27- Quarta - Evangelho
- Mc 4,1-20
Bom
dia!
Gostaria
de começar essa reflexão partindo desse texto:
“(…)
Somos convidados a sonhar junto com o Espírito Santo sobre as nossas vidas,
pois é Ele que nos dá esperança. A esperança nos salva, nos dá forças para
recomeçar, para crer cada vez que essa é a ocasião boa de mudar”.
Perceba
algo no texto e no evangelho de hoje: somos convidados a novamente cultivar
sonhos, esperança sobre nossas vidas e dos que nos rodeiam, pois o semeador
novamente sai a semear.
Tenho
um profundo carinho por essa passagem que se repete ano a ano, dando a
impressão real que ele (o semeador), como tantos homens que labutam no campo,
esperam o melhor momento e o tempo certo para novamente sair a semear, mas
existe uma grande diferença. Diferentemente dos agricultores que conhecemos que
esperam meses e até anos para o tempo certo acontecer, existem duas sementes
especiais que Jesus lança todos os dias, indiferentemente do tempo ou época –
OPORTUNIDADE e AMOR.
Jesus
ensinou aos seus amigos a cultivar o AMOR, deixaram claro isso nos gestos e no
que deixam por escrito. O Senhor olhou profundamente no interior de cada um
deles e viu um potencial a ser desenvolvido e explorado (como o fez com cada um
de nós). Homens simples e de pouco conhecimento, que por vezes foram descrentes
e medrosos; que O deixaram só durante a agonia suprema; que se esconderam
durante o calvário; receberam pela ressurreição, uma nova OPORTUNIDADE.
É
preciso voltar a cultivar a idéia que Deus nos ama mesmo após as quedas que
parecem inevitáveis; Deus continua semeando amor a sua criatura mesmo que ela
às vezes O abandone; Deus nos abraça como canta o padre Cleidimar, não cansa de
nos dar oportunidades. Continua semeando… “Então Jesus perguntou: – Se vocês
não entendem essa parábola, como vão entender as outras”?
“(…)
Eis uma verdade absolutamente certa: Se morrermos com ele, com ele viveremos Se
soubermos perseverar, com ele reinaremos. Se, porém, o renegarmos, ele nos
renegará. Se formos infiéis… ele continua fiel, e não pode desdizer-se”. (II
Timóteo 4, 11-13)
É
plena verdade que somos tão amados mesmo na infidelidade, mas preciso recordar
a situação que já partilhei do açougue que não vende carne: O que adianta
sermos novamente semeados se não nos empenhamos em dar frutos?
Se
empenhar não é viver a idéia de que somos amados para justificar os erros. É
após cada erro, tropeço, equivoco, (…) com mais garra levantar e querer ter um
terreno menos pedregoso ou com espinhos, pois é certo que novamente Ele passará
semeando.
Deus
verdadeiramente nos ama, demos frutos!
Um
Imenso abraço fraterno!
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