REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 02/09/20 - Lc4,38-44
Quarta-Feira da 22º Semana do tempo comum
“TU ÉS O FILHO DE DEUS.”
Reflexão de Olivia Coutinho
Caros irmãos e irmãs em Cristo!
A palavra de Deus que chega até a nós, no Evangelho de hoje, mostra-nos mais uma vez, a proximidade de Jesus com os sofredores!
Jesus não se apresentou ao povo em cima de palanques, e sim, em meio aos sofredores, foi curando os doentes, libertando os acorrentados pelas forças do mal, que Ele nos revelou o rosto do Pai!
O texto nos apresenta três momentos de atividades de Jesus. No primeiro momento, após sair de uma sinagoga, onde Ele libertou um homem de um espírito mal, o que vimos no evangelho de ontem, Jesus dirigiu-se para a casa de Simão (Pedro) onde libertou a sua sogra de uma enfermidade. Neste episódio, o que deve chamar mais a nossa atenção, não é a cura em si, e sim, a postura de quem é curado por Jesus! A sogra de Simão, ao sentir-se curada, não se acomodou, pelo o contrário, ela se pôs a servir, agradando a Jesus, que quer nos ver sempre em movimento e nunca parados, todas as vezes que Jesus curava alguém, Ele dizia: levanta-te, vai..."
No segundo momento, Jesus cura e liberta muitas pessoas de seus males, males do corpo e da alma. A multidão que acorria a Ele em busca de milagres, crescia dia pós dia, e, se por um lado, Jesus se compadecia com o sofrimento daquele povo, Ele também sabia, que não poderia prender-se a este povo e nem permitir que as pessoas o enxergar-se simplesmente como um fazedor de milagres, afinal, Ele não viera ao mundo especificamente para fazer milagres, os milagres que Jesus realizava, Ele os realizava por compaixão e para servir de sinais de que Ele era o enviado do Pai! O compromisso de Jesus com o Pai, ia muito além do que fazer milagres, Jesus viera ao mundo para nos libertar das mãos do inimigo, para nos ensinar o caminho da vida, que é o caminho do amor, caminho este, que perpassa pela prática da justiça, pois onde há justiça, há vida, não há doentes sem atendimento médico, não há fome...
E no terceiro momento, Jesus, ao raiar do dia, retira-se para um lugar deserto, certamente para rezar, para se orientar com o Pai, era o que Ele fazia, todas as vezes que precisava tomar uma decisão, como Ele precisava de tomar naquele momento. "As multidões o procuravam e, indo até Ele não queriam deixa-lo ir embora." O povo queria segurar Jesus, não deixá-lo partir, e Ele, por sua vez, mesmo sensibilizado diante de tanta carência, tantas necessidades, deixa o lado emocional, para seguir as orientações do Pai: “Eu devo anunciar a Boa Nova do reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado.” Com o firme propósito de cumprir a vontade do Pai, Jesus retoma o rumo da sua missão, indo anunciar a Boa Nova do Reino a outros povos.
Nós também, como discípulos missionários de Jesus, temos que retomar o rumo da nossa missão, não podemos nos prender à lugares, a comodidades, cargos e nem a pessoas, devemos avançar para aguas mais profundas, atravessar para a outra margem, ir onde ninguém foi, levar a Boa Nova do Reino aos que ainda não conhecem a verdade que liberta.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
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