QUARTA FEIRA DA X SEMANA DO TC 12/06/2013
1ª Leitura 2Cor 3, 4-11
Salmo 98 (99)9c “Porque Santo é o Senhor, nosso Deus”
Evangelho Mateus 5, 17-19
Quem deu o Decálogo á Moisés? O Deus da Aliança. Essa afirmativa é
suficiente para entender que jamais Jesus Cristo poderia abolir a Lei e os
Profetas. Justo Ele que veio para revelar o Pai e anunciá-lo a toda humanidade,
nunca poderia confrontar a Lei que o Pai havia dado á seu Povo através de
Moisés.
No Centro do Código da Aliança feita com o Povo, está o fundamento
da Lei: Não Matar. Vamos imaginar que em nosso coração haja o desejo pecaminoso
de acabar com a vida de alguém, e quando somos interrogados por outra pessoa,
sobre o por que de ainda não termos matado a esse alguém, simplesmente
respondemos “É que a Lei de Deus não permite, e esse é um pecado grave”.
Levemos isso para a vida conjugal, o marido deseja sair com uma vizinha, mas
reprime a sua vontade porque tem medo de cometer adultério e ser castigado por
Deus.
Em ambos os casos, o pecado em verdade já existe, sendo matéria
para uma boa confissão, mas externamente, nenhuma Lei foi violada ou
transgredida. Seguindo essa linha de pensamento, há os entendidos que
arranjaram uma boa definição para a Religião: Ela é um Freio que segura o homem
que deseja praticar alguma maldade.
Será que vale a pena praticar uma religião assim? Claro que não.
Tenho o desejo de fazer o mal mas tenho medo das consequências diante de Deus.
O Judeu via a Lei com essa visão legalista, e por isso, a transgressão da mesma
imputava-lhe um castigo Divino, mas o cumprimento e a observância lhe garantia
uma “Ficha Limpa” diante de Deus, que seria assim obrigado a lhe dar Bênção e
Salvação.
Jesus veio para dar plenitude e interiorizar essa Lei, que não mais
será gravada sobre a Pedra, como na Antiga Aliança, mas sim no coração do
homem, que irá participar da Nova Aliança. É a mesma Lei, aquela oriunda do
Decálogo e que tem n o Centro a Preservação da Vida, como o Dom mais agrado,
que não pode jamais ser aviltado, e não as mais de seiscentas, regrinhas e
normas, que os homens foram inventando, e que , de um instrumento de
libertação, acabou se tornando em opressão.
Quem tem em seu coração a nova Lei do Senhor “Ama-vos uns aos
outros assim como eu vos amei”, e a vive com fidelidade, já está cumprindo toda
Lei e os Profetas. O Apóstolo Paulo dá maior consistência a essa afirmação ao
afirmar que “O Amor é a Plenitude da Lei”.
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