05/01/2016
- 3ª. Feira – Semana da Epifania - 1
João 4, 7-10 – “o amor vem de Deus”
A certeza
de que não fomos nós que escolhemos a Deus para amá-Lo, mas sim, que foi Ele
quem nos amou primeiro e manifestou isto quando enviou o Seu Filho Jesus como
vítima de reparação pelos nossos pecados, deve estar sempre presente na nossa
mente. Às vezes, nós queremos cumprir o maior mandamento da Lei de Deus, nos
esforçando e tentando fazer isto com o nosso amor humano. No entanto,
precisamos nos conscientizar de que na nossa humanidade, nós não possuímos
reserva de sentimentos de amor necessária para cumprir com o maior mandamento
da Lei de Deus. Por isso, São João nos orienta: “amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que
ama nasceu de Deus e conhece a Deus, pois Deus é amor”. Só podemos afirmar
que conhecemos a Deus, se amarmos o nosso próximo com o Amor que provém da
fonte de amor eterno que existe dentro de nós.
Se nos apossarmos do dom do Espírito Santo e tivermos a certeza de que é
Ele quem nos capacita a amar a Deus e aos irmãos, nós poderemos vivenciar o
amor mútuo. Deus é Amor e se manifesta em nós por meio do Seu Espírito Santo
que nos motiva a agir com atos concretos de amor que gera vida. Deixemo-nos, então, ser invadidos (as) pelo
Espírito Santo, pois Ele age e faz acontecer em nós o cumprimento da Lei. – Você
já se deixou invadir pelo Espírito Santo? – Você tem feito algum esforço para
tentar amar a Deus e ao próximo? – Você conhece a Deus? – Quem é o agente do amor
e faz acontecer o amor em nós?
Salmo 71 – “Os reis de toda a
terra hão de adorar-vos, ó Senhor!”
O salmo
continua exaltando a realeza de Jesus que vem com todo o poder para defender os
pobres e humildes. A perspectiva da chegada de Jesus com toda a glória enche o
nosso coração de esperança. A glória que se manifestou a todas as nações quando
Jesus foi visitado pelos reis magos continua ainda hoje se exprimindo no
coração de todas as pessoas que O têm como Salvador.
Evangelho – Marcos 6, 34-44 – “ajudar a alimentar a multidão”
Jesus
olhava a multidão e observava que faltava àquele povo, luz e pão. Ele olhava
para cada uma daquelas pessoas de um modo profundo e as abrangia de uma forma
completa, no corpo, alma e espírito. Por isso, Ele sabia que a fome do pão
material não era tudo o que lhes incomodava, mas a ignorância dos mistérios de
Deus também angustiava as suas almas. Por isso, “Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas”. Somente depois foi que
Ele acudiu a sua necessidade material. Porém, mesmo que o povo continuasse atento aos
Seus ensinamentos, Jesus preocupou-se em conceder-lhes o pão material e deu
mais um preceito aos Seus discípulos que hoje serve a nós também quando
estivermos sem saber como alimentar a “multidão” ao nosso redor. Primeiramente
Ele nos instrui: “Dai-lhes vós mesmos de
comer”. Em seguida Ele nos leva a ter consciência do que possuímos a fim de
ajudar a alimentar a multidão. E, por último, Ele nos ensina a nos organizar, a
sentarmos, a dialogar, a trocar ideias e partilhar o que temos. Jesus nos
instrui a formar grupos, a trocar experiências, a nos ajudarmos mutuamente e
põe como fundamento para tudo isto, a compaixão. Ter compaixão é agir com amor
e com misericórdia. Deus ao nos criar sabia que iríamos precisar uns dos outros
e, por isso, nos preparou e nos deu bons sentimentos para que os usássemos em
favor dos nossos irmãos. Dentro de nós também há uma fome espiritual de
conhecimento de Deus e das coisas que dizem respeito ao nosso relacionamento
com o Pai. – Você tem fome de conhecimento de Deus? – Você sabe o que a sua
alma deseja? – Você tem consciência dos pães e dos peixes que você possui? –
Você é uma pessoa que sabe viver em grupo? – Você sabe partilhar o que tem?
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