Bom dia!
Onde começa a prudência e termina o medo? Qual é linha que limita o
destemor e o orgulho? Acredite: Muito do que temos ou deixamos de conquistar
são frutos da prudência e do orgulho. Mas como?
Segundo um dicionário informal da internet, prudência é a “virtude
regida pela razão, que faz escolhas para o homem agir sabiamente, tendo em
vista um bem comum a todos”. A prudência, portanto é um dom peculiar de quem
calcula seus atos e ações; planeja com esmero seus próximos passos e dentro do
âmbito de fé, é aquele (a) que ouve a Deus antes de realizar ou tomar qualquer
direção. No entanto a prudência em excesso pode estar a ocultar o medo, e esse
nos impede de realizar até as coisas mais corriqueiras como uma prova, um
concurso, uma entrevista de emprego, sair de casa, dar um olá (…). Muitas vezes
não avançamos por medo. Isso não pode ser chamado de prudência.
E o orgulho? Aprendemos uma das suas definições, mas nem todas. Pode ser
definido também como “o sentimento de dignidade a si mesmo; brio, altivez”. É
por esse orgulho que saímos da casa dos nossos pais para tentar ser “gente
grande”; é por ele que queremos trabalhar, ter como sustentar financeiramente a
nós e a nossa futura família; mas é também por ele que “quebramos a cara”,
“tropeçamos”, (…). Acontece quando deixo de ouvir a razão ( ou seria a
prudência?) ou quando só queremos ouvir o nosso ponto de vista…
Esse orgulho que vem do “se achar”, da arrogância e da prepotência pode
nos ferir e também aqueles que nos cercam É justamente esse que faz a menina ou
menino não ouvirem mais o pai nem a mãe; que os chama de “quadrados”,
“retrógrados”, “do passado”, (…); que os faz abandonar os estudos, sonhos,
projetos…
O excesso de medo faz com que muitas pessoas fiquem a esperarem
acomodadas que volte a cair o maná do céu e deixar de ver que Deus já abriu as
portas para que uma nova proposta, um novo projeto (emprego, estudo, estágio,
relacionamento, amizade) possa ser desbravado. NÃO DÃO UM PASSO NA FÉ.
Por orgulho demais que sofremos no silêncio de nossos quartos, abraçados
ao travesseiro ao invés de estender a mão e pedir por ajuda. O orgulho nos faz
imaginar o que pensarão de nós se perdoarmos, se ajudássemos ou se precisarmos
de ajuda. Quantos conhecemos que entregaram sua vida por medo de um exame, por
um constrangimento momentâneo, por orgulho machista?
Como diz o evangelho de hoje, um homem (ou mulher) sábio em certo
momento senta, reflete e calcula se os alicerces que construiu sua vida não
precisam de uma reformada. Não posso acreditar que a idade e o tempo de vida
sejam justificativas que não posso mudar minha forma de agir ou pensar. Nunca é
tarde pra recomeçar a construir, nem que seja novamente do inicio.
Vamos nos render a sabedoria do evangelho.
“(…) Bendizemos ao Pai porque, mesmo entre dificuldades e incertezas,
todo homem aberto sinceramente à verdade e ao bem comum, pode chegar a
descobrir na lei natural escrita em seu coração
(Doc. de Aparecida §108)
Um imenso abraço fraterno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário