Quinta-feira
- 10 de Agosto de 2017- Evangelho
- Jo 12,24-26
Bom
dia!
Como
compreender a vida simples daquele que vive no campo? Um lugar onde ainda não
tem acesso a internet ou TV a cabo e tantas outras modernidades, onde um bico
de luz é o único ponto luminoso em meio à escuridão; onde a labuta começa bem
antes do sol nascer e o dia acaba por volta das sete da noite e mesmo assim
temos a real impressão que foi lá que a felicidade resolveu morar?
Como
entender a situação de alguém que conquistou tudo que o fruto trabalho possa
comprar; que alcançou o máximo do prestigio em uma profissão ou numa função ou
que seus bens garantam uma vida tranqüila até mesmo para duas gerações, mas que
na luta para se conquistar tamanho patrimônio precisou lançar mão de sua saúde,
de sua família, de sua vida para obtê-lo?
É bem
verdade que Jesus nos prometeu e nos promete vida plena e em abundancia, mas
aonde tenho procurado?
“(…) Eu
sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e
encontrará pastagem. O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. EU
VIM PARA QUE AS OVELHAS TENHAM VIDA E PARA QUE A TENHAM EM ABUNDÂNCIA“. (João
10, 9-10)
É
preciso deixar claro que o reino que Jesus nos preparou não esta reservado para
somente os pobres ou para os ricos e sim para todos os “desprendidos”, pois no
sermão do monte os “bem aventurados” são os POBRES e HUMILDES DE CORAÇÃO, sejam
eles brancos, negros, amarelos, (…).
Como
não se encantar por um Deus que em meio aos privilégios de sua situação celeste
prefere ficar com os homens, caminhar com eles, ensiná-los, acompanhá-los,
curá-los? O que o criador vê de tão importante nessa criatura ao ponto de
morrer por ela?
Um dia
escrevi para uma pessoa que gosto muito (Drih) explicando que é bem diferente
“GOSTAR” e “SE IMPORTAR”. A grosso modo, gostar de algo ou de alguém é ter um
sentimento agradável em relação a ele (a), mas não necessariamente me importo
com ele (a). Posso gostar muito da minha empregada doméstica, mas não me
importar se o salário que recebe é suficiente para garantir o mês; posso gostar
de comprar coisas novas e não me importar quanto meu pai tem que trabalhar para
me dar…
Andamos
de carro em altas velocidades, pois GOSTAMOS da aventura, mas pouco NOS
IMPORTAMOS se por ventura minha destreza me trair; procuramos por facilidades,
principalmente em meio a favores de políticos, para que em troca do meu voto me
faça um GOSTO, mesmo NÃO ME IMPORTANDO se o futuro eleito é um grande mal
caráter. Nossos olhos se abrem ao que nos agrada, mas fingem não perceber o que
realmente importa.
Note
que SE IMPORTAR é morrer, é se dar, é pensar no outro e NÃO SOMENTE em mim.
“(…) Mas, se morrer, dará muito trigo. Quem ama a sua vida não terá a vida
verdadeira; mas quem não se apega à sua vida, neste mundo, ganhará para sempre
a vida verdadeira”.
Voltando
aos primeiros exemplos dados no começo dessa reflexão, trazendo a mente o
bucolismo da vida simples e a agitação da modernidade, será que consigo ter o
melhor dos dois mundos? E a resposta é sim!
Aonde
quer que estejamos, saibamos que a coisa mais importante sempre estará do lado
de dentro.
Se a
vida por acaso nos possibilitar abundancia em algum sentido, dividamos com as
pessoas que nos cercam. Nunca deixe de ajudar, a repartir abraços, oferecer
sorrisos, pois a maior virtude de um homem não depende de uma conta financeira
ou do carro que dirige.
“(…) E
disse então ao povo: Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a
vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas
riquezas” (Lucas 12, 15)
Se de
mais! NÃO SEJA MAIS UM! “(…) Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se um grão
de trigo não for jogado na terra e não morrer, ele continuará a ser apenas um
grão”
Um
imenso abraço fraterno
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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