Dia 05 de Janeiro de 2016
Evangelho de Mc6,34-44
A fome de tantos irmãos é uma ferida que sangra constantemente no coração de Jesus, e está em nossas mãos a cura desta ferida, basta-nos abrirmos ao amor partilha!
Fome é uma questão emergencial, quem está com fome não pode esperar por um novo emprego, por novos planos de governo, ela precisa de se alimentar no aqui e no agora!
Como seguidores de Jesus, não podemos fechar os olhos diante às necessidades do nosso irmão e muito menos transferir para outros, a nossa responsabilidade para com ele!
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, mostra mais uma vez, a sensibilidade de Jesus diante à necessidade humana!
O texto narra o episódio da multiplicação dos pães: o milagre da partilha, que tem como ponto fundamental, o amor!
A narrativa nos diz que Jesus encheu-se de compaixão ao deparar com uma multidão que estava a sua procura. Depois que Ele curou os que estavam doentes, os discípulos sugeriram a Jesus para despedir a multidão afim de que as pessoas pudessem comprar comida nos povoados aos redores. Porém, Jesus, voltando-se para eles, disse-lhes:
“Dai-lhes vós mesmos de comer.”
Cinco pães e dois peixes eram tudo que eles tinham, mas com a bênção de Jesus, este alimento, colocado em comum, se multiplicou! O que era impossível aos olhos humanos, foi possível para Jesus, nos mostrando que o pouco que se doa com amor, se transforma em muito!
O episódio da multiplicação dos pães, deve nos conscientizar da importância de termos um coração sensível diante a necessidade do irmão! Se todos partilhassem um pouco do que tem, ninguém passaria fome.
Nenhum de nós, pode dizer que não tem nada a oferecer, todos nós podemos ajudar de alguma forma, aos que nada tem, basta abrir o coração.
Além de matar a fome do nosso irmão, é também compromisso cristão promover o outro, motivá-lo a caminhar com as suas próprias pernas, só que, com o estômago vazio, ninguém consegue caminhar. “Dai-lhes vós mesmos de comer!” Hoje, somos nós, os convocados por Jesus, os encarrega de saciar a fome de muitos irmãos perdidos nas periferias da vida, os famintos, não somente do pão material, como também, famintos de justiça e de amor... Não vamos esperar pelos nossos governantes, afinal, assim como no tempo de Jesus, estes, não se importam com os pobres.
Quem partilha com o pobre o pão material, tem oportunidade de despertar nele, a necessidade de Deus por aproximar-se dele, mas primeiro, é preciso saciar a sua fome física, para depois orientá-lo conscientizá-lo do seu valor, criar no seu coração a necessidade de Deus!
Como filhos do mesmo Pai, pertencentes a mesma família, somos corresponsáveis pela vida do nosso irmão, não podemos permanecer indiferentes as suas necessidades básicas!
De nada adianta, erguermos as nossas mãos para louvar o Senhor, se não estamos dispostos a abaixá-las, para erguer o nosso irmão que está no chão!
Precisamos reaprender a amar, a olhar o irmão com o olhar de Jesus, um olhar que não apenas constata a sua necessidade, mas que nos leve a ajuda-lo.
Onde existe amor, existe partilha, onde existe partilha, Deus entra e o milagre da multiplicação acontece!
FIQUE NA PAZ DE JESUS!- Olívia Coutinho
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