Quarta-feira, 14 de Outubro de 2015
Romanos 2,1-11: Pagará a cada um segundo suas
obras
Salmo 61: Somente em Deus descansa minha alma.
Lucas 11,42-46: Ai de vós, fariseus.
42Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da
hortelã, da arruda e de diversas ervas e desprezais a justiça e o amor de Deus.
No entanto, era necessário praticar estas coisas, sem contudo deixar de fazer
aquelas outras coisas.43Ai de vós, fariseus, que gostais das primeiras cadeiras
nas sinagogas e das saudações nas praças públicas!44Ai de vós, que sois como os
sepulcros que não aparecem, e sobre os quais os homens caminham sem o saber.45Um
dos doutores da lei lhe disse: Mestre, falando assim também a nós outros nos
afrontas.46Ele respondeu: Ai também de vós, doutores da lei, que carregais os
homens com pesos que não podem levar, mas vós mesmos nem sequer com um dedo
vosso tocais os fardos.
Comentário
Os debates
que hoje escutamos entre Jesus e os fariseus e os doutores da lei, rememora as
“mal-aventuranças” que, em forma muito pessoal, contrapõe Lucas às tão
conhecidas bem-aventuranças em um capítulo anterior de seu evangelho (Lc 6, 20-23).
Bendizer e reprovar fazem parte da mesma dinâmica de reconhecimento da ação de
Deus. As bênçãos ou bem-aventuranças colocam em evidencia a qualidade de vida
que se requer para seguir a Jesus, convertendo em poder de Deus o que para a
maioria das culturas são grandes limitações, como a pobreza, o sofrimento e a
discriminação. Como contrapartida Jesus condena tudo aquilo que as culturas de
então e de agora consideram fortaleza, como a riqueza, a saciedade, a euforia e
o prestígio, que em geral são causa da mais autêntica miséria humana, a de tipo
moral. As mal-aventuranças e a crítica do Senhor colocam de modo especial o
dedo na chaga de nossas culturas ocidentais, que idolatram o poder, o dinheiro
e o prazer, e não se dão conta de que esta moderna idolatria conduz velozmente
o mundo à sua destruição. Precisamos fazer um balanço: se em nossas vidas
cristãs pesam mais atitudes que nos levam a valorizar o reino de Deus acima das
limitações econômicas e a colocar-nos em atitude de serviço e consolo para quem
carece de tudo, inclusive de esperança.
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