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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

JESUS NOS ACALMA, DÁ CORAGEM E PAZ- Maria de Lourdes Cury.


Domingo, 13 de agosto de 2017.
Evangelho de Mt 14, 22-33.

Jesus saciou a fome do povo que o seguia a dias sem ter o que comer. Diante do milagre da multiplicação dos pães, tanto o povo como os discípulos ficaram entusiasmados e pensaram em proclamar Jesus como rei. Para evitar que os apóstolos se deixassem dominar por esse entusiasmo fácil, Jesus obrigou-os a embarcar e mandou que o fossem esperar do outro lado do lago, em território pagão, apara semear as sementes do mundo novo, missão da comunidade cristã.
Feito isso Jesus subiu à montanha para rezar. Várias vezes os Evangelhos narram que Jesus se retirava, ficava sozinho para rezar e de preferência à noite. No coração e na prática de Jesus tinham duas paixões: a paixão por Deus e a paixão por seus irmãos, os homens. Podemos imaginar a profunda intimidade de Jesus com o Pai, pois Ele chama o Pai de paizinho e se sente como seu Filho muito querido. Nestas horas de orações longas, silenciosas e densas, Jesus buscava forças para continuar sua missão, continuar ensinando a sua doutrina que o levaria a morte e que não era aceita pelo poder político e religioso da época. Era na oração que Jesus buscava se fortalecer mais e mais para levar até o fim a sua missão.
Para atravessar o lago, os Apóstolos tinham de viajar uns 11 quilômetros. Com o tempo bom, isso seria feito em duas ou três horas. Com o vento contrário, a coisa era diferente. Nessa noite o vento não era favorável, de forma que era preciso muito esforço, remar contra o vento que soprava forte, contra as ondas que subiam e desciam, por isso se explica o porquê de remarem a noite toda e demorarem tanto para atravessar o lago ou Mar da Galileia.
Na madrugada, antes de clarear o dia, Jesus veio ao encontro deles, andando por cima da água e os apóstolos viram um vulto e se assustaram, ficaram com medo, pensando ser um fantasma, soltaram gritos de pavor.  Mas logo se acalmaram ao ouvir a palavra de Jesus: “Fiquem tranquilos, Sou Eu”. “Sou Eu” é o nome de Deus. Jesus se revela como Deus se revelou a Moisés no deserto, na sarça ardente. “Sou Eu – Eu sou”.
Pedro quis ir ao encontro de Jesus, e Jesus lhe disse: Venha! Ele saltou para a água e foi andando sobre as águas agitadas do mar. No entanto, Pedro, que teve a coragem de atirar-se às ondas bravias, ficou com medo da violência do vento. O medo do vento foi-lhe maior que a confiança em Jesus. Acreditou mais na força do vento do que nas palavras de Jesus que diz: Vem! E assim Pedro começou a afundar. Afundar é sinal de dúvida, de medo, mas gritar pelo Senhor é a certeza de sua ajuda e salvação.
Pedro grita pelo Senhor: “Senhor, salva-me!” No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão e segurou-o. Mal Jesus subiu à barca, o vento cessou, a tempestade de repente desapareceu. Todos os apóstolos ficaram admirados diante de Jesus.
Em Jesus estavam vendo realizar o que nunca tinham visto em ninguém: um poder imenso. Tinha alimentado com cinco pães, mais de cinco mil pessoas, tinha completo domínio sobre a natureza, neste caso sobre as ondas, tempestades e vento.
Diante disso tudo a única coisa que os discípulos poderiam fazer era reconhecer a grandeza e o poder de Jesus. Prostrados diante de Jesus fazem um ato de fé: “Vós sois realmente o Filho de Deus”! Reconheceram Jesus como o Salvador prometido.
Nós podemos entender que a barca seria símbolo da Igreja no meio das dificuldades, agitada pelo vento da calúnia, pela tempestade das perseguições. E Pedro representa cada cristão, a quem não falta entusiasmo, não falta confiança em Jesus, mas ainda tem muito a aprender, amadurecer e crescer na fé. É a esses que Jesus estende sempre de novo a mão salvadora.
Podemos também comparar aquela barca com a nossa vida. Quantas vezes a barca da nossa vida é agitada pelos ventos fortes, ondas impetuosas, tempestades assustadoras. E ao mesmo tempo, que confiamos em Deus nos vem a desconfiança, o medo, o pavor, a dúvida, a falta de fé.
Quando navegamos em águas tranquilas parece que temos fé, mas quando a nossa barca é agitada por problemas começamos a duvidar e achar que Deus nos abandonou, que não nos escuta. Quando chega a doença, o sofrimento, a dor, a perda de pessoas queridas na família; quando acontece o desemprego, a falta de dinheiro, o aperto; quando a família não vai bem, pois falta o diálogo, o relacionamento não está bom, quando há o vício do jogo, do álcool, da droga, falta de moradia, problemas no trabalho, injustiças, corrupção, nesses momentos difíceis nos sentimos afundando num mar agitado de ondas bravas e gigantes.
Outras vezes nos sentimos corajosos e entusiasmados como Pedro e nos atiramos nas águas, nos entusiasmamos por Jesus e começamos a participar dos trabalhos da comunidade Igreja. De repente por qualquer motivo começamos a nos desinteressar, a nos sentir cansados, desanimados, nos acomodamos, nos afastamos da casa do Pai, nos afastamos de tudo e sem perceber vamos, nos sentindo tristes e infelizes. Quando isso acontece estamos como Pedro, nos afundando no mar. É preciso fazer como Pedro, gritar pelo Senhor: “Senhor, salva-me!” Ele vem ao nosso encontro.
Não podemos duvidar da presença viva de Jesus ressuscitado entre nós, da presença do Espírito Santo, da força de sua Palavra, ela nos dá coragem e afasta o medo, o temor, a dúvida.  A mão de Jesus estará sempre estendida, pronta para nos salvar. O Senhor que vem ao nosso encontro com palavras de ânimo: “Coragem! Não tenha medo!”
Quando começamos afundar é demonstração de dúvida, gritar pelo Senhor é a certeza de sua ajuda e salvação!

Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes






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