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domingo, 8 de julho de 2012

Missão dos doze Apóstolos, que saem dois a dois...= Missionários Claretianos



Domingo, 15 de julho de 2012

15º Domingo do Tempo Comum

Santos do Dia: São Boaventura, Bispo e Doutor da Igreja (Memória ); Abudêmio de Tenedos (mártir), Adalardo, o Grande (monge), Aprônia de Troyes (virgem), Atanásio de Nápoles (bispo), Balduíno de Rieti (abade), Bento de Angers (bispo), Davi de Munkentorp (monge, bispo), Edith de Polesworth (viúva), Egino de Ausburgo (abade), Eterno de Évreux (bispo), Félix de Pavia (bispo, mártir), Pompílio Maria Pirotti (presbítero), Tiago de Nisibis (bispo), Vladimir de Kiev (rei).

Primeira leitura: Amós 7, 12-15
Amós, expulso pelo sacerdote Amasias, recebe missão divina. 
Salmo responsorial: 84, 9-14
Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!
Segunda leitura: Efésios 1, 3-14
Hino de louvor à Providência de Deus. 
Evangelho: Marcos 6, 7-13
Missão dos doze Apóstolos, que saem dois a dois...

O santuário de Betel tinha também um significado político para o Reino do Norte. Por isso o sacerdote Amasías se posiciona defendendo os interesses do rei. Amós, no começo de sua missão profética, encontra resquícios de parte da estrutura religiosa, e isto lhe acarreta problemas e dificuldades, porém está disposto a enfrentá-los. Vive do que tem, sua vida não depende do trabalho profético, assim pode agir com liberdade, seja diante da estrutura religiosa, ou da estrutura política. Javé mesmo lhe pede que profetize em Betel. Amasías deve escutá-lo, mesmo que isso lhe cause incômodo e mesmo que o profeta não seja do Reino do Norte.

O papel político e “ideológico” que toda religião desempenha na sociedade, já é uma descoberta da consciência moderna. Já ninguém é tão ingênuo para pretender que seu discurso ou sua prática religiosa não tragam nenhuma referencia ao social, ao político ou ao econômico. O apoliticismo da religião é simplesmente impossível, ilusão ou ingenuidade.

A religião sempre tem, inevitavelmente, de alguma forma, um aspecto político. Assim também não podemos desconsiderar que Jesus assumiu definitivamente sua postura social e política frente à realidade de sua época. Não podemos negar as implicações sociais e políticas de nossa prática cristã, desde que essa prática se  segundo os valores do evangelho. É o próprio evangelho que nos obriga a fazer política.

Porém, não uma política segundo os interesses do rei, dos poderosos, ou do sistema, mas sim segundo os interesses do amor, da fraternidade, da justiça, da opção pelos pobres, da Utopía (do Reino, do “outro mundo possível” do Evangelho).Sem considerar os casos individuais (cada templo, cada comunidade cristã...) qual o  papel ideológico-político do cristianismo a respeito do capitalismo ocidental e seu sistema explorador?

Outras visões de mundo consideram o ocidetal como um sistema explorador, ivasor, globalizador, que fere todos os direitos internacionais e não respeita a convivência entre os povos. Amós, que não era sacerdote e nem   profeta de profissão foi a personificação dos cristãos individualmente e dos grupos de base com coração sensível, que sentem a existência  da Justiça de Javé e denunciam a cumplicidade do santuário.

Amós representa aqui os teólogos críticos e proféticos, mas todos os cristãos de coração piedoso, livre de interesses e sensíveis às exigências do Evangelho. Para Paulo judeus mas e gentios estão em Cristo e participam da benevolência de Deus. A grande dificuldade no começo da Igreja foi aceitar os gentios. Paulo se esforça em mostrar que a  abundância de bençãos é para todos os batizados; são os eleitos pela graça da remissão dos pecados.

Segundo o apóstolo, membros da Igreja são aqueles que receberam essa benção: eleitos desde sempre e antes de todas as coisas; eleitos e destinados por Cristo para a condição de santos e filhos e para que cheguemos à plenitude do ser, transformados à imagem de seu Filho, graças à ação do Espírito Santo. O cristão, eleito, amado e agraciado com o perdão dos pecados pelo sangue de Cristo, passa a fazer a experiência do mistério de Deus pela sabedoria e prudência que procedem do mesmo Espírito.

