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terça-feira, 1 de junho de 2021

-Por isso serão julgados com mais rigor-José Salviano

 

05 de Junho de 2021-Ano B

 

Evangelho Mc 12,38-44

 


Evangelho

Evangelho - Mc 12,38-44

Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros.

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 12,38-44


Naquele tempo:
Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão:
'Tomai cuidado com os doutores da Lei!
Eles gostam de andar com roupas vistosas,
de ser cumprimentados nas praças públicas;
gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas
e dos melhores lugares nos banquetes.
Eles devoram as casas das viúvas,
fingindo fazer longas oraçðes.
Por isso eles receberão a pior condenação'.
Jesus estava sentado no Templo,
diante do cofre das esmolas,
e observava como a multidão depositava
suas moedas no cofre.
Muitos ricos depositavam grandes quantias.
Então chegou uma pobre viúva
que deu duas pequenas moedas,
que não valiam quase nada.
Jesus chamou os discípulos e disse:
'Em verdade vos digo,
esta pobre viúva deu mais do que todos os outros
que ofereceram esmolas.
Todos deram do que tinham de sobra,
enquanto ela, na sua pobreza,
ofereceu tudo aquilo que possuía para viver'.
Palavra da Salvação.

 

Reflexão

Os escribas faziam parte da elite religiosa, e tinham grande poder de influência,  como  dirigentes e líderes.  No entanto, eles se faziam passar por santos, quando na realidade, a coisa  não era bem assim.  E Jesus os desmascarou revelando toda a verdade inclusive  o  escândalo  das ditas longas orações nas casas das viúvas. Pois Jesus, sendo Deus, sabia de tudo o que acontecia por lá.

E então Jesus disse que por isso eles  seriam julgados com mais rigor. 

Então, meus irmãos e irmãs, nós que somos católicos, ou mesmo líderes de outras religiões e que nos apresentamos como santos diante dos outros, precisamos tomar mais cuidado com o nosso comportamento nas horas vagas, nas horas que ninguém estiver vendo. Não nos esquecemos de que Deus vê tudo.

Pois poderá acontecer, que  aproveitemos alguma oportunidade para cometer algum tipo de pecado, ou praticar algum tipo de vício, e um dia SEREMOS JULGADOS COM MUITO MAIS RIGOR do que os outros pecadores normais. Isto por que, nós que sabemos  o que devemos fazer, nós que conhecemos os mandamentos e os ensinamentos de Jesus, temos muito mais responsabilidades do que os demais que tem um conhecimento superficial da palavra de Deus.  A nossa responsabilidade é muito maior, e por isso o nosso pecado se transforma e em um “pecadão”. Ao passo, que os pecados dos outros, terão uma punição mais atenuada.

E isto se explica pelo fato de que quando sabemos de que uma coisa é crime ou pecado grave e a cometemos, o nosso erro se torna muito mais pesado, por pequei conscientemente. Ao passo se eu não sei que uma coisa é crime ou pecado e eu a faço, a minha pena será mais branda. Pois não fiz o mal por querer, não pequei conscientemente como alguém que já conhecia a Lei, e pecou de forma conscientemente.

Jesus sem nenhum medo denunciava os defeitos dos escribas e doutores da Lei, aqueles que diante dos homens se apresentavam como puros e santos, porém nas horas vagas faziam coisas contrárias a tudo que ensinavam e se mostravam ser. Gostavam de aparecer, e se aproveitavam das viúvas, e por isso Jesus prometeu a eles a pior condenação.

 

Depois, Jesus estava sentado no Templo com os discípulos, e viram que muitos ricos depositavam grandes quantias como esmolas. Então chegou uma pobre viúva
que deu apenas duas pequenas moedas. Então Jesus disse aos discípulos:
“Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.

Jesus havia ordenado aos  seus discípulos que O preferissem acima de  tudo e lhes propôs que renunciassem a todos os bens por  causa dele e do Evangelho. Para fortalecer esta proposta de entrega total a Deus, Jesus mostrou como exemplo de doação, aquela pobre viúva de Jerusalém que, de sua indigência, deu tudo o que possuía para viver, sem se preocupar com o dia de amanhã, pois depositava toda sua confiança e esperança na proteção de Deus.

