que título é que ele baptiza?
O baptismo ou imersão na água era um símbolo relativamente frequente no
judaísmo. Era usado como rito de purificação (por exemplo, para um enfermo
curado da sua doença - cf. Lev 14,8) ou para significar a mudança de estado de
vida (podia significar, por exemplo, a passagem de uma situação de escravidão a
uma situação de liberdade; para os prosélitos, significava o abandono das
práticas e crenças pagãs e a adesão ao judaísmo). O baptismo de João
significava, provavelmente, a ruptura com a vida das trevas e o desejo de
aderir a uma nova vida. Para João seria, apenas, um primeiro passo para acolher
"a luz".
João evita responder directamente à objecção que os fariseus lhe colocam. Ele
prefere desvalorizar o seu baptismo com água e apontar para "aquele"
que vem e a quem João não é digno "de desatar as correias das
sandálias". Esse é que é "a luz" que vai libertar o homem da
escuridão, da cegueira, da mentira, do egoísmo, do pecado. É como se João
dissesse: "não vos preocupeis com o baptismo com água que eu administro,
pois ele é, apenas, um símbolo de transformação e de adesão a uma nova
realidade; mas olhai antes para essa nova realidade que já está no meio de vós
e que o Messias vos vai oferecer. É o baptismo do Messias (o baptismo no Espírito)
que transformará totalmente os corações dos homens, os fará livres e lhes dará
a vida definitiva. Esse que vem baptizar no Espírito já está presente, a fim de
iniciar a sua obra libertadora. Procurai conhecê-lo - isto é, escutá-lo e
acolher a sua proposta de vida e de libertação".
A indicação de que os líderes não "conhecem" esse "alguém"
que já chegou e do qual João apenas é "a voz" é, provavelmente, uma
denúncia da situação em que se encontra a classe dirigente judaica, instalada
nos seus privilégios, certezas e preconceitos e muito pouco aberta à novidade e
aos desafios de Deus.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão, os seguintes
dados:
• A "voz", através da qual
Deus fala, convida-nos a endireitar "o caminho do Senhor". É, na
linguagem do Evangelho segundo João, um convite a deixar "as trevas"
e a nascer para "a luz". Implica abandonar a mentira, os
comportamentos egoístas, as atitudes injustas, os gestos de violência, os
preconceitos, a instalação, o comodismo, a auto-suficiência, tudo o que desfeia
a nossa vida, nos torna escravos e nos impede de chegar à verdadeira
felicidade. Em termos pessoais, quais são as mudanças que eu tenho de operar na
minha existência para passar das "trevas" para a "luz"? O
que é que me escraviza e me impede de ser plenamente feliz? O que é que na
minha vida gera desilusão, frustração, desencanto, sofrimento?
• A "voz", através da qual
Deus fala, convida-nos a olhar para Jesus, pois só Ele é "a luz" e só
Ele tem uma proposta de vida verdadeira para apresentar aos homens. À nossa
volta abundam os "vendedores de sonhos", com propostas de felicidade
"absolutamente garantida". Atraem-nos, seduzem-nos, manipulam-nos,
escravizam-nos e, quase sempre, deixam-nos decepcionados e infelizes, mais
angustiados, mais perdidos, mais frustrados. João garante-nos: só Jesus é
"a luz" que liberta os homens da escravidão e das trevas e lhes
oferece a vida verdadeira e definitiva. A quem dou ouvidos: às propostas de
Jesus, ou às propostas da moda, do politicamente correcto, das pessoas
"in" que aparecem dia a dia nas colunas sociais e que ditam o que
está certo e está errado à luz dos critérios do mundo? Que significado é que
Jesus e a sua proposta assumem no meu dia a dia?
• Jesus marca, realmente, a minha
existência? Os valores que Ele veio propor têm peso e impacto nas minhas
decisões e opções? Quando celebro o nascimento de Jesus, celebro um
acontecimento do passado que deixou a sua marca na história, ou celebro o
encontro com alguém que é "a luz" que ilumina a minha existência e que
enche a minha vida de paz, de alegria, de liberdade?
• O "homem chamado João",
enviado por Deus "para dar testemunho da luz", convida-nos a pensar
sobre a forma de Deus actuar na história humana e sobre as responsabilidades
que Deus nos atribui na recriação do mundo... Deus não utiliza métodos
espectaculares e assombrosos para intervir na nossa história e para recriar o
mundo; mas Ele vem ao encontro dos homens e do mundo para os envolver no seu
amor através de pessoas concretas, com um nome e uma história, pessoas
"normais" a quem Deus chama e a quem confia determinada missão. A
todos nós, seus filhos, Deus confia uma missão no mundo - a missão de dar
testemunho da "luz" e de tornar presente, para os nossos irmãos, a
proposta libertadora de Jesus. Tenho consciência de que Deus me chama e me
envia ao mundo? Como é que eu respondo ao chamamento de Deus: com
disponibilidade e entrega, ou com preguiça, comodismo e instalação?
