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sábado, 14 de setembro de 2019

“...HAVERÁ NO CÉU MAIS ALEGRIA POR UM SÓ PECADOR QUE SE CONVERTE...- Olivia Coutinho


24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Dia 15 de Setembro de 2019

Evangelho de Lc, 15,1- 32

No evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, fariseus e mestres da lei, criticam Jesus, por Ele acolher os pecadores, como se eles não fossem pecadores também, e não estivessem sendo acolhidos por Jesus. Em resposta a estas criticas Jesus, através de três parábolas, mostra-lhes que esta, é a postura do Pai para com os seus filhos, sobretudo para com os que são excluídos do convívio social. O ponto central do evangelho é a misericórdia de Deus. A misericórdia de Deus, nos revelada neste texto, nos pede misericórdia, nos motiva a nos esforçarmos em atendermos um pedido de Jesus: “Sede misericordiosos como vosso Pai celeste é misericordioso.” Lc6,36. A primeira parábola coloca em destaque, a alegria do pastor ao encontrar a ovelha que havia extraviado do rebanho, simbolizando a alegria de Deus, com o retorno de um filho que estava perdido. A segunda parábola tem um significado similar à primeira, fala-nos também da alegria de uma mulher que encontra algo valioso que estava perdido e que era de vital importância para ela, uma moeda de prata que garantiria o seu sustento. Tanto o pastor, que perdera uma de suas ovelhas, quanto a mulher que perdera sua moeda de prata, não deram como perdidas, essas suas preciosidades, pois eles se puseram a procura-las. Assim é Deus, Deus não coloca ponto final numa historia de amor, para Ele, não existe caminho sem volta. Deus encarrega nos encarrega a trazer de volta ao seu convívio, àqueles que se perderam pelas vielas da vida. A terceira parábola é um tanto mais longa, ela nos mostra com detalhes, a conduta de dois filhos e a atitude misericordiosa de um pai, diante à ingratidão do filho mais novo e a dureza de coração do filho mais velho. É interessante observarmos na história, que o Pai não interfere na decisão do filho mais novo quando ele decide sair de casa. A postura deste pai, que não impediu que o seu filho fizesse a sua escolha, vem nos dizer que Deus também é assim conosco, Deus não interfere na liberdade humana, Ele nos deixa livres para fazermos as nossas escolhas. A história evidencia a paciência de um pai que ama, que não desiste do filho rebelde, que espera dia pós dia, pelo o seu retorno à vida! A repreensão deste pai ao filho mais velho, que sentiu enciumado em relação ao caloroso acolhimento do pai ao irmão mais novo, chama a nossa atenção sobre a importância do perdão, do acolhimento à aqueles que enveredaram por caminhos contrários mas que desejam retomar o caminho da vida. Sabemos que são muitos os que estão sobre a terra, mas que se sentem soterrados, pessoas que pagam um preço muito alto pelos os erros cometidos, assim como pagou o filho mais novo da parábola. Num mundo preconceituoso, são muitos os excluídos do convívio social, religioso e até mesmo familiar, pessoas, que às vezes, só precisam de se sentirem amadas para mudar de vida. Há pessoas, que só valorizam a Luz, depois de passarem pelas trevas. E quantos de nós, comportamos como os fariseus e mestres da lei que criticaram Jesus, por Ele acolher essas pessoas. Ao invés de nos tornarmos ponte para resgatar esses irmãos, contribuímos para que eles permaneçam nas trevas, com a nossa indiferença, com o nosso preconceito. Precisamos ter um coração misericordioso, semelhante ao coração de Deus, um coração aberto para acolher os que erraram, mas que querem se redimir, o que não significa concordar com os seus erros, mas acreditar que uma pessoa criada a imagem e semelhança de Deus, pode mudar de vida.

Meditando a vida: Temos um pouco do filho mais novo da parábola: às vezes somos ingratos com Deus, imaturos na fé, trocamos os valores do reino pelos os "valores" do mundo. E é  inegável, que temos também, um pouco do filho mais velho: as vezes somos egoístas, insensíveis, não nos abrimos ao perdão, enxergamos Deus como patrão, e não como um pai que ama, que perdoa seus filhos.
Esforcemos- nos para termos um pouco do pai misericordioso da história, sendo-nos misericordiosos com os nossos irmãos que erraram, mas que desejam voltar à vida.

FIQUE NA PAZ DE JESUS - Olivia Coutinho
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