SÃO JOSÉ ESPOSO DA VIRGEM
MARIA TERÇA FEIRA 19/03/2013
1ª Leitura 2Sm 7,4-5ª.
12-14ª.16
Salmo 88 (89) “Eis que a
tua descendência durará eternamente”
2ª Leitura Rm
4,13.16-18.22
Evangelho Mateus
1,16.18-21.24
É admirável em São José, esposo de Maria e Pai adotivo do menino Jesus,
á sua discrição. É o homem do silêncio, mesmo em momentos como este, narrado
pelo evangelho, onde poderia, quem sabe, usar da sua autoridade de Pai para dar
uma "dura" no menino que ficou no templo sem sua prévia autorização.
Na maioria dos relatos que o envolvem, e que são bem poucos, menos que Maria, o
nosso "Bom José" entra mudo e sai calado. Não é que seja tímido e não
queira se expor, é que José, este Santo Homem venerado no mundo inteiro, sabia
ocupar o seu lugar na comunidade.
Em nossas comunidades conhecemos pessoas que se identificam muito com
José, dão o melhor de si, mas sempre muito discretamente, sem muito alarde
cumprem um papel importante na caminhada da igreja, cientes de estarem
cumprindo a Vontade de Deus. Um certo dia fui ao velório de um irmão Vicentino
e fiquei pasmo em ver a presença de um grande número de assistidos por ele, que
sofriam com a sua morte, uma senhora bem pobrezinha disse chorando que
"Ele dava-nos muito mais do que uma cesta básica...nos valorizava e nos
fazia sentir importantes, pelo jeito com que nos tratava". Pensei comigo
mesmo que ele poderia ter sido um coordenador da comunidade mais o meu pároco,
muito sabiamente comentou "Ele era exatamente aquilo que Deus queria que
ele fosse...". Penso que São José também era exatamente aquilo que Deus
queria que ele fosse....
São José é Patrono da nossa Igreja, e se Maria Santíssima é a primeira
cristã, José merece o título de primeiro agente de Pastoral pois sua missão foi
servir Maria e a ela se dedicou de tal forma que mudou os planos de sua vida
para poder ficar para sempre ao seu lado. Evidentemente ocupou na vida de Jesus
o lugar de Pai, ensinando-o a sobreviver transmitindo-lhe seus conhecimentos de
artesão e carpinteiro.
Teve uma morte Santa, não se sabe exatamente em que momento, pois quando
Jesus iniciou sua vida pública, já era falecido. A morte santa não é pelo
simples fato de ter morrido nos braços de Jesus e de Maria, mas por tê-los
servido durante a sua vida, sendo um homem justo e reto. Nem Jose e nem Maria
nunca quiseram ser na comunidade o centro das atenções, tinham razões de sobra
para fazê-lo mas preferiram o anonimato, seguindo a mesma linha de conduta de
João Batista, o Precursor "E preciso que Ele cresça e eu desapareça".
Admirar José e tê-lo com Padroeiro ou o Santo da nossa devoção, deve
fazer parte da piedade cristã de todos os tempos, entretanto, o bom mesmo é
seguir o seu santo exemplo, dar tudo de nós, aos irmãos e irmãs de caminhada, e
passar sempre desapercebido....
Oh Glorioso São José, Rogai por todos Nós . Amém !
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