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quinta-feira, 9 de abril de 2020

SEXTA FEIRA DA PAIXÃO DE CRISTO-Helena Serpa


10 DE ABRIL DE 2020

Cor Roxo

1ª Leitura - Is 52,13 - 53,12


Leitura do Livro do Profeta Isaías
13Ei-lo, o meu Servo será bem-sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo - tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano -, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio,
vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. 53,1'Quem de nós deu crédito ao que ouvimos?
E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. 3Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos;
passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele. 4A verdade é que ele tomava sobre si nossas
enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! 5Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura. 6Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós'. 7Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao  matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. 8Foi atormentado pela angústia e foi condenado.
Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo  foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras. 10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. 11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens,
carregando sobre si suas culpas. 12Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes
seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores. Palavra do Senhor.

Reflexão - “o preço da nossa paz e o preço da nossa cura”.
O profeta Isaías relata com antecedência tudo o que aconteceria a Jesus o Cordeiro que foi levado ao matadouro e que tomou sobre Si o pecado de todos nós e como se sentiriam os Seus seguidores, ovelhas desgarradas. Aparentemente destruído, fracassado, “na verdade Ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo nossas dores”... “a punição a ele imposta era o preço da nossa paz e suas feridas, o preço da nossa cura”. Assim sendo, esta leitura prediz para nós o sofrimento de Jesus como Servo padecente, desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores e cheio de sofrimento.     Jesus é o Justo que faz justos inúmeros homens carregando sobre si suas culpas, mas que por esta vida de sofrimento, alcançará a luz e uma ciência perfeita. Esta foi a missão de Jesus e continua atual para nós. O sofrimento e a entrega de Jesus são para hoje na nossa vida e têm efeito concreto  na nossa existência terrena servindo-nos de exemplo quando temos que passar também por tantos males e injustiças. Olhando para mais além e vendo a glória futura e a libertação de muitos através do nosso sofrimento é que iremos vencer e ter sucesso aqui na terra.  Jesus ofereceu todo o Seu sofrimento e dores para que  tivéssemos vida nova. Sem Jesus nós vagamos como ovelhas desgarradas. Todo este trecho se refere ao sofrimento de Jesus, mas também à glória que lhe foi reservada. Por isso, quando nos aprofundarmos nesta leitura nós percebemos a glória que está reservada a todos aqueles que se entregam por amor à causa do Senhor.  Tudo na nossa vida tem uma razão de ser. Os frutos da entrega de Jesus nós os percebemos  quando sofremos e esperamos a recompensa da glória vivida desde já aqui na terra. - Você vê algum sentido no sofrimento por amor a Deus? Você tem alguma experiência disso? - Qual a mensagem que você tira para a sua vida do sofrimento de Jesus Cristo?

Salmo - Sl 30,2.6.12-13.15-16.17.25 (R.Lc 23,46)

R. Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

2Senhor, eu ponho em vós minha esperança;*
que eu não fique envergonhado eternamente!
6Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,*
porque vós me salvareis, ó Deus fiel!.R.

12Tornei-me o opróbrio do inimigo,*
o desprezo e zombaria dos vizinhos,
e objeto de pavor para os amigos;*
fogem de mim os que me vêem pela rua.
13Os corações me esqueceram como um morto,*
e tornei-me como um vaso espedaçado..R.

15A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio,*
e afirmo que só vós sois o meu Deus!
16Eu entrego em vossas mãos o meu destino;*
libertai-me do inimigo e do opressor!.R.

17Mostrai serena a vossa face ao vosso servo,*
e salvai-me pela vossa compaixão!
25Fortalecei os corações, tende coragem,*
todos vós que ao Senhor vos confiais!R

Reflexão - Foi essa a oração que Jesus fez no último momento da sua vida. Abandonado, humilhado, desprezado, mas confiante no auxílio do Pai. A Cruz foi o leito onde Jesus deu o último suspiro e se entregou para que se cumprisse a vontade de Deus. Para nós fica o conselho do salmista: “Fortalecei os corações, tende coragem, todos vós que ao Senhor vos confiais!

 

2ª Leitura - Hb 4,14-16; 5,7-9


Leitura da Carta aos Hebreus 4,14-16; 5,7-9
Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. 5,7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas,
àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna
para todos os que lhe obedecem. Palavra do Senhor.

