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quinta-feira, 1 de julho de 2021

-Misericórdia e não sacrifícios - Salviano

 

02 de Julho de 2021-Ano B

 

Evangelho Mt 9,9-13

 

 

Evangelho - Mt 9,9-13

Não vim para chamar os justos mas os pecadores.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 9,9-13

Naquele tempo:
Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus,
sentado na coletoria de impostos,
e disse-lhe: 'Segue-me!'
Ele se levantou e seguiu a Jesus.
Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus,
vieram muitos cobradores de impostos e pecadores
e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos.
Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos
discípulos: 'Por que vosso mestre come
com os cobradores de impostos e pecadores?'
Jesus ouviu a pergunta e respondeu:
'Aqueles que têm saúde não precisam de médico,
mas sim os doentes.
Aprendei, pois, o que significa:
`Quero misericórdia e não sacrifício'.
De fato, eu não vim para chamar os justos,
mas os pecadores'.
Palavra da Salvação.

 

Reflexão

Os fariseus, escribas, doutores da Lei, e anciões, ficavam bem longe dos pecadores, dos pobres, e principalmente dos doentes, aos quais eles consideravam impuros pelos próprios pecados.

O fato de Jesus comer com os pecadores, para eles aquilo foi um verdadeiro absurdo!

Muitos que se julgam mais importantes que os demais, nem sequer se aproximam de um pobre, de uma pessoa que não é colunável, de um negro, de trabalhador qualquer.

São os fariseus dos nossos tempos. Desprezam, ridicularizam, fazem chacotas, entre outras maldades e crueldades para com os menos favorecidos pela sorte...

Jesus mostrou que  os líderes judaicos estavam completamente errados. Os pecadores precisam ser priorizados em nossa catequese, em nosso atendimento espiritual, em nossa atenção de missionários verdadeiros.

Alguém que se diz missionário ou mesmo pastor e que e dá preferência aos clientes da classe média nas suas pregações, não está fazendo um trabalho missionário de verdade, como Jesus Cristo nos ensinou. Mas sim, está mesmo correndo é atrás de lucros.

Em nossa catequese costumamos dizemos com muita eloquência, às vezes, que Deus é amor, que Deus nos perdoa, que Deus não faz distinção de ninguém, e assim por diante.  Porém, ao sair dali, na nossa vida “real”, agimos completamente diferente. Olhamos com desconfiança a um novo leigo que se apresenta para se integrar na comunidade. Ou, como é de costume, nós ouvirmos nas rodinhas paroquiais, alguém dizer que fulano não deveria estar naquela pastoral, pois afinal ele participou daquelas tão mal faladas coisas, ou seja, teve um passado pouco recomendável...

Esquecemos que quem envia os leigos para se integrarem nas comunidades, á o próprio Jesus. Aquele que disse: Eu não vim chamar os justos. Mais sim, os pecadores.

É Ele quem escolhe cada um de nós, mesmo sabendo dos nossos defeitos, dos nossos pecados, como o fez ao escolher os discípulos. 

Portanto, minhas irmãs e irmãos, não cabe a nenhum paroquiano, o direito de julgar, de escolher, quem deve ou não deve assumir a frente de uma pastoral. Mesmo porque, lá no fundo, pode estar rolando um pouco ou muito ciúmes, um pouco ou muita inveja pelas qualidades do outro ou da outra.

Muitas vezes promovemos, ou defendemos a introdução de um leigo, de uma leiga em certa pastoral, por motivos pessoais.  Tendo em vista, que podemos estar puxando as brasas para a nossa sardinha.

Isto é parecido com o que acontece com a nossa caridade. Ou seja, a caridade pode ter dois objetivos:

 

1-Eu faço uma caridade com o intuito de ser bem visto, com o objetivo de obter prestígio, de conseguir votos da comunidade para a minha campanha eleitoral, com a intenção de que percebam que eu sou uma pessoa boa, e assim por diante;

 

2-Ou posso fazer uma caridade, por ter pena do pobre, por me lembrar do que disse Jesus (“...quem dá um na Terra receberá 100 no Céu, quando deres uma esmola a um mendigo é a mim que deste”).

E esta é a caridade certa, é aquela caridade que aumentará o meu tesouro no céu, é aquela caridade que apagará os meus pecados leves.

 

Prezados leitores e leitoras. Jesus disse que precisamos fazer a vontade do Pai, e não a nossa vontade. As nossas intensões tanto ao fazer uma caridade, como no meio da comunidade, não devem ser apenas para visar os nossos interesses pessoais, e familiares, mas sim, intensões de servir a Deus.

Se formos agradáveis aos que nos são simpáticos, não teremos nenhuma recompensa. Os maus também fazem isso. 

 

São palavras de Jesus. Lembra?  Do mesmo modo, se você facilitar as coisas para os leigos que lhes são simpáticos, e dificultar para aqueles e aquelas os quais você não se agrada, pode está certo de que não está fazendo a vontade do Pai, mesmo que suas desculpas sejam a de evitar infiltrações indesejáveis a sua comunidade paroquial.

 

Porque Jesus não veio ao mundo para chamar os justos, mas sim os pecadores.

 

Tenha um bom dia.  José Salviano

 

 

  

 

 

2 comentários:

  1. José Salviano, como está!?
    Obrigada pela postagem da reflexão.
    Deus te abençoe e te conserve restaurando tua SAÚDE completamente.🙏🙌

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