Domingo, 15 de setembro de 2013
24º Domingo do Tempo Comum
Outros Santos do
Dia: Adão de Caithness (monge,
bispo), Aicardo de Jumièges (abade), Albino
de Lião (bispo), Apro de Toul (bispo), Catarina
de Gênova (viúva), Emília e Jeremias (dois irmãos, mártires
de Córdova), Eutrópia de Auvergne (viúva), José Abibos (abade), Mamiliano de
Palermo (bispo), Máximo, Teodoro e Ascleplódoto (mártires
de Andrinople), Melitina de Marcianópolis (mártir), Merino
de Benchor (bispo), Nicetas, o
Gótico (mártir), Nicomedes de Roma (presbítero,
mártir), Porfírio, o Ator (mártir), Riberto de
Saint-Valèry (abade), Riberto
de Varennes (abade), Valeriano de Lião (mártir), Valeriano
de Tournus (mártir).
Primeira leitura: Êxodo 32,
7-11.13-14
E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer.
Salmo responsorial: 50, 3-4.12-13.17.19
Vou agora levantar-me, volto à casa do meu Pai.
Segunda leitura: 1 Timóteo 1, 12-17
Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.
Evangelho: Lucas 15, 1-32
Haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte.
E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer.
Salmo responsorial: 50, 3-4.12-13.17.19
Vou agora levantar-me, volto à casa do meu Pai.
Segunda leitura: 1 Timóteo 1, 12-17
Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.
Evangelho: Lucas 15, 1-32
Haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte.
Nas circunstancias atuais, nós cristãos andamos
desconcertados. Uma onda de materialismo nos invade; morreram quase todas as
velhas utopias, uma política materialista e de realismo a permeia e se impõe em
todos os níveis. A sociedade se seculariza aceleradamente. É como se na barca
de Pedro – a Igreja, comunidade de comunidades – estivesse a ponto de afundar.
Diante disto, todos que nos encontramos no redil temos a
tendência de nos fechar em um círculo fechado. Muitos se foram e deles nos
despedimos com tristeza e resignação. Outros não entram no aprisco, porque o
panorama não os atrai. Ficamos uns poucos, voltados sobre nós mesmos, nos
dedicamos a salvar-conservar o que resta, já que muito foi perdido. Dá a
impressão de que se foram as noventa e nove, ficando apenas uma ovelha, a cuja
atenção e conservação estamos dedicados por inteiro.
Duas parábolas do evangelho de Lucas: a da ovelha
perdida e a da mulher que perdeu a moeda, e uma terceira, a do filho pródigo,
convidam a uma mudança tática e de estratégia pastoral.
Por maus tempos que ocorram, por muita adversidade que
nos rodeie, por grande que seja a onda de secularismo que nos invade, nós
cristãos não podemos dedicar-nos a conservar o que temos, pois cada vez iremos
diminuindo mais. A atitude cristã deve ser arriscada, embora não insensata: é
preciso deixar bem recuado o que já temos, e sair do aprisco para buscar a
ovelha perdida; é preciso varrer a casa para encontrar a moeda perdida entre as
ranhuras das paredes e do solo; é preciso acolher com braços abertos o filho
que se foi e, quando isto acontecer, fazer uma grande festa.
O que acontece é que, com freqüência, não estamos
dispostos a isto. Parece-nos incômodo sair para buscar a ovelha perdida ou
varrer toda a casa por causa de uma só moeda. Parecemos ao filho mais velho da
parábola que preferia a ausência de seu irmão e não viu com bons olhos a
acolhida do pai. Aquele filho mais velho não aprendeu o fundamental. Enquanto
em uma família falta um irmão, a família está quebrada. Não é possível nem a
alegria nem a festa, ou estas são passageiras e incompletas.
O plano de Deus é restaurar a família humana, dividida
desde Caim; exige uma capacidade imensa de esquecimento e perdão. O filho mais
velho não estava disposto a perdoar, porque tampouco havia aprendido a amar.
Quem ama perdoa, desculpa e esquece, sempre. Por isso necessitou da ação
magistral do pai, imagem de Deus, que acolheu o irmão menor, mandou vesti-lo
com a melhores roupas e organizou uma festa para comemorar seu
retorno.
Talvez por isso nossas comunidades não tenham muita
alegria: há muitos irmãos que faltam... Falta muito interesse em buscar e
acolher... A estratégia de conservar e cuidar o que temos, nos faz correr o
risco de perder tudo.
A promessa de Deus a Abraão, lembrada na leitura deste
domingo, continua vigente: “Multiplicarei vossa descendência como as estrelas
do céu...”. Deus fala de multiplicar e não de dividir ou diminuir. Deus perdoa
seu povo e mantém sua palavra, mesmos que todos se esqueçam dele. Porém, esta
promessa requer – para que se torne realidade – nossa participação ativa,
buscando a ovelha e a moeda perdidas e acolhendo o irmão que se foi, mas que
volta arrependido. Nossa comunidade tem que ser extrovertida por
natureza.
Paulo, na segunda leitura, dá graças a Deus porque
experimentou ele mesmo sua compaixão e perdão, confiando-lhe o ministério de
anunciar o evangelho aos pagãos, não os que tinham saído, mas que não nunca
pertenceram à comunidade e aos que é preciso anunciar o evangelho. Não podemos
ficar fechados em nós mesmos, temos que sair e buscar os que um dia pertenceram
à comunidade cristã, ou os que nunca pertenceram; a eles devemos anunciar a
mensagem do Senhor para convidá-los novamente à festa da comunidade.
Oração: Ó Deus, Pai e Mãe
de misericórdia, que deixas as noventa e nove ovelhas e vais buscar a
extraviada: dá-nos a graça de imitá-la com entranhas de verdadeira misericórdia
em nossa vida. Por Jesus Cristo, nosso bom pastor e Senhor
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