Reflexão – “Jesus é o nosso Advogado de defesa”
Por causa da sua entrega a Deus, por tudo o que Ele sofreu, Cristo foi atendido nas Suas preces e súplicas e entrou no céu como um Sumo Sacerdote a fim de interceder por todos nós. A Sua obediência é um parâmetro de perfeição que todos nós devemos querer alcançar. Por ter sido provado em tudo, como nós, menos no pecado Jesus é capaz de se compadecer de nossas fraquezas. Por isso, não podemos perder tempo nem oportunidade, mas, urgentemente nos aproximar com toda a confiança do trono da graça, que é o próprio Jesus e assim conseguir misericórdia e alcançar um auxílio no momento oportuno. Jesus está a postos  para nos acolher e nos perdoar. Ele é causa de salvação eterna  para todos que Lhe obedecem, assim sendo, a nossa submissão e  dependência dar-nos-ão motivação para que vivamos uma vida condizente com a nossa Fé na Sua mediação junto do Pai. Mesmo  que sejamos os maiores pecadores e infiéis, Jesus tem o poder de  nos libertar. Por isso, permaneçamos firmes na Fé que  professamos e tenhamos a segurança de que diante de Deus nós  temos um Advogado de defesa. – Você alguma vez se sentiu  abandonado (a) sem ninguém para defendê-lo (a)?  – Você sabia  que Jesus advoga por você diante do Pai?  - Você é uma pessoa obediente às Leis de Deus? – Você vive conforme o Evangelho de Jesus? – Você tem se aproximado do Trono da Graça? 

Evangelho - Jo 18,1-19,42


Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo João 18,1-19,42

Naquele tempo: 1Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas.
4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse: 'A quem procurais?' 5Responderam: 'A Jesus, o nazareno'. Ele disse: 'Sou eu'. Judas, o traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus disse: 'Sou eu', eles recuaram e caíram por terra. 7De novo lhes perguntou: 'A quem procurais?'
Eles responderam: 'A Jesus, o nazareno'. 8Jesus respondeu: 'Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem'. 9Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:
'Não perdi nenhum daqueles que me confiaste'. 10Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro: 'Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?'
Conduziram Jesus primeiro a Anás. 12Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de
Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. 14Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: 'É preferível que um só morra pelo povo'.
15Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote. 16Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A criada que guardava a porta disse a Pedro: 'Não pertences também tu aos discípulos desse homem?' Ele respondeu: 'Não'. 18Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam-se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu: 'Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na  sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que  falei; eles sabem o que eu disse.' 22Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:  'É assim que respondes ao sumo sacerdote?' 23Respondeu-lhe Jesus: 'Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?' 24Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o sumo sacerdote.
Não és tu também um dos discípulos dele? Pedro negou: 'Não!
25Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:
'Não és tu, também, um dos discípulos dele?' Pedro negou: 'Não!'
26Então um dos empregados do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: 'Será que não te vi no jardim com ele?' 27Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. O meu reino não é deste mundo.
28De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse: 'Que acusação apresentais contra este homem?' 30Eles responderam: 'Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!' 31Pilatos disse: 'Tomai-o vós mesmos
e julgai-o de acordo com  a vossa lei.' Os judeus lhe responderam:
'Nós não podemos condenar ninguém à morte'. 32Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: 'Tu és o rei dos judeus?' 34Jesus respondeu: 'Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?' 35Pilatos falou: 'Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?'. 36Jesus respondeu: 'O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não
fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui.'
37Pilatos disse a Jesus: 'Então tu és rei?' Jesus respondeu: 'Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.' 38Pilatos disse a Jesus: 'O que é a verdade?' Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes: 'Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos Judeus?' 40Então, começaram a gritar de novo:
'Este não, mas Barrabás!' Barrabás era um bandido.
Viva o rei dos judeus! 19,1Então Pilatos mandou flagelar Jesus.
2Os soldados teceram uma coroa de espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho,
3aproximavam-se dele e diziam:' Viva o rei dos judeus!'
E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:
'Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum.' 5Então Jesus veio para fora,
trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: 'Eis o homem!' 6Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar: 'Crucifica-o! Crucifica-o!'
Pilatos respondeu: 'Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum.' 7Os judeus responderam: 'Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus'. 8Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus: 'De onde és tu?' Jesus ficou calado. 10Então Pilatos disse: 'Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?' 11Jesus respondeu: 'Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto.
Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior.' 
Fora! Fora! Crucifica-o!  12Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam: 'Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César'. 13Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado 'Pavimento', em hebraico 'Gábata'. 14Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus: 'Eis o vosso rei!' 15Eles, porém, gritavam: 'Fora! Fora! Crucifica-o!' Pilatos disse: 'Hei de crucificar o vosso rei?' Os sumos sacerdotes responderam: 'Não temos outro rei senão César'. 16Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. Ali o crucificaram, com outros dois.
17Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado 'Calvário', em hebraico 'Gólgota'. 18Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. 19Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito:
'Jesus o Nazareno, o Rei dos Judeus'. 20Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego.
21Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: 'Não escrevas 'O Rei dos Judeus', mas sim o que ele disse: 'Eu sou o Rei dos judeus'.' 22Pilatos respondeu: 'O que escrevi, está escrito'.
Repartiram entre si as minhas vestes.23Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes,
uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto a baixo. 24Disseram então entre si: 'Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será'. Assim se cumpria a Escritura que diz: 'Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica'.
Assim procederam os soldados. Este é o teu filho. Esta é a tua mãe. 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: 'Mulher, este é o teu filho'. 27Depois disse ao discípulo: 'Esta é a tua mãe'. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.
Tudo está consumado. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: 'Tenho sede'. 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse: 'Tudo está consumado'. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. E logo saiu sangue e água. 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35Aquele que viu, dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade,
para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: 'Não quebrarão nenhum dos seus ossos'. 37E outra Escritura ainda diz: 'Olharão para aquele que transpassaram'. Envolveram o corpo de Jesus com os aromas, em faixas de linho. 38Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus - mas às escondidas, por medo dos judeus -
pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu.
Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite.
Trouxe uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés.
40Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar.
41No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido  sepultado. 42Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo
estava perto, foi ali que colocaram Jesus. Palavra da Salvação.

