DIA 19 QUARTA - Evangelho - Mc 8,22-26
A noite cai. Céu nublado em pouco
tempo a escuridão acontece, estrada desconhecida, cheia de curvas e sem acostamento.
O motorista vai ligar os faróis e percebe que está sem luz. Fica tenso, quase
em pânico nunca esteve diante de uma experiência daquela. Não pode parar o
carro porque o que vem atrás vai certamente bater nele. Dirigir assim é um tiro
no escuro, é como que estivesse cego...
Nossa vida é como uma estrada. Só vemos adiante um certo trecho, mesmo com a
luz do dia. Mesmo se estamos sendo iluminados pela luz divina, não sabemos o
que virá depois desse trecho. Mais com a iluminação de Deus, acreditamos que
chegaremos no final da viagem. Quando contamos com a luz poderosa na nossa
vida, muito embora não sabemos se morreremos no dia de hoje, temos a certeza de
contar com Deus para tudo até mesmo se for este dia o nosso último. Planejamos
os nossos afazeres, e confiamos na providência divina. Andando sempre que
possível na sua presença, fazendo o bem e evitando o pecado.
A luz celestial vem para todos, porém, alguns se recusam a estar debaixo dela.
Preferem viver segundo os ditames de satanás, seguindo puramente os seus
instintos tal como os animais, ignorando que somos criaturas de Deus dotadas de
corpo e alma, e predestinados a voltar para o Pai, desde que nesta vida façamos
por merecer a vida eterna.
Aqueles
que fogem da luz de Deus vivem ou trafegam por esta estrada da vida como que
estivessem viajando em uma estrada escura sem faróis. É a cegueira do espírito
que invade o seu ser, é o que vemos nos noticiários no final do dia. Crianças
estupradas, mulheres violentadas, crimes bárbaros como o assassinato dos
próprios pais, tudo isso realizados por seres humanos que deixaram de serem
humanos porque se afastaram da luz de Deus e se aproximaram das trevas,
tornando-se cegos, monstros que ameaçam a nossa existência o tempo todo.
Como evitar que cheguemos a esse ponto? Precisamos ser vigilantes e cuidar da
preservação da nossa fé. Cultivando a prudência de evitar tudo aquilo que
possa nos desviar da luz de Deus e de nos tornar cegos do espírito.
Devemos alimentar e guardar com prudência e vigilância nossa fé e
rejeitar tudo o que se lhe opõe. Pois há diversas maneiras de pecar contra a
fé. Por vezes podemos ser assaltados de dúvidas e questionamentos de fé. Como é
o caso da dúvida voluntária sobre a fé que fica negligenciada por falta de oração
e caridade, produz a recusa de aceitar O Deus que nos foi revelado
na pessoa de Jesus Cristo, e que é mostrado hoje pela Igreja. A dúvida
involuntária provoca ou produz a hesitação em crer, a dificuldade de
superar as objeções ligadas à fé ou, ainda, a ansiedade suscitada pela
obscuridade da fé que é a cegueira que invade a nossa mente e não conseguimos
mais ver esse mundo com os olhos de Deus. Se essa atitude de indiferença for
deliberadamente cultivada, o que geralmente acontece pela influência das más
companhias, a dúvida pode levar à cegueira do espírito, que é como viajar em
uma estrada escura sem as luzes do veículo.
Jesus
liberta o cego da sua cegueira física, porque ele não possuía a cegueira do
espírito. Aquele homem, apesar de ser cego, ele via o poder de Deus se
aproximando dele pela força invisível aos cegos que enxergam. Ele percebeu e
viu a luz daquele que fora enviado pelo Pai, e que podia libertá-lo da cegueira
física.
Os
milagres realizados por Jesus testemunham que Ele fora enviado pelo Pai. E nos
convidam a não ser cegos, mas sim a crer nele e nos seus mistérios.
Aos que a Ele se dirigem com fé, é concedido o que pedem. Assim, os milagres
fortificam a fé naquele que realiza as obras de seu Pai: testemunham que Ele é
o Filho de Deus.
Meu
amigo, minha amiga. Vamos anunciar os milagres de Jesus, para que as pessoas
não sejam cegas, mas sim acreditem e andem na luz de Deus. Amém.
Sal.
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