-Tu vieste aqui para nos atormentar-José Salviano

5 de Julho de 2017

Cor: Verde

Evangelho - Mt 8,28-34

Naquele tempo:
28Quando Jesus chegou à outra margem do lago,
na região dos gadarenos,
vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio,
saindo dos túmulos.
Eram tão violentos,
que ninguém podia passar por aquele caminho.
29Eles então gritaram:
'O que tens a ver conosco, Filho de Deus?
Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?'
30Ora, a certa distância deles,
estava pastando uma grande manada de porcos.
31Os demônios suplicavam-lhe:
'Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos.'
32Jesus disse: 'Ide.'
Os demônios saíram, e foram para os porcos.
E logo toda a manada atirou-se monte abaixo
para dentro do mar, afogando-se nas águas.
33Os homens que guardavam os porcos fugiram
e, indo até à cidade, contaram tudo,
inclusive o caso dos possuídos pelo demônio.
34Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus.
Quando o viram,
pediram-lhe que se retirasse da região deles.
Palavra da Salvação.(CNBB).

A presença de Jesus, incomodou e irritou os demônios, os quais começara, a reclamar.

A presença de um padre em um lugar de pecado, por exemplo, um prostíbulo, pode provocar reações adversas, e mesmo hostis por parte daqueles que vivem fazendo a vontade do demônio. Eles podem pensar, ou mesmo dizer aquilo que os demônios do cemitério disseram a Jesus: “Tu vieste aqui para nos atormentar”.

Quem vive no pecado não gosta da presença de quem vive na presença de Deus. Olham com expressões faciais de raiva, ou fazem piadinhas.

Um padre foi chamado às pressas para ir a um certo lugar para dar a unção dos enfermos a uma mulher que estava muito mal. Como o sacerdote não estava disposto, o diácono foi em seu lugar atender aquele chamado.

Ao chega lá, logo na entrada, ouviu algumas piadinhas desmerecedoras da sua presença ali. Ele não se importou, elevou o seu pensamento em Deus, e pedia para Jesus que o acompanhasse.

Quando entrou no quarto da referida mulher, sentiu duas reações opostas por parte das suas amigas. Umas o receberam muito bem, ao passo que outras resmungaram, e disseram que aquilo não era necessário!

O Diácono, um homem preparado, devoto, não disse nada e continuou seu trabalho. Ele confessou que foi difícil se concentrar pois algumas das mulheres não paravam de cochichar...

Terminando a visita, o diácono enfrentou a reação mais cruel, disse ele. Uma das mulheres que o receberam muito bem, estendendo a mão, entregou-lhe uma certa quantia pelo seu serviço.

Isso foi a gota d’água! As outras mulheres se revoltaram dizendo: Como? Você vai pagar? Mas isso não é por conta da Igreja?

Lá no fundo um homem falou meio baixinho: vou me ordenar diácono para ganhar dinheiro...

Naquele instante, por obra do Pai que nunca nos abandona, o amigo do diácono, que o havia levado em seu carro, e estava por perto ouvindo tudo, ficou indignado e interferiu na conversa. E disse em voz alta, uma porção de verdades, as quais calaram as bocas daquelas pessoas incrédulas.

“Pessoal. Deus não precisa de nós, mas sim, nós é que necessitamos dele! As pessoas que não acreditam em Deus e em seus mistérios, precisam respeitar a fé dos demais.

Nós viemos aqui no lugar do padre que está muito gripado, para atender a solicitação das irmãs dessa mulher, a qual está passando por momentos graves de saúde, e nem isso vocês estão respeitando!

Acreditem! Vocês não ofenderam a pessoa do diácono, nem a essa mulher doente e suas amigas. Mas sim, ofenderam diretamente a Deus!

Pois foi Deus quem enviou este diácono aqui para recomendar a sua alma a Deus.

Que Deus lhes perdoe por esta atitude ingrata a Ele e a esta doente!

Boa tarde a todos”. Fiquem com Deus, meus irmãos e minhas irmãs!

Silêncio total. Uns olhavam na cara do outro, outras baixaram as cabeças, e os dois saíram de cabeças erguidas, sem mais dizer nenhuma palavra.

Vai e faça o mesmo.

E tenha um bom dia. José Salviano.