Prezados irmãos. Se não optarmos pelo desprendimento das riquezas não conseguiremos entrar no Reino dos céus. Pois se somos fiéis ao seguimento de Cristo devemos dirigir retamente nossas preferências vitais de forma que, por causa do uso das coisas mundanas, dos bens materiais, do deleito ao conforto,  por causa do apego às riquezas contra o espírito da pobreza evangélica, não sejamos impedidos de tender à perfeição da caridade, e de um dia merecer a eterna glória.

 

Jesus destacou o comportamento daquela pobre viúva, elogiando-a pelo seu gesto de total entrega, mostrando aos discípulos e a nós hoje, que a verdadeira felicidade não reside na riqueza, mais sim na pobreza de espírito.

Bem-aventurados os pobres em espírito" (Mt 5,3). As bem-aventuranças revelam uma ordem de felicidade, de gra­ça, de beleza e de paz. Jesus celebra a alegria dos pobres, a quem já pertence o Reino. É o antegozo das alegrias celestiais, por causa da sua decisão de preferir as riquezas espirituais, em vez das riquezas materiais.

Os ricos deram o dinheiro que eles tinham de sobra. Enquanto aquela pobre viúva deu tudo o que possuía, e por isso fez o melhor investimento. Os ricos que encontram sua alegria nos seus bens procuram o poder terreno, ao passo que o pobre de espírito busca em primeiro lugar, o reino do céu, como fez aquela viúva, investindo na vida eterna. Ela abandonou-se nas mãos de Deus, sem nenhuma reserva. Confiou plenamente na providência do Pai, depositando tudo o que tinham, sem nenhuma preocupação se iria ficar  sem nada no dia de amanhã. Isso é confiança total em Deus a qual nos predispõe para a bem-aventurança por sermos pobres. Por isso veremos a Deus.

A viúva, ao contrário dos ricos, era, portanto, pobre em espírito, pois a "pobreza em espírito" é uma  humildade voluntária de uma pessoa que se entrega a Deus em atitude de  renúncia plena, como deveria ser a renúncia dos discípulos, dos sacerdotes, e de cada um de nós que realmente atendemos ao chamado de Deus para libertar o mundo da escravidão do pecado, através da catequese. Agindo assim, estaremos imitando a  Cristo, O Filho de Deus que se despojou de seu poder, de sua riqueza, se fazendo pobre como nós, para nos enriquecer em graças e santidade.

 

O mundo de hoje através da mídia nos apresenta uma felicidade falsa, mediante o consumo desenfreado de celulares, computadores, câmeras, jogos, e outros produtos de curta duração, para acelerar a economia, e o pleno emprego. Porém, somente o  desejo da felicidade verdadeira liberta o homem do apego imoderado aos bens deste mundo. Felicidade que se realizará na visão e na bem-aventurança de Deus. "A promessa de ver a Deus ultra­passa todas as bem-aventuranças. Na Escritura, ver é possuir. Aquele que Vê a Deus obteve todos os bens que podemos imaginar.

Para nós, os escolhidos, resta-nos lutar, com a graça do Alto, para alcançar os bens que Deus promete. Para contemplar a Deus, os fiéis de Cristo mortificam sua concupiscência e supe­ram, com a graça de Deus, as seduções da riqueza, do conforto e do poder.

Não se trata de abandonar tudo e ir morar em uma caverna. Porque precisamos e merecemos uma vida digna, com alimentação e moradia decentes; porém, o que o Evangelho nos fala hoje, é para não nos apegar exageradamente à riqueza e ao conforto nos esquecendo que tudo isso é passageiro como o faz os ricos.

Podemos até ser ricos. Porém sem nunca nos esquecer que  o desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. Pois Bem-aventurados são os pobres de espírito.

 

Fica com Deus. José Salviao.

