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de Janeiro-Evangelho - Mc 6,45-52
Bom
dia!
Estudos
revelam que Betsaida era uma colônia de pescadores de onde provavelmente Pedro,
João e Felipe eram oriundos. Muito mais que um pequeno povoado, Betsaida era
talvez uma região repleta de povos e, portanto culturas diferentes. Jesus
apresentava essa terra a eles.
Imagino
a situação em especial dos três apóstolos que retornavam àquela localidade. Se
trouxermos a mente o dizer popular “santo de casa não faz milagres” o que se
poderíamos esperar daquela população quanto o retorno deles? Acolhimento?
Esperança? Fé? Não!
Jesus
também hoje nos envia na frente. Para alguns Ele destina, inicialmente, locais
desconhecidos, mas para outros como Pedro, Felipe e João, a sua ou nossa
própria comunidade, aqui represento o nosso trabalho, na minha escola, em minha
casa. É verdade que já passam em nossos pensamentos o como seríamos (ou como
somos) recebidos por eles, mas uma coisa fica meio que esquecida em virtude do
medo – a mochila vazia com que parti, já não está tão vazia assim.
Imagine
um (a) filho (a) que saiu de casa e foi fazer faculdade em outra região e que
anos depois retorna a sua casa, já formado. Alguém conhecido desde criança que
retorna.
Sim,
aos nossos olhos já notamos as transformações nas feições e nos traços que o
tempo e a maturidade lhe impuseram, mas somente quando o (a) ouvirmos falar é
que saberemos o que carrega; pelas suas novas ações é que saberemos o quanto
suas atitudes mudaram. Aqueles três apóstolos já haviam presenciado tantas
coisas, aprendizados foram feitos e até bem pouco tempo viram cinco pães
alimentar 5 mil. É impossível ser o mesmo que partiu.
Do
projeto ao destino final de cada sonho poderemos encontrar dificuldades.
Tempestades de pensamentos; ventos contrários que podem significar o medo e a
resistência as novas responsabilidades que estão por vir, entretanto deve ficar
um ensinamento: Em meio às tempestades, Jesus vem sempre sereno caminhado sobre
as águas!
“(…)
Respondeu-lhes Jesus: “TENDE FÉ EM DEUS. Em verdade vos declaro: todo o que
disser a este monte: Levanta-te e lança-te ao mar, se não duvidar no seu
coração, mas acreditar que sucederá tudo o que disser, OBTERÁ ESSE MILAGRE. Por
isso vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e
ser-vos-á dado”. (Marcos 11, 22-24)
O
que isso tem haver com a epifania? Recorde que essa manifestação do poder de
Deus sobre a física que conhecemos aconteceu pela não hesitação. Voltar a sua
terra, a um povo tão descrente (remando contra os ventos e enfrentando o mar
arredio) é muito além de um gesto heróico, mas de quem acredita no que fala.
Dar de cara com os que nos conhecem poderá de fato revelar a epifania de Jesus
em minha vida, pois para convencê-los teremos que ter muito mais que palavras…
O nosso semblante deverá resplandecer a epifania.
É
comum ver jogadores de futebol, cantores, artistas, pessoas famosas que após
anos e anos de boemia e noitadas de repente se dão conta que andam sozinhos e
remando contra os ventos… Jesus sereno anda sobre as águas e sobre eles!
Outro
exemplo esta naquele que a vida e as más escolhas que teve lhe apresentaram
vícios, sofrimento, angústia e solidão. Por estarem anos e anos “remando” já
não tem mais forças, pararam no meio do mar da vida, já não são donos do seu
destino, são passageiros desse barco que vão conforme a correnteza o leva.
Sobre esse Jesus também quer chegar.
Não
leremos sobre isso essa semana, mas todo esse “sofrimento” no mar da Galiléia
pela salvação de um único homem do outro lado da praia. Alguém que deve ter
tocado Jesus pela fé. Alguém que em suas orações clamava um milagre. “(…) Mas
logo Jesus falou com eles, dizendo: – Coragem, sou eu! Não tenham medo”! Estou
chegando! Já cheguei!
É
para eles que devemos apresentar a vitória e a epifania reveladas em nossa vida
Mantenha
a fé! Todo sofrimento tem um motivo do outro lado da praia. Seja a epifania.
Um
Imenso abraço fraterno!
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