Sexta-feira- 11
de Agosto de 2017- Evangelho - Mt
16,24-28
Bom
dia!
Era uma
vez… Amo quando Deus me inspira essas histórias…
Um
homem muito inteligente resolveu sair a busca do conhecimento e de uma
verdadeira razão para acreditar no ser humano. Procurou a explicação em vários
livros, diversas religiões, no entanto ficava cada vez mais cético. Sua relação
com Deus esfriava a cada dia.
Seguindo
uma pista foi parar na áfrica, seguindo outra amanheceu na china. Desbravou de
norte a sul de leste a oeste, mas nada conseguia lhe convencer.
Certo
dia, enquanto banhava seus pés numa praia no oceano pacífico, foi surpreendido
com uma garrafa de vidro que flutuava no mar. Surpreso ficou ao ver que havia um
bilhete dentro da garrafa e lá dizia: “no alto do Tibet, na montanha mais alta,
lá encontrará a resposta da sua longa jornada pelo conhecimento”.
Não
tendo nada a perder partiu…
Escalou
cada encosta, conversou com cada monge e a resposta era sempre a mesma: “Sua
busca termina se não desistir”.
Aquilo
o irritava, mas conseguiu ultrapassar cada obstáculo que lhe fora apresentado
até chegar numa ponte de madeira quebrada. Um precipício o separava do
conhecimento.
Horas e
horas se passaram e ele não conseguia encontrar uma solução que o levasse para
o outro lado. Lembrou então do conselho que haviam lhe dado: “Sua busca termina
se não desistir”.
Resolveu
descer a montanha e buscar meios para consertar a ponte, mas um empecilho não
programado aconteceu: Como conseguir tábuas, cordas, pregos, ferramentas se não
tinha dinheiro e tão pouco sabia a língua local? A jornada parecia impossível
de ser realizada e pior que isso como voltar e dizer aos amigos que não
conseguiu chegar ao fim?
Precisou
então engolir o orgulho e desistir. Ao descer o monte viu um homem que sofria
em virtude do frio. Agoniando e clamando por socorro, ele lhe empresta uma das
suas jaquetas, faz uma fogueira, um abrigo e tenta o possível para aquecê-lo.
No dia
seguinte após uma longa e fria noite no Tibet, prepara um café da manhã para
que o homem ganhe forças, mas nota que ele havia sumido. Que homem ingrato! Nem
sequer agradeceu o meu tempo perdido! – pensou
Não
querendo desistir por completo voltou ao precipício e lá encontrou o homem que
salvou na note passada, consertando a ponte. Ao terminar o agradeceu pelo gesto
heróico e partiu. Não pensou duas vezes atravessou a ponte e lá do outro lado
encontrou um homem.
Perguntou:
Fale-me sábio senhor, pelo que vale lutar nessa vida, pois busco essa resposta
há muito tempo?
O homem
então lhe disse:
- Todos
os dias, vem alguém aqui e me faz essa pergunta e eu lhe proponho que volte,
destrua a ponte e fique esperando, pois misteriosamente Deus lhe enviará um
anjo quando mais precisar. Um anjo que precisará engolir o orgulho para descer
ou desistir de algo fútil, para então salvar sua vida. Esse anjo, para te
salvar, terá que se importar com seu sofrimento, cuidar dos seus ferimentos e
em troca você construirá uma nova ponte para que ele chegue até aqui!
Entendem
o sentido?
“(…) E
a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos
corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus. Além disso, irmãos, tudo o que
é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o
que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o
que deve ocupar vossos pensamentos. O que aprendestes, recebestes, ouvistes e
observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco”.
(Filipenses 4, 7-9)
Voltamos
então a refletir que o ultimo degrau até o cume é descer do monte. Descer para
subir? Sim, como o próprio evangelho de hoje nos orienta a renegar a si mesmo
(nossos interesses, nossas ambições, nosso querer) sempre em prol de algo maior
que seria a vontade de Deus e o bem estar daquele que esta ao meu lado. O que
adianta almejar conquistar a santidade sem lutar para que outros a
conseguissem? “(…) O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a
vida verdadeira”?
A
santidade não advém de um ato egoísta e sim do altruísmo. A conversão é
individual, mas a santidade vem do relacionamento com os irmãos e dentre eles
meus familiares, amigos, trabalho, escola, (…). Ser santo na igreja é fácil,
mas o que me credencia ao cume são os gestos que tenho e o desejo de ver isso
realmente acontecer
Todos
temos em nossos pensamentos pessoas que desejávamos que estivesse aqui neste
estágio da subida. Sabemos também que algumas já estão em pontos mais altos e
não mais estranharemos ao vê-las descendo para nos levantar.
A
conversão ou mudança daqueles que gostamos inicia nele quando ouvem o chamado
do pastor. Às vezes somente nas lágrimas que conseguimos fazer o silencio
necessário para ouvi-Lo. Mesmo assim, fadigados pelo peso da nossa cruz,
devemos descer para vê-lo subir. Mas cuidado! Descer não significa voltar a
pecar, pois algumas pessoas, no desejo de apressar o tempo, acabam voltando a
uma vida que já tinham abandonado na base da montanha (Romanos 6 ).
Bom fim
de semana e um abençoado DOMINGO
Um
imenso abraço fraterno.
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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