 

 

terça-feira, 6 de novembro de 2018

-32º DOMINGO DO TEMPO COMUM-Mc 12,38-44, Ano B-José Salviano


32º DOMINGO DO TEMPO COMUM

11 de Novembro de 2018

Evangelho Mc 12,38-44

 

-DAR TUDO DE MIM PARA A CONSTRUÇÃO DO REINO-José Salviano

 

 

PRIMEIRA LEITURA
         Em primeiro lugar, reflitamos sobre a segurança do profeta Elias, ao abordar aquela viúva. Ele, instrumento de Deus agindo no mundo, já sabia por antecipação, da situação de carência daquela pobre mulher, então pediu-lhe ajuda só para dar início a uma conversa muito proveitosa. Observe a confiança que o profeta tinha em Deus. Ele esperou pela intervenção ou ajuda do Pai, e a teve na hora certa...
Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: “A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até ao dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra”.
E assim aconteceu, para que aprendêssemos com este episódio, uma grande lição: É Deus quem garante o nosso sustento, é Ele que nos mantém vivos, providenciando-nos o alimento necessário, o qual deve ser partilhado, como o fez a viúva.
Você deve estar pensando agora: O meu alimento eu consigo com o meu suor.
Correto. E continue assim. Porém, tudo o que lhe proporciona essa conquista, foi uma providência divina. O seu emprego, a sua saúde, a sua disposição... Tudo isso foi presente de Deus. Pense naqueles que agora estão arreados, caídos nas calçadas da vida. Eles não têm nada, absolutamente nada. Mas Deus providenciou até o dia de hoje, o seu sustento, enviando sempre uma alma caridosa para lhes estender a mão.

SALMO
Bendize, minh' alma, bendize ao Senhor!
Ele ampara a viúva e o órfão, mas confunde os caminhos dos maus.
Caríssimos. Por muitas vezes, na hora do desespero, nós nos esquecemos de  que O senhor não nos abandona,  nos esquecemos de que Ele está do nosso lado. Alguns até gritam dizendo: Onde está Deus?
Vamos confiar em Deus! Vamos depositar nossas esperanças N’Ele e tudo acabará dando certo. De um jeito ou de outro. Nem sempre do nosso jeito, mas tudo acabará bem, a menos que você seja um dos maus. Acredite, tudo vai terminar bem!

