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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

-O dia de sábado, Mc 2,23-28, José Salviano


22 de Janeiro de 2019

 

Evangelho Mc 2,23-28

 


 

Para os fariseus, e doutores da Lei a rígida observância da Lei era muito mais importante do que fazer caridade. A obediência a Lei do sábado, obediência ao sábado era uma coisa muito rigorosa, de modo que qualquer esforço que se parecesse com trabalho, para eles era terminantemente proibido. Isso era um verdadeiro absurdo, o qual Jesus não aprovava. Não era permitido fazer a comida, nem varrer a casa, entre outras tarefas simples. Mas na verdade essa obediência rigorosa a um mandamento que foi reforçado pelos doutores da Lei, era  para poder explorar o povo, inclusive os pobres, os quais tinham dificuldade em permanecer todo o dia de sábado sem fazer absolutamente nada.
Somente para salvar uma vida, a obediência dessa lei era menos rigorosa.

Os discípulos estavam com fome e não havia ali por perto nenhum tipo de comida, então eles estavam pegando espigas de milho para comer. Os fariseus que eram experts, especialistas na prática da Lei, e que andavam sempre na cola de Jesus para ver se Ele a desobedecia, viram aquilo e reclamaram.
Jesus, lembra uma coisa que Ele nunca tinha lido, mas sabia porque como Deus Ele sabe tudo. Jesus se refere a Davi e seus companheiros que comeram o pão da oferenda no Templo.

E Jesus encerra sua justificação dizendo que Ele era maior do que o Templo, e repete aquela frase: “Quero a misericórdia e não o sacrifício”.
Ora, como o sabemos, os judeus exigiam sacrifícios da queima dos animais para o perdão dos pecados, e também a obediência excessiva ou extrema do repouso do dia de sábado, era um grande sacrifício.
Jesus, ao pronunciar essa frase mais uma vez, nos diz que em vez de fazermos sacrifício pelo perdão dos nossos pecados, podemos e devemos FAZER CARIDADE.

A caridade é muito mais importante do que pensamos. É pela caridade que iremos nos salvar ou nos condenar, pela falta da sua prática. Caridade é ajudar a quem precisa. Quem necessita de uma ajuda para comer, beber, se abrigar. Mas também é caridade a atenção, a gentileza o bom hábito de ouvir a irmã, o irmão, se importando de verdade com a sua situação, com a sua solidão, sua velhice, suas limitações físicas, suas dores, e outras deficiências mais.

Não nos esqueçamos que os carentes, os mendigos existem não por castigo de Deus. Mas para que tenhamos a oportunidade de praticar o AMOR AO PRÓXIMO.  Eles existiam, existem e sempre existirão.  E ai de nós se não houvessem mendigos e carentes no mundo! Como poderíamos ser caridosos? Como poderíamos nos salvar?

A esmola faz muito mais bem a nós do que aos necessitados. Acredita-se que a fome que às vezes sentimos pelo atraso no almoço, ou porque o carro quebrou na estrada, o frio que esporadicamente passamos, nos dói muito mais do que aos nossos irmãos que dormem na rua. Pois Deus não descuida deles um só momento. Eles só estão ali para que nós pratiquemos a caridade.
Seja caridosa, seja caridoso, e garanta o seu lugar no Reino dos Céus.

José Salviano


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