SEJAMOS
TESTEMUNHAS DA RESSURREIÇÃO – Maria de Lourdes Cury Macedo.
Domingo, 15 de
abril de 2018.
Evangelho de Lc
24, 35-48
O Evangelho de
hoje nos revelam as dificuldades que os discípulos tiveram para crer na
ressurreição de Jesus e a missão que eles receberam de levar o testemunho “a
todas as nações, até os confins da terra, começando por Jerusalém”.
Não basta o
testemunho de dois discípulos, a comunidade toda precisa testemunhar a
ressurreição de Jesus. Jesus aparecera aos discípulos, no caminho para Emaús,
os quais caminhavam desanimados, tristes, abatidos pensando que tudo acabara,
que a morte de Jesus fora o fim, um fracasso total. Jesus fala com eles
enquanto caminham de volta para casa, a tarde caía e os discípulos convidam o
forasteiro a ficar com eles. Jesus aceita e se põem à mesa para comer e no
gesto de partir o pão, reconhecem Jesus, testemunham a presença do ressuscitado
e com o coração ardendo de amor e fé, voltam para Jerusalém para comunicar,
relatar aos discípulos, fechados no cenáculo, a ressurreição de Jesus. Mal começam falar, Jesus entra no cenáculo,
com as portas fechadas e lhes deseja a paz. E para provar que não é um fantasma
mostra as marcas da crucificação. Os discípulos experimentam um misto de
alegria, medo, espanto ao verem Jesus.
Jesus abre-lhes
os olhos para lhes mostrar que está vivo, que não ficou morto, que sua morte
não foi um fracasso, mas uma vitória sobre o mal, sobre o pecado. Jesus foi
morto pela sociedade injusta, mas triunfou, está vivo, ressuscitado, dando
início a uma nova vida e comunicando a todos essa nova vida liberta do mal. Por
isso Jesus insiste na ressurreição do corpo como um dado concreto, real e
palpável. Os discípulos podem olhá-lo, tocá-lo, constatar, e Jesus lhes mostra
as mãos e os pés, e come um pedaço de pão e peixe. Fantasma não come!!! O
ressuscitado possui identidade no corpo: “Olhem minhas mãos e meus pés, sou eu
mesmo! Toquem em mim e vejam. Um fantasma não tem carne, nem ossos, como vocês
estão vendo que eu tenho”.
Era tamanha
alegria e surpresa que os discípulos não podiam acreditar, não podia ser
momentânea aquela crença, mas duradoura que leva o discípulo ao testemunho: Eu
vi o Senhor! Estive com Ele; Ele realmente está vivo e no meio de nós.
A ressurreição de
Jesus é o ponto central de toda a Bíblia e do projeto de Deus. A morte e a
ressurreição de Jesus constituem o centro de toda a Escritura. Em Jesus toda a
Bíblia se concretiza, Lei – Profetas – Salmos, tudo adquire sentido e
coerência. É por meio do testemunho dos discípulos que o anúncio do
ressuscitado chegará até aos confins do mundo. Agora em nome de Jesus serão
anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, a todos os
povos começando por Jerusalém. É assim que seus seguidores proclamarão que a
sociedade injusta não conseguiu anular o processo de vida e liberdade que Jesus
trouxe para toda a humanidade.
As dificuldades
dos discípulos em acreditar na ressurreição, apesar de poder tocar no corpo de
Jesus, são também as nossas dificuldades e desafios. Os discípulos precisaram
passar por um encontro pessoal com Cristo ressuscitado para passar do medo à
coragem, do desânimo ao entusiasmo, para anunciar a todos o Cristo vivo
ressuscitado. Assim nós também hoje precisamos nos encontrar com Cristo na Palavra
e na Eucaristia para termos fé, coragem, entusiasmo e anunciar a todos a
salvação que Cristo nos trouxe.
Nesse tempo
pascal vamos renovar nosso compromisso com Cristo, vamos deixar que Jesus seja
o centro da nossa vida para nos transformar cada dia mais e ajudar nossa
comunidade a vivenciar essa vida nova em Cristo. Vamos trocar nossas dúvidas
pela fé e batalhar para que aja paz no mundo, a paz de Cristo!
Abraços em
Cristo!
Maria de Lourdes
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