SEGUNDA LEITURA 
Na Segunda leitura, vemos Jesus, que semelhante àquela viúva, deu tudo de si, deu sua própria vida pela nossa salvação.  Deu sua vida não só pela morte de cruz, não só pela palavra, mas acima de tudo pelo seu exemplo, o que nós devemos copiar, e repetir nos dias de hoje, tão carente de vivência cristã.
         As leituras deste domingo nos mostra que a verdadeira atitude religiosa é nos entregar plenamente a Deus, confiando em suas mãos protetoras, em vez de depositar a nossa confiança nos bens materiais, principalmente no dinheiro. Tem gente que pensa que o dinheiro compra tudo. Isso  não é verdade. Isso é uma grande ilusão. Se fosse verdade, muitos comprariam a sua própria imortalidade. Não somos nada! Quando chega a nossa hora, não tem para ninguém! Vai o pobre, vai o rico, morre o feio e a bonita.
         Jesus Cristo foi oferecido ao Pai em sacrifício pelo perdão dos nossos pecados. E essa oferenda foi totalmente voluntária.  E qual foi, qual está sendo o nosso reconhecimento pela atitude de Jesus em relação a nós?  Muito pouco!  Uns nem sabem desse sacrifício, outros nem se importam, e continuam suas vidas indiferentes. Até mesmo entre nós que somos os mais chegados, não nos esforçamos muito em retribuir o mega esforço do Filho de Deus, pela nossa salvação. Quando muito, as mais piedosas, ao vivenciar a paixão de Cristo, pensam, ou mesmo dizem: Coitadinho! Ele morreu por nós.  Outros não entendem esta frase: Morreu por nós. E não procuram entendê-la.
         Minhas irmãs, meus irmãos. A atitude de indiferença cristã  é ainda pior do que a atitude ou postura crítica. Porque aquele ou aquela que vive criticando a Igreja e os padres, por incrível que pareça, ainda têm um fio de esperança de um dia se converterem, pois se eles malam mal é porque se importam com as coisas sagradas, com a religiosidade. Mais os indiferentes, aqueles que não estão nem aí, é que são os perigosos, pois a sua atitude de frieza, é uma verdadeira ANTI-CATEQUESE. Do mesmo modo que o nosso testemunho e o nosso exemplo funciona como catequese diante dos familiares e demais pessoas do nosso convívio social, a indiferença de alguns, também funciona com um jato de água fria na fé de muitas pessoas, as quais possuem uma fé morna, ou abalada por algum acontecimento ruim que tiveram na vida. Diante de uma conversa sobre o papa, por exemplo, ele ou ela não diz nada. O seu silêncio é o mesmo que dizer: Eu não acredito em nada: Nem no papa, nem em Deus. E os demais ali presentes, recebem isso como uma atitude a ser copiada. E é aí que mora o perigo dos indiferentes. Eles, silenciosamente, fazem uma catequese da contramão, uma catequese contrária, uma catequese do silêncio que diz tudo o que pensam, ou melhor, tudo o que não querem pensar, que não querem acreditar. Já pensou na frieza do pai com relação a Deus diante do filho, da filha? O que passará na cabeça, na mente dos filhos de uma mãe que em vez de dar um bom exemplo de católica, nem se manifesta diante de uma notícia a respeito da Igreja, da fé, da espiritualidade dos católicos, da semana santa...
EVANGELHO
         Na liturgia deste domingo notamos que duas viúvas nos dão uma excelente lição de vida. A de Sarepa deu o seu último punhado de farinha e era tudo o que possuía naquele dia. A viúva do Evangelho deu duas moedinhas e era tudo o que possuía para viver.
Assim, ambas experimentaram a alegria de oferecer o seu tudo para Deus, numa prova de total confiança na providência e na bondade divina. Elas, cientes de que tudo o que temos nos vem do Alto, ofereceram os seus últimos recursos sabendo que Deus não lhes deixaria passar necessidades.
Você já fez ou faria coisa semelhante? Aquelas viúvas não tiveram reservas alguma e por isso foram agraciadas com as bênçãos dos  Céus.
Deus espera de cada um de nós que façamos o mesmo. Ele espera que oferecemos os dons que Ele nos deu, para investir no serviço do Reino, numa total doação de nós mesmo. Espera também a nossa contribuição de um pouco do muito que Ele nos proporciona ganhar, para a manutenção da sua e nossa Igreja.
Jesus hoje nos questiona sobre as intenções com as quais fazemos as coisas.
Aqueles ricos que davam o que lhes sobravam, não tinham a menor intenção de ajudar na economia do Templo, nem tinham uma verdadeira consciência de estar fazendo uma oferta a Deus.
Já aquele viúva, com muita devoção, ele ofereceu tudo o que tinha,  com toda boa vontade, e amor ao Pai.
