20 de Maio - Quarta - Evangelho - Jo 17,11b-19
A lepra,
doença que no decorrer do tempo, deformava as pessoas que
naquela época em que Jesus andava pela terra, causava a morte de muita gente.
Doença silenciosa; ainda existe neste nosso mundo. Atinge as pessoas sem que
estas percebam. Ela causa uma insensibilidade na pele no início e, por não
sentir no contato, nem calor e nem frio, mesmo muito quente ou muito gelado.
Devido a isso, quando a pessoa se machuca, não percebe e, começa aí, um
processo infeccioso que vai apodrecendo o tecido, causando muitas deformações,
deixando um mau aspectopara quem o observa. Por isso, naquele tempo, os
leprosos (como os chamavam), eram terrivelmente discriminados e colocados à
margem do meio em que viviam, existindo para tanto locais bem distantes, onde
eles eram execrados, aguardando a morte e, lá mesmo, se consumindo. Quando
tinham necessidade de ir à cidade, eram obrigados a passar por locais
pré-determinados, a fim de não contaminarem as outras pessoas e, levando
consigo um sino que iam tocando e gritando: – “está passando um leproso”.
Hoje esse mal, embora ainda exista, graças a
Deus e a ciência está controlado e chama-se “hanseníase” ou mal de Hansen. Esperamos
que Deus ilumine os nossos cientistas a fim de que consigam tratamentos capazes
de erradicar, acabar de vez com esse mal na sociedade mundial. A passagem do
Evangelho, nos fala que Jesus caminhava para Jerusalém e, dez
leprosos que passavam à distância, começaram a gritar : “Senhor, Senhor,
cura-nos da lepra que nos está consumindo.” (imaginemos o que eles deviam ter
sofrido para chegarem até ali, se tudo lhes era proibido e negado até o direito
de viver?) E, Jesus, volta-se para eles e diz: – “Ide apresentar-vos ao
sacerdote”. E eis que ao crerem na palavra de Jesus, começaram a caminhar e
ficaram totalmente curados, com a pele do corpo totalmente limpa da doença e a
saúde perfeita. Quando Jesus lhes disse para irem ao sacerdote, é porque só ele
poderia liberá-los para que fossem reintegrados à vida em sociedade, estando
totalmente curados. Jesus ia continuar a caminhada, quando um daqueles que
foram curados, justamente um samaritano (povo que não aceitava Jesus), volta
correndo, gritando e glorificando o Senhor pelo milagre conseguido e
joga-se aos pés de Jesus, com o rosto em terra. Jesus olha para ele e,
voltando-se para os que o seguiam, diz: – “Não foram dez os curados? Onde estão
os outros nove? Só este estrangeiro voltou para agradecer? Levanta-se,
vai pelo teu caminho, a tua fé te salvou.”
Quantas vezes nós, cada um com as suas doenças
e problemas, imitamos esses
homens cheios de defeitos e erros; cheios de orgulho e vaidades; vivendo
brigados dentro das nossas próprias famílias, com raiva e até ódio às vezes,
criando na nossa vida “uma lepra” que destrói a alma e, quando nos encontramos
com a Verdade e queremos retomar a vida normal, a vida que nos realiza como
filhos e filhas do Criador; rogamos e imploramos que Ele nos salve e. . . Ele
salva! Voltamos para agradecer como fez aquele leproso? Ou fazemos como os nove
que foram embora sem agradecer? Acostumemo-nos a fazer, sempre que estivermos à
beira de falarmos ou fazermos coisas que nos afastam dos caminhos do Senhor,
uma revisão de vida e percebermos o quanto somos felizes, mesmo com as
dificuldades que todos temos. É importante observarmos em cada reflexão, que
não é Deus que nos dá as doenças, os problemas e tantas outras coisas que nos
afligem durante a nossa caminhada na terra. Ele só quer o nosso bem; Ele nos
criou para
sermos infinitamente
felizes. Nós é que criamos ou outros nos criam tudo aquilo que nos afligem.
Deus é Amor e o Amor é a essência do bem e,
portanto, jamais comungará
com a maldade, com o erro, com a desgraça, com o castigo ou qualquer ato que
contradiga as suas qualidades.
Pai, que o
meu coração, repleto de fé, reconheça Jesus como a mediação de todas as graças
e favores que recebo de ti.
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