Reflexão - “As nossas incoerências diante da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo
No Evangelho de hoje nós acompanhamos toda a narrativa da Paixão e Morte e Sepultamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Diante disto, podemos meditar sobre este acontecimento e tirar proveito de muitas mensagens para a nossa existência. Percebemos primeiramente, que, assim como aconteceu com Jesus, existe um sentido real para todas as ocorrências da nossa vida. Jesus Cristo não foi preso nem foi capturado, pelo contrário, Ele próprio se entregou aos homens para que se cumprisse tudo o que já estava escrito no intuito de que a vontade do Pai se realizasse. Assim, quando Jesus se entregou aos homens, na verdade Ele estava se oferecendo ao Pai, pela humanidade. Na narrativa percebemos que Jesus estava consciente de tudo o que iria lhe acontecer e, por isso, Ele próprio interpelou os guardas, dizendo: "A quem procurais"? E depois de saber que eles buscavam a Jesus, o Nazareno, Ele respondeu: "Sou eu"! Nós também precisamos estar atentos (as) para as coisas que acontecem na nossa vida a fim de perceber qual é a vontade do Pai para nós, principalmente nas situações em que tenhamos de enfrentar os desafios. Muitas vezes nós também temos consciência de que algo precisa acontecer e que para isso, também precisamos assumir nova postura e novo compromisso, no entanto, relutamos e não enfrentamos a "fera". Se tivermos confiança nos planos de Deus para a nossa felicidade e consciência de que Ele precisa de nós para colaborar na salvação dos nossos irmãos e irmãs, nós também não fugiremos dos obstáculos e, como Jesus Cristo, nós também nos apresentaremos diante dos nossos algozes para "beber do cálice" que o Pai nos destinou.   Com a continuação da história verificaremos que todas as coisas aconteceram coerentemente com o que já havia sido profetizado conforme as Escrituras. A Bíblia é um Livro de homens santos e pecadores e Nela nós nos identificamos quando agimos bem ou agimos mal. O mesmo Pedro que cortou a orelha do servo do sumo-sacerdote para defender Jesus foi o que depois, por três vezes negou que O conhecesse. A atitude de Pilatos revela a nossa omissão diante das "coisas erradas" que presenciamos e, "lavamos as mãos" porque achamos que não compete a nós e não temos "nada a ver com isto". Diante de Pilatos Jesus não se justificou nem tampouco se acovardou, mas somente esclareceu: "O meu reino não é deste mundo". Aprendendo com o Mestre nós também podemos assumir compromissos e atitudes coerentes com o nosso desígnio para não nos desviar do nosso ideal de vida. Realmente, o nosso reino não é deste mundo e as dificuldades que enfrentamos nesta vida temporal são apenas pontes que nos levam a atravessar o vale para chegar ao reino definitivo. Somos hoje, Pedro, Pilatos, Judas e Malco na nossa geração. Somos como  Anás, Caifás e até como os guardas e a encarregada que guardava a porta do lugar onde Jesus estava. Todos nós temos o nosso posto, a diferença, porém, poderá estar no modo como enfrentamos os desafios da nossa missão, com os olhos voltados para o alto para beber o cálice que nos é apresentado ou  olhando somente para a terra tentando nos livrar dos desafios e vivendo como qualquer um dos mortais, só para esta vida. Faça hoje a sua leitura  com bastante atenção e perceba os pontos que para você devem ser mais importantes e que servem de exemplo e mensagem  para a sua vida atualmente:- As atitudes e as palavras de Jesus; a atitude dos discípulos, principalmente Judas e Pedro; as atitudes das autoridades; a omissão de Pilatos; a manifestação do povo, da multidão que antes proclamava Jesus Rei; a atitude dos soldados, enfim faça um paralelo dos acontecimentos da Paixão de Jesus com a sua vida cotidiana.
MAIS UMA VEZ VAMOS RECORDAR AS SETE PALAVRAS DE JESUS NA CRUZ
1 – PAI, PERDOA-LHES, POIS NÃO SABEM O QUE FAZEM.
2 – HOJE, ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.
3 – MULHER, EIS O TEU FILHO; FILHO EIS A TUA MÃE.
4 – MEU DEUS POR QUE ME ABANDONASTES?
5 – TENHO SEDE!
6 – TUDO ESTÁ CONSUMADO.
7 – PAI EM TUAS MÃOS EU ENTREGO O MEU ESPÍRITO!

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