Nós até podemos enganar as pessoas por algum tempo. Mas Deus vê o que  se passa dentro da  nossa mente, e por isso é impossível enganá-lo. Foi o que aconteceu: Os poderosos daquele tempo depositavam no Templo grandes quantias do que lhes sobravam, somente com a intensão de se mostrarem diante de todos. Ao contrário, aquela pobre viúva depositou toda a sua confiança em Deus, entregando tudo o que tinha para o seu sustento. Foi por isso que Jesus disse que ela deu mais que todos ali presente. Porque Jesus enquanto Deus sabia da vida de cada um.
Em nossas orações, temos de ser sinceros, temos de nos apresentar diante de Deus tal qual somos. Temos de nos considerar miseráveis pecadores. Do mesmo modo, temos de tomar cuidado na hora da confissão, para não mascarar a nossa situação, nossa vida pecadora diante do confessor, nos justificando, colocando a culpa pelos nossos pecados na esposa, no marido nos filhos, nos colegas de trabalhos, e também em todas as tentações que enfrentamos. Somos culpados sim. É claro que existem situações difíceis, nas quais, ficamos num beco sem saída, diante dos nossos instintos, e caímos. Porém, se examinarmos detalhadamente a nossa atitude, a queda acontece pelo descuido nas orações, pela nossa exposição às causas de pecado, pelos nossos descuidos em relação à confiança que devemos ter no socorro, na proteção e na força de Deus para com a nossa fraqueza...
Os judeus, especialmente os doutores da Lei,  exploravam as viúvas, explorando a sua fé, eles cobravam uma taxa absurda para protegê-las, as quais chegavam a um ponto de ter de entregar as suas próprias casas, por não ter mais como pagar o que eles exigiam.
Hoje existem muitos que em nome da fé, exigem que os seus seguidores depositem dinheiro em suas contas bancárias, em troca de falsos milagres, em troca de uma certa salvação que eles dizem que somente eles são capazes de buscá-la de Deus...  
Minha irmã, meu irmão. Você está passando por momentos difíceis? Seja por doença, seja por situação financeira, não se desanime, não se desespere!  Acredite mais em Deus, deposita nele a sua esperança, a sua confiança, e o seu socorro certamente virá. Não estamos falando para você cruzar os braços e ficar esperando cair do Céu. Por que temos de fazer a nossa parte, rezar e esperar em Deus. O fazer a nossa parte é o correr atrás. É buscar uma solução, em vez de ficar chorando e se lamentando. O desespero é normal no ser humano. Mas o exagero é falta de fé na misericórdia do Pai que não nos abandona.
Semelhante ao que aconteceu a Jó, muitos dos nossos infortúnios, nos acontece para nos fortalecer na fé. É Deus nos dando uma chance para nos recuperarmos, para endireitar os nossos caminhos, para nos arrependermos dos nossos muitos pecados,  para nos converter.  Confiemos na bondade e no poder infinito daquele que é Pai e nos ama com amor de mão, multiplicado a milionésima potência ou mais...
Acredite. Deus não se sente feliz com o nosso sofrer. Porém, o sofrimento é o único modo de nos chamar de volta, de nos fazer cair a ficha, e se Deus o permite é por que nos ama. 
Aquela viúva deu tudo o que tinha, pois confiou em Deus.  E você? Tem feito como ela na hora da coleta? Ou será que tem feito como os judeus que davam o que lhes sobravam,
Pense nisso: O sustento dos padres depende de você, depende de nós. Se ninguém der nada, como eles vão se alimentar? Se vestirem, se abrigarem?
Então. Não deposite na coleta apenas umas moedinhas que estão incomodando e sobrando no seu bolso! Não faça como os fariseus! Dê um pouquinho a mais, e verá  que sua economia vai se fortalecer, vai aumentar como o pão da viúva, verá que nada irá lhe faltar. O seu carro não vai quebrar toda hora, seu telhado ficará firme, sua saúde terá a proteção divina, e assim por diante. Confia mais em Deus, e ajude a Igreja. Pois o sustento dos padres é tarefa nossa!
Aquela viúva deu pouquinho, com uma intensão muito grande. Os fariseus e mestres da Lei deram muito com uma intensão minúscula.
Analise como tem sido as suas intensões diante de Deus. Se precisar, mude-as. Mude enquanto é tempo.
Cuidado! Dar é um gesto que deve começar dentro de nós. Primeiro temos pena do que sofre, em seguida sentimos a necessidade de repartir o que temos com ele, ou pelo menos dar-lhe um pouco do muito que Deus nos deu. Mas a esmola será mais verdadeira, completa se você sentir depois de fazê-la, uma satisfação, uma alegria por ter ajudado a quem precisa.

