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de Janeiro
Três pontos merecem destaque no Evangelho de
hoje. Primeiro a caridade. Se eliminarmos a hipótese de uma multiplicação
milagrosa dos pães, o que explicaria que todos comessem os pães, ficassem
saciados e ainda sobrassem 12 cestos? A explicação que eu já escutei de muitos
padres e estudiosos foi que as pessoas que estavam lá, escutando Jesus, tinham
seus pãezinhos guardados nas suas bolsas. No momento em que viram que era hora
da ceia, cada um repartiu o que trouxe com aqueles que não trouxeram nada. E
assim, todos comeram. Então a caridade foi um fator primordial na multiplicação
dos pães. Inclusive, mesmo que tenha ocorrido realmente a multiplicação
milagrosa dos pães, certamente houve também a partilha daqueles que trouxeram
sua própria comida.
O segundo ponto importante é que Jesus mandou que
se formassem grupos e se sentassem. Por quê? Não poderia ter feito a oração e a
distribuição dos pães com a multidão desorganizada? Qual seria a intenção de
formarem grupos? Jesus sabia de algo básico do ser humano: a maioria das
pessoas não consegue comer vendo outra pessoa passando fome na sua frente.
Então se imagine na situação: você dentro de um daqueles grupos, com comida na
sua bolsa, com fome. A maioria das pessoas, nessa situação, comeria e dividiria
uma parte da sua comida com as pessoas mais próximas. Você é assim? Se não for,
talvez seja hora de rever seus conceitos…
No Evangelho não diz, mas eu fico imaginando a
reação dos discípulos quando Jesus mandou que trouxessem os 5 pães e 2 peixes
até Ele, na intenção de alimentar aquela multidão de 5 mil homens (sem contar
mulheres e crianças). Para quem não entende o que é fé, aqui vai um bom exemplo
do que é fé: quando todos ao seu redor dizem que aquilo em que você acredita
não existe, mas mesmo assim você vai até o fim. Se a fé de Jesus fosse fraca,
Ele nem teria tentado repartir os pães e peixes. Mas Jesus como em todos os
milagres, Jesus fez a parte dEle, e deixou que cada pessoa na multidão também
fizesse a sua parte.
Cada um desses três pontos daria para falar muito
mais, mas esse aprofundamento nós faremos em outras oportunidades… Por hoje,
que saibamos repartir o nosso “pão” e nosso “peixe” com quem está do nosso
lado…
Durante o ministério de Jesus, muitos dos seus
discípulos imaginaram seus sonhos se realizando. Sua demonstração de poder
divino tinha-os convencido de que ele seria um rei capaz de atingir os
objetivos políticos e suprir as necessidades físicas deles.
Quando os discípulos vieram dizer a Jesus que
despedisse a multidão por causa do horário avançado, podiam não estar realmente
preocupados com o bem-estar do povo, tão somente. Talvez estivessem mais
interessados neles próprios, uma vez que já vinham de uma outra jornada sem se
alimentarem direito (Mc 6:31). De repente, eles ouvem a frase: “Dai-lhes vós de
comer”. Podiam ter pensado assim: “Não temos comida, nem para nós mesmos, como
vamos alimentar os outros?”
Será que você já passou pela experiência de ter
de oferecer alguma coisa que ainda não tivesse nem para si? Em algumas
situações nos sentimos impotentes, sem saber como ajudar.
Jesus queria ensinar aos discípulos que eles
podiam fazer muito mais do que achavam que podiam. Estavam cansados, exaustos,
e procuraram um meio de sair daquela situação.
Mas o Senhor os envolveu novamente e eles acabaram
tendo uma experiência riquíssima com o Mestre, aprendendo que podiam alimentar
multidões. Eles viram que era possível dar mais um passo.
Os discípulos estavam desesperados diante da
incumbência recebida de alimentar aquele grande número de pessoas. Onde
achariam tanto dinheiro para cumprir aquela tarefa?
Jesus, porém, não mantinha o foco da atenção
voltado para o que eles não tinham, e sim para o que estava em suas mãos. Ele
não perguntou: “de quanto vocês precisam”, mas sim “o quanto vocês têm”.
Verificou-se que havia entre eles apenas cinco pães e dois peixes, e com essa
quantidade, uma multidão foi alimentada.
Há uma outra passagem bíblica, onde uma viúva
pedia ajuda ao profeta para saldar suas dívidas. Ele lhe perguntou: “O que você
tem em casa?” Ela respondeu: “Uma botija de azeite”. E com essa botija de
azeite, toda a sua dívida foi paga (2 Reis 4:1-7).
É possível que permaneçamos com um problema,
porque insistimos em olhar para o que necessitamos ter, ao invés de percebermos
o que já temos. Sempre achamos que não temos o suficiente.
Precisamos hoje mudar o foco da atenção, se
queremos que o pouco venha a se multiplicar, para poder ajudar as pessoas.
Precisamos viver de forma planejada e organizada,
mas nunca permitir que o nosso coração se torne insensível em face dos
problemas dos outros. Devemos ajudar as pessoas a perceberem que elas podem
fazer mais do que acham que podem. O foco da nossa atenção deve se voltar para
o que já temos em mãos, com o qual Deus poderá fazer um tremendo milagre.
Faça um levantamento, brevemente, do que você
percebe que já tem em mãos, e que poderia disponibilizar para o progresso do
Evangelho. Talvez Deus lhe revele uma habilidade especial, um talento, uma
idéia, um sonho, um bem material, etc. Ele pode falar ao seu coração de várias
formas. Esteja aberto para a Sua ministração.
Texto maravilhoso fui muito impactada com esse texto,tenho um grupo de oração no watts e vou repassar um resumo dessa ministração...Deus abençoe quem escreveu .
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