18 de Janeiro de 2019
Evangelho Mc 2,1-12
Jesus curou aquele
paralítico, Mc 2,1-12, José Salviano
Jesus
ficou muito impressionado pelo esforço daqueles homens, para conseguir que o
paralítico se aproximassem dele para obter a cura. Normalmente pela porta eles
não conseguiram entrar naquela casa onde Jesus estava fazendo a sua palestra.
Porém, eles não desistiram do seu objetivo de conseguir que o pobre paralítico
conseguisse o que ele mais quis em toda a sua vida. Caminhar.
Quanto
sacrifício aqueles homens fizeram para levar o doente até Jesus!
E
nós? Fazemos o mesmo. Certo? Quando um necessitado se aproxima de nós, é a hora
de nos lembrar de todos os nossos compromissos, de todas as nossas pendências e
de tudo o mais que temos de fazer, e assim nos livrar de dar uma força para
aquela criatura desvalida, e completamente dependente de ajuda.
Caríssimos.
O mandamento é claro, e sem rodeios. Amar a Deus e amar o irmão.
Desse
modo, não existe de fato amor a Deus se
não nos esforçamos, se não nos sacrificamos pelos nossos irmãos que precisam da
nossa ajuda.
Jesus
em suas andanças pelo anúncio da Boa nova, encontrou mais ouvidos para ouvi-lo
entre os mais pobres do que entre os da elite religiosa e da sociedade.
Isso
vale também para os nossos dias. Muitas vezes, aqueles da periferia, os que não
frequentam a missa, regularmente, são muito mais atenciosos diante da palavra a
eles anunciada, do que certos paroquianos que já se julgam redimidos pelo fato
de pertencer a uma comunidade seleta, e orante. Já sabemos tudo. Pensam
eles. Já sabem, mas não podem se esquecer de praticar o tempo todo.
Do
mesmo modo, a caridade entre os pobres é muito mais vigorosa do que entre
aqueles que possuem muito mais recursos.
Na
comunidade pobre a caridade, a disposição de socorrer um deles que de repente
se vê em perigo de morte, é muito mais pronta, mais forte, do que na comunidade
da classe média, na qual, a ESPIRITUALIDADE É MUITO MAIS TEÓRICA DO QUE
PRÁTICA. Lá, entre eles, o amor ao próximo é mais expresso por palavras, por
gestos de gentilezas do que por gestos concretos de verdadeira fraternidade. Lá
na comunidade da classe média e alta, a palavra CARIDADE, é substituída pela
palavra EDUCAÇÃO, só que com outras características, que não as do verdadeiro
amor fraterno, como acontece lá entre os mais fracos, os mais humildes.
Não
estamos querendo dizer que nas favelas só existem santos. Sabemos que lá
existem pessoas capazes de tudo, revoltadas contra tudo e contra todos, lá
existem muitos homens violentos e capazes de tudo.
Porém,
não é só lá que existem bandidos. Não nos esquecemos dos bandidos de gravata,
que falam bonito, e que são mais perigosos do que muitos daqueles da favela. É.
Por que os da favela são até capazes de socorrer um doente como aqueles homens
que se esforçaram tanto para descer o paralítico pelo telhado, a fim de que ele
conseguisse se aproximar de Jesus e ser curado da sua paralisia.
E
os bandidos de gravata? Aqueles que roubam e não são presos? Aqueles que fazem
leis que nos prejudicam? São ou não são mais perigosos?
Roquemos
ao Pai pela nossa conversão. Pela conversão de todos. Ricos, e pobres. Negros,
pardos, indígenas e brancos, vencedores e derrotados.
José Salviano.
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que perde um pouco do seu tempo em refletir passando os seus ponto de vista que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos nós. Abraço.
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