Sexta-feira, 10 de Julho de 2015
Cristóvão, Elias, Amélia
Gênesis 46,1-7.28-30: Posso morrer depois de ter-te visto
Salmo 36: A salvação do justo é o Senhor
Mateus 10,16-23: Não sereis vós que falareis.
16 Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos.
Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas. 17 Cuidai-vos
dos homens. Eles vos levarão aos seus tribunais e açoitar-vos-ão com varas nas
suas sinagogas. 18 Sereis
por minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de
testemunho para eles e para os pagãos. 19 Quando
fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem
pelo que haveis de dizer: naquele momento ser-vos-á inspirado o que haveis de
dizer. 20 Porque
não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós. 21 O
irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão
contra seus pais e os matarão. 22 Sereis
odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim
será salvo. 23 Se
vos perseguirem numa cidade, fugi para uma outra. Em verdade vos digo: não
acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que volte o Filho do Homem.
COMENTÁRIO
O discurso fala das dificuldades e perseguições que a missão traz
consigo. A perspectiva dramática, porém, oferece também uma voz de alento e
esperança e exige do discípulo um equilíbrio, manifestado no uso das
características da serpente e da pomba.A configuração com Jesus pode ser vivida
também neste campo: os discípulos serão perseguidos pelas mesmas pessoas e
grupos que perseguiram a Jesus: o sinédrio, a sinagoga, a própria família... O
evangelho lembra como conselho aos discípulos, a terceira característica: devem
ter fé (confiança) no poder e na bondade de Deus. Curiosamente, no evangelho de
Mateus algumas pessoas do povo manifestam mais fé que os discípulos (o leproso,
os que carregam o paralítico, a mulher que sofria de fluxo de sangue, o capitão
romano, a mulher sírio-fenícia...). Os discípulos são descritos como “gente de
pouca fé” (Mt 8,26; 14,31; 16,8; 17,20). Parece uma fé que não chega à altura
do que se espera de um discípulo; uma fé “quebrantada”, duvidosa, débil,
temerosa em meio ao fracasso (o que não implica rejeição ou negação total da
fé). A sociedade secularizada, injusta, discriminadora em que vivemos gera
fortes refeições à Palavra de Deus. Precisamos colocar nossa fé, nossa
confiança em Jesus para enfrentar com êxito as rejeições e perseguições.
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