Curou muitas pessoas de diversas doenças.
Este Evangelho descreve dois dias de intensa atividade de Jesus em
Cafarnaum: 1) Sai da sinagoga onde estava rezando. 2) Cura a sogra de Pedro. 3)
Cura “muitas pessoas de diversas doenças e expulsa muitos demônios”. 4)
Refugia-se para a oração. 5) Vai a “outros lugares, às aldeias da redondeza”. E
o evangelista resume: Jesus “andava por toda a Galiléia, pregando em suas
sinagogas e expulsando os demônios”. A oração e a união com Deus é a fonte do
nosso amor ao próximo.
Jesus só fazia o bem; a sua alegria consistia em fazer o bem às pessoas.
Depois que ele curou a sogra de Pedro, o evangelista diz: “Então a febre
desapareceu, e ela começou a servi-los”. Aquela senhora, que convivia com Jesus
bem de perto, pois ele frequentemente se hospedava na casa dela, havia
aprendido com Jesus esta virtude do bom acolhimento. Certamente, lá da cama ela
sentia um grande desejo de estar preparando a comida e o pouso dos queridos
visitantes. Logo que foi curada, pôde realizar o seu desejo.
“À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes... A
cidade inteira se reuniu em frente da casa. Jesus curou muitas pessoas de
diversas doenças.” Descubra a felicidade de servir. Quem gosta de servir, faz
aquilo que pode pelos outros. Jesus podia curar, curava. Diversas vezes, ele
nos pediu: “Curai os doentes”.
“De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar
num lugar deserto.” O seu amor maior mesmo é a Deus Pai. É este amor que o
impulsionava a amar o próximo. Como é importante nós não nos deixarmos levar
pelo ativismo, e dar umas fugidas para nos encontrarmos com Deus! O evangelista
começa o Evangelho de hoje dizendo: “Jesus saiu da sinagoga...” portanto ele
estava rezando. Só neste curto texto do Evangelho, Jesus aparece duas vezes
rezando!
“Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. Quando o
encontraram, disseram: Todos estão te procurando!” Como quem diz: “Ontem o
Senhor conquistou o povo; agora, que, está na hora de colher os frutos, o
Senhor foge?” Jesus não buscava “frutos” nem glórias para si; o que ele queria
era a glória de Deus Pai e o bem do povo.
“Jesus respondeu: Vamos a outros lugares”. O líder dá a mão, ajuda a
pessoa a se levantar, mas quer que ela depois caminhe com as próprias pernas, e
não fique dependendo daquele que a ajudou, ou batendo palmas para ele. Afinal,
somos todos iguais. Deus é que faz as curas e dá as graças.
O grande modelo na cena, além de Jesus, é a sogra de Pedro que, logo que
foi curada, “se levantou e pôs-se a servi-lo”. O trabalho é uma bênção de Deus.
Poder trabalhar é poder servir. “Descubra a felicidade de servir”. Jesus
trabalhava. Ele era carpinteiro, junto com o pai, S. José. Na vida pública,
continuou trabalhando, pois a atividade missionária é trabalho. Quem tem fé
gosta de trabalhar, pois a fé sem obras é morta. Nós, que recebemos tanto da
família e da sociedade, precisamos ajudá-las também, através do nosso trabalho.
Jesus era um mestre religioso diferente dos outros mestres da época.
Estes fundavam escolas para ensinar a interpretar a Sagrada Escritura. Jesus
era itinerante, queria que seus discípulos vivenciassem a Sagrada Escritura, e
passassem essa vivência para frente. Esse método continua até hoje, na Santa
Igreja.
Nós queremos ser “Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que os
nossos povos tenham vida nele” (Documento de Aparecida). Somos chamados a levar
a Boa Nova de Jesus até os confins da terra. A Comunidade cristã não é um grupo
de pessoas em torno de um líder, mas são pessoas unidas em torno de Cristo, e
organizadas entre si para a construção do Reino de Deus.
Certa vez, um menino da roça foi à cidade com o pai. E lá havia um
palhaço na rua, fazendo propagando do circo. O garoto se encantou com aquele
palhaço, e começou a acompanhá-lo, junto com as outras crianças.
Quando se deu conta, tinha se separado do pai. O menino começou a
chorar, e a andar desesperadamente pelas ruas procurando o pai. Ele atravessava
as ruas sem cuidado, correndo o risco de ser atropelado. Até que, por sorte, o
pai, que também o procurava, o viu na rua e correu atrás.
Este mundo está cheio de gente andando sem rumo e desesperadamente, como
aquele garoto. A sogra de Pedro não andou sem rumo, pois imitava e seguia Jesus
Cristo, o caminho, a verdade e a vida.
Maria Santíssima passou a vida servindo: dona de casa, esposa, mãe...
Que ela nos ajude a servir na humildade, a Deus e aos nossos irmãos e irmãs, e
assim acertar o caminho do Céu.
Curou muitas pessoas de diversas doenças.
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