• A atitude simples e discreta com que
João se apresenta é muito sugestiva: ele não procura atrair sobre si as
atenções, não usa a missão para a sua glória ou promoção pessoal, não busca a
satisfação de interesses egoístas; ele é apenas uma "voz" anónima e
discreta que recorda, na sombra, as realidades importantes. João é uma tremenda
interpelação para todos aqueles a quem Deus chama e envia... Com ele, o profeta
(isto é, todo aquele a quem Deus chama e a quem confia uma missão) deve
aprender a ficar na sombra, a ser discreto e simples, de forma a que as pessoas
não o vejam a ele mas às realidades importantes que ele propõe.
• A atitude dos fariseus e dos líderes
judaicos, cheios de preconceitos, preocupados em manter os seus esquemas de
poder e instalação, instalados no seu comodismo e nos seus privilégios,
impede-os de "conhecer" "a luz" que está a chegar. Trata-se
de um aviso, para nós: quando nos instalamos no nosso comodismo, no nosso
bem-estar, na nossa auto-suficiência, fechamos o coração à novidade e aos
desafios que Deus nos faz... Dessa forma, não reconhecemos Jesus quando Ele vem
ao nosso encontro e não O deixamos entrar na nossa vida. A liturgia
convida-nos, neste Advento, à desinstalação, a fim de que o Senhor que vem
possa nascer na nossa vida.
ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA O 3º
DOMINGO DO ADVENTO
(adaptadas de "Signes d'aujourd'hui")
1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA
SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao 3º Domingo do Advento, procurar meditar
a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada
dia, por exemplo... Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da
Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos
eclesiais, numa comunidade religiosa... Aproveitar, sobretudo, a semana para
viver em pleno a Palavra de Deus.
2. DURANTE A CELEBRAÇÃO.
– Na alegria! Este 3º Domingo do Advento, o antigo domingo "Gaudete",
é tradicionalmente o "domingo da alegria". Ainda bem! Cada domingo,
dia da Ressurreição, deveria estar impregnado de alegria! Esse sentimento deve
estar bem presente, a convite das leituras de hoje, em particular as duas
primeiras. Tudo deveria concorrer para tal: luzes, flores, música, maneira de
proclamar os textos e de rezar, e sobretudo as atitudes das pessoas... Não
sejamos cristãos tristes... Deixemos as crianças, em particular na proximidade
do Natal, exprimir toda a alegria que têm no coração.
– Na água! No Evangelho, João Baptista recorda-nos o sentido do baptismo na
água, baptismo que anuncia o Baptismo cristão. É um apelo a recordarmos o nosso
próprio "mergulhar" na água, para o perdão dos pecados. Também hoje,
é preciso escutar o apelo de João Baptista a "aplanar o caminho do
senhor" no nosso próprio coração, é preciso que nos interroguemos sobre a
fidelidade ao nosso Baptismo e a fé com a qual nos voltamos para Cristo e nos
deixamos habitar pela sua alegria. Nesta terceira etapa do Advento, que
"progresso" fizemos? Como significá-lo ao longo da celebração?
– No Espírito Santo! Precursor, João Baptista anuncia o Baptismo no espírito, o
Baptismo cristão que recebemos. E João Baptista dá testemunho de Cristo, é o
modelo do testemunho. Este domingo interpela-nos sobre a necessidade cristã de
sermos alegres (segunda leitura), interpela-nos igualmente sobre o Espírito de
alegria que nos é dado: somos verdadeiramente habitados por Ele? Damos
testemunho d'Ele? É no Espírito que somos reunidos para celebrar, é pelo
Espírito que vivemos e que podemos testemunhar a nossa fé. Que esta celebração
possa fazer reviver em nós a graça que devemos testemunhar junto daqueles que
encontrarmos.
3. PALAVRA DE VIDA.
Testemunhar é apagar-se... A testemunha não aparece para falar de si, não atrai
os olhares para a sua pessoa, mas para aquele de quem vem falar. João Baptista
não se coloca em destaque, ele diz logo o que ele não é, para que os seus
interlocutores descubram o Outro, Aquele do qual não cessa de falar, Aquele a
quem prepara a vinda, Aquele para o qual todos os olhares se devem virar porque
Ele é a Luz. Jesus reconhecerá João Baptista como sua testemunha que prepara a
sua vinda.
4. UM PONTO DE ATENÇÃO.
O Evangelho a três vozes... É possível proclamar o Evangelho a três vozes: um
leitor, João Baptista, os enviados. Preparar bem o diálogo, evitando a
teatralidade, deixando lugar unicamente à Palavra de Deus.
5. PARA A SEMANA QUE SE SEGUE...
No coração do quotidiano: a esperança. O nosso olhar sobre os outros e sobre o
mundo pode ser transformado nesta semana: passar da contestação à bondade;
procurar ter uma expressão de sorriso em cada encontro, saudar o outro como um
irmão que Deus ama e desejar-lhe todo o bem que Deus quer para ele. A alegria
cristã não está ao nível de um optimismo simplista, mas coloca no coração do
quotidiano a esperança, possível e credível pela Palavra feita carne.
UNIDOS PELA PALAVRA DE DEUS
PROPOSTA PARA
ESCUTAR, PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador:
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
Rua Cidade de Tete, 10 - 1800-129 LISBOA - Portugal
Tel. 218540900 - Fax: 218540909
portugal@dehonianos.org - www.dehonianos.pt
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
ResponderExcluirObrigado Senhor, obrigado Dehonianos!!!
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