11/01/2016 - 2ª. feira 1ª.
semana comum – 1 Samuel 1, 1-8 - “ A
história de Ana é a nossa história”
Na maioria das vezes, nós, como Ana nos sentimos injustiçados (as)
porque não conseguimos ainda o que tanto almejamos e magoados (as), achamos que
Deus não atende os nossos pedidos porque não nos ama. No entanto, na história,
Ana apesar de ser estéril era mais amada ainda do que a sua rival que alcançara
o sonho de ser mãe dos filhos de Elcana. No entanto, ela recusava a porção do
alimento que lhe cabia. Assim como Ana nós também podemos fazer uma reflexão profunda sobre a nossa
“esterilidade”, ou melhor, sobre a nossa incapacidade de produzir frutos que
apareçam e, que, por isso mesmo, também nos deixa com complexo de inferioridade
e ausentes do convívio de Deus. Nós
também, quando nos revoltamos em virtude das nossas frustrações, ao invés de
nos aproximarmos do Senhor para receber a parte que nos cabe nos afastamos Dele
e deixamos de nos alimentar do Seu Amor que é fonte de bênção e de graça para
nós. Quantas pessoas que agem assim! Quantos que ainda não entenderam a
metodologia de Deus e que para Ele, há um tempo certo para todas as coisas!
Somos como Ana, choramos pelas nossas frustrações, porém, como Elcana o Senhor
nos interpela: “Por que estás chorando e não te alimentas? E por que se aflige
o teu coração? Acaso não sou eu melhor para ti do que ‘dez filhos’?”
Precisamos, então, nos apossar da graça que o Senhor derrama sobre nós a cada
dia não deixando passar as oportunidades que Ele nos concede para recebermos a
parte do alimento que nos cabe. Muitos cristãos, católicos, “fogem” da
Igreja, dos momentos de oração, das celebrações Eucarísticas e acabam fugindo
de Deus perdendo a hora da graça que poderia fazê-los produzir frutos
abundantes. – Será que você está vivendo como Ana? – Você tem se deixado
alimentar com a parte que o Senhor lhe reservou? – Será que você continua
chorando e se lamentando pelo que ainda não recebeu? – Por que se aflige o seu
coração! Acolha a parte que lhe cabe e espere com paciência a graça do Senhor
frutificar em você!
Salmo 115 – “Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor!”
Temos muito que agradecer ao Senhor, no entanto, nos omitimos
porque não sabemos como fazê-lo. O salmista nos ensina a ofertar a Deus um
sacrifício de louvor invocando o Seu Santo Nome e O bendizendo pela salvação
que nos foi concedida. E é diante da assembleia reunida na casa do Senhor que o
nosso louvor se torna mais autêntico e produtivo. Quando nós louvamos em
comunidade, nos átrios da Casa do Senhor nós nos unimos aos anjos e santos,
povo de Deus reunido. A nossa oração sobe aos céus e o nosso louvor é como um
perfume agradável que o Senhor recebe e devolve para alimentar a nossa alma.
Evangelho Marcos 1, 14-20
- “Apesar de pecadores, somos pescadores
de homens”
Jesus inicia a Sua vida pública abrindo os olhos do povo para que
percebessem a chegada do tempo que o Pai marcara para a salvação da humanidade;
“O tempo já se completou e o reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede
no evangelho!” Esta é, portanto, a chave que desvenda todo o enigma do Plano de
Deus para a humanidade: Fé e Conversão! A fé é um dom gratuito de Deus, a
conversão é a nossa resposta ao anuncio de Jesus. Jesus veio anunciar ao mundo
como todos nós poderíamos acolher a
Salvação, no entanto Ele não quis fazer nada sozinho. Por isso, convocou aqueles que O acompanhariam e seriam
os Seus colaboradores na execução do Projeto do Pai. E foi caminhando à beira
do mar que Ele encontrou e escolheu os Seus primeiros seguidores. Eram eles,
pescadores acostumados a perseverar na procura do peixe, alimento àquela época,
indispensável para a sobrevivência humana. Jesus escolheu pescadores que
estavam acostumados a enfrentar o mar com o seu perigo e as suas incertezas,
mas que tinham a esperança como fundamento para o seu trabalho. Aqueles homens
possuíam casa e família, mas vivam condicionados a uma vida sem fronteiras, sem
medo de desbravar o desconhecido. A narrativa nos dá conhecimento de que eles
enfrentavam o mar jogando as redes para a pesca, mas tinham também o momento de
parar para consertar as redes. Assim, eles viviam em função das redes. E foi neste contexto que Jesus encontrou os
irmãos, Simão e André, Tiago e João. “Segui-me e eu farei de vós pescadores de
homens,” disse-lhes Jesus e eles, “deixando imediatamente as redes, seguiram a
Jesus”. Jesus também hoje nos chama para sermos Seus colaboradores na pescaria
do reino. Apesar de pecadores, somos pescadores de homens convidados a também
deixarmos de lado, as nossas redes, isto é, as nossas preocupações, os nossos
apegos e tudo que nos amarra à vida antiga. Mesmo que tenhamos trabalho e
família e que não estejamos “desempregados” nem “desocupados” Jesus nos convoca
para assumirmos o compromisso de sair à busca dos peixes para alimentar o reino dos céus. Jesus tem
fome de muitas pessoas que ainda estão no mar do mundo, sem rumo e que precisam
ser achadas, tratadas e curadas. – Você também percebe que o tempo já se
completou e que Jesus precisa de você? – Você já é pescador (a) de homens? –
Como você tem feito para apanhar os peixes para Jesus? – Como está a sua vida?
– Você tem muitas preocupações e ocupações? – Você tem medo de assumir
compromissos? – Será que um dia você será cobrado (a) pelo que deixou de fazer?
Pense nisso.
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