DOMINGO - 26 de Outubro
- Evangelho - Mt 22,34-40
Neste
Evangelho, com a resposta acima, Jesus nos diz qual é o maior mandamento de
Deus. Não é só mandamento, é vida e felicidade para nós. Fomos criados para
isso, e só encontramos paz amando a Deus e ao próximo.
Deus
é o nosso criador e é ele que nos mantém com vida, a cada instante. Se ele
retirasse sua mão de sobre nós, voltaríamos ao nada, de onde saímos.
A
Redenção nos mostra novas dimensões do amor de Deus. Ele sabe relevar as nossas
fraquezas, e não deixa de nos amar quando o ofendemos. Ele vai atrás, insiste,
sempre respeitando a nossa liberdade.
O
nosso pai carnal é uma pálida figura do nosso grande Pai que é Deus.
Deus
nos criou para conhecê-lo, amá-lo e servi-lo na terra, e gozar com ele no céu.
Feliz de quem entende essa frase do catecismo e a vive. Os egoístas deixam a
Igreja Católica e preferem as seitas, porque elas estão na linha do mundo
egoísta, que coloca no centro de tudo a própria pessoa e não Deus.
Amar
a Deus sobre todas as coisas é colocá-lo acima dos bens, das pessoas e até da
nossa vida terrena. É amar a Jesus Cristo, que hoje está presente em seu Corpo
Místico, a Igreja una, santa, católica e apostólica.
“O
segundo é semelhante a esse: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Apesar de
o fariseu ter perguntado “qual é o maior mandamento da Lei”, isto é, perguntado
sobre um mandamento, Jesus citou dois, porque os dois são intimamente unidos e
não se separam. Eles se entrelaçam de tal modo que ninguém consegue praticar um
sem praticar o outro. Eles são desdobramentos de uma só realidade, o amor.
“Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus permanece nele”
(1Jo 4,16). O amor é a maior força que existe no mundo, pois é o próprio Deus.
“Ninguém
jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós e seu
amor em nós é perfeito” (1Jo 4,12).
“Se
alguém disser ‘eu amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é um mentiroso, pois quem
não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê” (1Jo
4,20). A ligação íntima entre o amor a Deus e ao próximo desautoriza certas
formas alienantes de “espiritualidade” que muitas vezes não passam de uma busca
disfarçada de auto-realização, mas que jamais leva a um compromisso com a
transformação do mundo em que vivemos. Não é possível amar a Deus sem amar o
próximo.
S.
João nos explica o que é amor: "Jesus deu a vida por nós. Portanto, também
nós devemos dar a vida pelos irmãos. Se alguém possui riquezas neste mundo e vê
o seu irmão passar necessidade, mas diante dele fecha o seu coração, como pode
o amor de Deus permanecer nele?” (1Jo 3,16-17).
Quem
ama só faz o bem e só deseja o bem. Quem ama lê no coração o que as palavras
não conseguem expressar.
O
pecado rebaixa, avilta e corrói o amor, desviando-o do seu sentido. Basta ver o
sentido dessa palavra na maioria das novelas e filmes.
Todos
nós passamos a vida toda correndo atrás do amor; ele é a motivação fundamental
de todos os nossos atos. É o amor que traz alegria e o gosto de viver. Para
quem ama, não existe monotonia. Pode viver cem anos, que cada dia é novo. Pode
ficar cem anos ao lado da mesma pessoa, que não se cansa. Cada dia a vê
diferente, como um filme. Isso porque o amor é infinito.
O
amor é difusivo; ele não fica só na pessoa que ama, mas passa para os demais, e
vai criando uma Comunidade de amor, que chamamos de ágape.
Está
portanto diante de nós o desafio de amar sempre, tanto a Deus como ao próximo,
e através do amor transformar o mundo.
Na
Terra Santa, existem dois mares bem conhecidos. Embora alimentados pelo mesmo
Rio Jordão, eles são completamente diferentes um do outro.
O
primeiro é o Mar da Galiléia, cuja água é doce e contém muitos peixes. Seu
litoral tem muitas cidades e vilas lindas, por causa do verde das lavouras, das
árvores e dos jardins, tudo irrigado pelo Mar da Galiléia.
O
outro é o Mar Morto, que é célebre pela sua densidade de sais minerais. Ele não
tem peixe e nem os vegetais conseguem viver de suas águas. Seus arredores são
desertos. Não existe área verde. O Mar Morto apresenta um aspecto desolador.
De
onde vem essa diferença, se os dois são alimentados pelo mesmo Rio Jordão? A
explicação é simples: O Mar da Galiléia recebe o Rio Jordão pelo Norte, porém
não o guarda para si; toda a água bela e fértil que ele recebe, ele a solta
pelo Sul. E o Rio Jordão prossegue o seu caminho, irrigando e semeando vida por
onde passa. O Mar da Galiléia não vive para si, ele reparte tudo o que recebe.
Já
o Mar Morto não; ele recebe o Rio Jordão, mas o retém para si. Ele não possui
saída. Enquanto as águas se evaporam, todos os sais minerais se acumulam no
enorme recipiente fechado. E a excessiva saturação torna-se veneno, que mata
qualquer espécie de vida. É um mar que mata. E mata porque é fechado. O que ele
recebe é bom e saudável. É ele que, por ser fechado, transforma em veneno.
Existem
também duas classes de pessoas: as abertas e as fechadas, as que amam e as que
não amam. Encontramos pessoas que nada guardam para si mesmas. A sua felicidade
está em dar, em servir.
Essas
pessoas são uma bênção dentro da família, na sua Comunidade e no bairro onde
vivem. São pessoas vivificadores, como o Mar da Galiléia. Seu calor humano
contagia. Sua disponibilidade irradia confiança, alegria e vida.
Mas
infelizmente encontramos pessoas totalmente diferentes. Elas vivem para si
mesmas. Vão acumulando para si tudo o que recebem e possuem de bom. Guardam
tudo para si.
E
esses bens e dons se transformam em veneno. Veneno que até mata!
Essas
pessoas misturam três ingredientes nos dons que recebem: ambição, vaidade e
dominação. Eles seguem um caminho oposto ao plano de Deus. Por isso são
infelizes e fazem os outros sofrerem ao redor delas.
Vamos
aprender a lição desses dois mares. Se formos Mar da Galiléia, certamente o
Senhor gostará de passear de barco conosco, de anunciar a Boa Nova em nossas
praias, de abençoar e de fazer milagres. Mais: ele vai querer morar conosco,
como morou na casa de Pedro, em Cafarnaum, ao lado do Mar da Galiléia. E se um
dia o nosso Mar estiver agitado, certamente ele vai acalmá-lo.
Maria
Santíssima cumpriu com generosidade esses dois mandamentos: o amor a Deus e ao
próximo. Mãe do Belo Amor, rogai por nós!
Amarás
o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e ao teu próximo como a ti mesmo.
Que bela reflexão!!! Com certeza muito irá me ajudar no próximo domingo. Deus te abençoe, fique na paz do senhor Jesus
ResponderExcluirNossa que mensagem linda! Que possamos ser luz para o mundo e amar a todos sem distinção. Que Jesus nos abençoe e nos de sabedoria para levar a vossa verdade aos quatro cantos do mundo.
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