Paulo sente que esta realidade terrena tem que evoluir, que o plano de Deus é de fazer recapitular todas as coisas em Cristo e que nós cristãos não devemos permanecer à margem das transformações sociais. Temos sido marcados por Cristo no Espírito Santo para sermos sensíveis à ação transformadora de Deus, ação transformadora que não é exclusiva dos cristãos.

O compromisso do cristão é fazer com que esse mundo de injustiças se transforme em uma sociedade de irmãos, pois se supõe que entendamos qual é a vontade e o plano de Deus a respeito da humanidade e do universo. Esta tarefa não é fácil, porque não vivemos isolados dos demais e por que o mal foi instaurado pelo ser humano. No Evangelho, começa uma nova etapa, a missão.

Agora compete aos Doze proclamar o que tinham visto e ouvido. Jesus adverte-os, pois terão que enfrentar o  mal em todas as suas dimensões; por isso lhes dá poder para fazê-lo e dá também algumas recomendações: ensina-lhes a prática da pobreza, a adaptação às circunstâncias e resistência diante dos ataques e zombarias. A proclamação da Boa Nova deve ser aceita em liberdade, ninguém pode ser obrigado a aceitá-la. Jesus está falando de sua própria vida e sua prática.

Todo começo tem sua dificuldade, porém os discípulos estão cheios de esperança e de alegria, pois têm à sua frente a motivação para conquistar seu objetivo. Jesus adverte seus discípulos a respeito da vida, a fim de que nada os tome de surpresa. Sem embaraços, a experiência para cada evangelizador será sempre diferente e às vezes nos lugares onde acreditamos que vamos bem, não conquistamos nada.

O evangelizador deve ter presente que é Deus quem faz surgir os frutos; de sua parte, deve se disponibilizar para que a sua mensagem motive, inquiete e promova a fé. Jesus sabe o que espera os Doze. Envia-os dois a dois. A companhia é o apoio, a força e motivação para cumprir melhor sua missão e para resistir às dificuldades. A tarefa que vão realizar é de libertação.

Porém, estão capacidados para desempenhá-la? Ao final do texto aparece como os discípulos espulsaram muitos demônios e curaram muitos enfermos. Dessa maneira os Doze foram adquirindo autonomia e confiança em si mesmos, e se dão conta de sua capacidade de fazerem o mesmo que Jesus fez. O que é enviado sabe que deve permanecer  no lugar até que se cumpra a sua missão.

O enviado não vai em seu nome, mas em nome de quem o enviou. Além do mais, Jesus conta com a boa vontade de muitos homens e mulheres que são solidários, que abrem as portas de suas casas para recebê-lo, por isso lhes diz que fiquem na casa onde etrarem, até a hora de seguir para outro lugar.Sabem também que a recusa é motivo para sacudirem o pó dos seus pés. O gesto de sacudir o pó publicamente, expressava condenação e separação.

Esse gesto pode ser visto também como sinal de intolerância do evangelizador que não suporta ser ridicularizado e rejeitado. Não se pode obrigar os outros a receberem a Boa Nova, também eles tem o direito de decidir, de dizer que não estão de acordo. Por isso o evangelizador deve ter uma atitude tolerante e compreensiva que o leve a esperar uma nova oportunidade.

O anuncio do Evangelho não pode ser imposto pela força. A grandeza de uma religião e a garantia de futuro pode ser medida pela liberdade que oferece a seus seguidores. Há uma previsão de um futuro de diminuição de contingente de cristãos, situação essa que não deveria ser vista como uma catástrofe, mas como a oportunidade de recuperar a qualidade de vida que se sacrificou em favor da quantidade.

Jesus alertou seus enviados: quando não fossem recebidos e nem a sua mensagem, que sacudissem o pó das sandálias e fossem para outro povo. Porém não se pode obrigar ninguém a aceitar sua mensagem. É mais coerente com a política de Deus, ter menos e respeitar a liberdade religiosa, do que ter mais em quantidade e baixar o nível da qualidade dos métodos evangélicos dos evangelizadores.

Oração: Ó Deus Pai, que continuamente nos chamas a anunciar a todos o teu Reino, ajuda-nos a caminhar pela vida anunciando a todos a Boa Nova do teu amor paternal e maternal, e nossa condição de filhos destinados à vida plena. Isso te pedimos por Jesus Cristo Nosso Senhor.

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