DIA 22/03
Jo 10,31-42
Este Evangelho narra mais uma vez a total rejeição das autoridades a
Jesus. E ele não queria morrer, por isso que lhes escapou das mãos. Mas ele
tinha outro desejo mais forte: ser fiel à missão que recebera do Pai.
“Por que me acusais de blasfêmia, quando eu digo que Filho de Deus?” Aí
está o motivo central da condenação de Jesus: ele se considera Filho de Deus,
não só ele, mas nós também, como ele disse várias vezes, e, no Pai Nosso,
ensinou-nos a chamar Deus de Pai.
Se Jesus dissesse que os ricos e mandantes de povo eram filhos de Deus,
não seria blasfêmia. O problema é que ele, pobre, e o povo que o seguia, também
pobres, não podiam ser considerados filhos e filhas de Deus. Pobre não pode ser
filho de Deus.
Hoje a desigualdade e a recusa aos pobres continua a mesma. “Todos são
iguais; entretanto, alguns são mais iguais que os outros”. “Todos têm direito
aos bens necessários a uma vida digna; entretanto, alguns têm mais direito que
os outros”. E se alguém quer “virar essa mesa”, seja no campo ou na cidade, logo
é eliminado. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, pobre nem fico, todos
vós sois um em Cristo (Cf S. Paulo).
“Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos
de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conhecer o
Pai. Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o
que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a
ele, porque o veremos tal como ele é.”
Se realmente acreditarmos que somos filhos queridos de Deus, não nos
preocuparemos com o dia de amanhã nem com o dia de ontem. Deus cuida dos dois.
Cabe a nós dedicar-nos ao momento presente.
Certa vez, uma criança estava com medo de dormir sozinha no quarto.
Então a mãe lhe disse: “Você não vai dormir sozinho. Vocês serão seis aqui no
quarto: você, o Pai, o Filho, o Espírito Santo, o Anjo da Guarda e Nossa
Senhora!” E o bom é que, apesar de tantos dormindo juntos, a cama não se
quebra.
Diante dessa grande dignidade nossa, de sermos filhos e filhas de Deus,
S. Pedro conclui: “Por isso, dedicai todo o esforço em juntar à vossa fé a
fortaleza, à fortaleza o conhecimento, ao conhecimento o domínio próprio, ao
domínio próprio a constância, à constância a piedade, à piedade a fraternidade,
e à fraternidade, o amor. Se essas qualidades existirem e crescerem em vós, não
vos deixarão vazios... Por isso, irmãos, cuidai cada vez mais de confirmar a
vossa vocação e eleição. Procedendo assim, jamais tropeçareis” (2Pd 1,5-10).
Certa vez, um grupo de jovens foi passear numa montanha. Para o lanche,
levaram apenas um frango, que a mãe de um deles tinha assado.
Ao meio dia, quando todos já estavam mortos de fome, reuniram-se para
comer o frango. A turma se ajuntou em cima do frango, cada um arrancando um
pedaço. Um rapaz que estava lá atrás e não conseguia chegar até o frango,
gritou logo: “Êi! Eu também sou filho de Deus!”
É interessante: nessas horas a gente se lembra que é filho de Deus.
Vamos nos lembrar dessa maravilha durante a nossa vida inteira, e agradecer a
Jesus o presente que nos deu.
Campanha da fraternidade.
O Profeta Isaías anuncia que o Messias será o Príncipe da Paz (cf
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