Vai e faça o mesmo!   Bom domingo,  José Salviano.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

-Tomai cuidado com os doutores da Lei. - José Salviano




Dia 09 de junho
Mc. 12,38-44)

Neste Evangelho, Jesus nos adverte para que não sejamos como os doutores da Lei que gostavam de aparecer, fazendo-se de santos, apreciavam ser considerados importantes, e de serem respeitados e cumprimentados em público.
Somos assim. Gostamos de ser reconhecidos pelas pessoas como homens de bem, inteligentes, sábios,  que as pessoas reconheçam os nossos talentos e qualidades e nos elogiem.
Somos fracos. Somos frágeis como todo ser humano, mais nos mostramos aos demais como seres imbatíveis, com um ar de importantes e até de arrogantes.
Que tolice! Se somos imitadores de Cristo, por que não guardamos a sua palavra? "Aquele que me ama guarda a minha palavra"  . E lendo a sua palavra, notamos que  Ele disse mais ou menos assim: Aquele que quiser ser o maior, o mais importante, deve se comportar como o menor  de todos, deve servir, em vez de querer ser servido, e deve ser inocente como uma criança...  E isso é imitar o Cristo Filho de Deus vivo, que veio ao mundo para servir com humildade.
Prezados irmãos. Precisamos ser humildes como nos manda Jesus, mais que a nossa humildade não seja falsa, uma demonstração superficial de bondade, para enganar a todos, porém, quando estamos a sós, agimos de acordo com os nossos instintos, com o nosso egoísmo, como se Deus não nos estivesse vendo, como o faziam os doutores da Lei nas casas das viúvas, e depois diziam que estavam em longas orações. 
Quer saber? Em cada um de nós existe um doutor da Lei. Nas festas, na missa, perante as visitas, nós somos os melhores, pois damos o melhor de nós,  tratamos bem os familiares e os presentes.  Depois da festa, e depois que as visitas vão embora, voltamos ao normal, ou melhor, ao anormal. Xingamos, ofendemos, batemos a porta, não toleramos, não perdoamos, e nem somos caridosos. Meus Deus! será que não estamos exagerando? Talvez sim. Mais a verdade é que dentro de cada um de nós, existem dois "eus":  Um eu social, um eu que mostramos para os amigos e demais pessoas, e o outro "eu" real, aquele "eu" que entra nas casas das viúvas!...
Lembremo-nos  que a nossa conversão é diária. E que neste exato momento, agora mesmo, é hora de reconhecermos que somos seres errantes, mais que podemos e devemos ser melhores, e que conseguimos isso pela graça de Deus que não cessa de nos atrair para a correção, para a conversão, para a salvação.
Caríssimos. Que a nossa humildade seja verdadeira. Não sejamos fingidos. Pois mais sedo ou mais tarde, vão descobrir quem realmente somos. Sejamos cristãos autênticos, sem exibição do que somos e do que temos. Pois não passamos de um esqueleto formado de carne, osso, pele e cartilagens, fezes...
Desculpe a dureza das palavras, mais se pretendemos ser sinceros, não podemos esconder a verdade do que realmente somos.
Não imitemos os doutores da Lei. Pois eles receberão a pior condenação. Imitemos ao Mestre, para merecermos estar um dia em sua presença!
José Salviano.

terça-feira, 2 de junho de 2020

-DEUS VÊ AS NOSSAS INTENÇÕES-José Salviano.


06  de Junho-2020

Evangelho Mc 12,38-44

 

O gesto dos ricos e o gesto daquela viúva, representa o nosso dia a dia. Perante o mundo, aquela viúva não deu praticamente nada, enquanto que os demais, aqueles que deram o que lhes sobrava, para a sociedade, foram os que deram mais.

Acontece que Deus que vê tudo, inclusive os nossos pensamentos e as nossas emoções, Ele leva primeiramente em conta as nossas intenções.

Podemos fazer uma grande doação para uma casa de caridade, e aquele gesto não valer de nada para a nossa salvação eterna, se o dinheiro que usamos foi  um dinheiro sujo, corrupto, roubado, tirado da boca de outros famintos, ou conseguido com o suor do trabalho escravo.

Perante os presentes, perante os repórteres, e os assistentes de casa, aquilo foi um grande gesto de fraternidade. Porém, para Deus, não valeu de nada.

Muitas vezes, um pequeno gesto de gratidão, uma mísera oferta, uma pequena ajuda, feita de toda alma, com toda boa vontade, com a melhor das intenções, é o que pesa diante do olhar de Deus.

Irmãs, e irmãos. Deus nos deu a liberdade para sermos caridosos ou mesquinhos. Para sermos bons ou para seguir os caminhos do crime. Ele não nos impede. Ele respeita a nossa liberdade que nos foi dada por Ele.

Vamos usar a nossa liberdade do melhor modo possível. Para fazer o bem e evitar o mal. Para ajudar o nosso irmão, em vez de o prejudicar, de o explorar...

A liberdade torna o homem responsável pelos seus atos, na medida em que são voluntários. O progresso na virtude, o conhecimento do bem e a ascese aumentam o domínio da vontade sobre os próprios atos.
Pode acontecer que um indivíduo cometa um ato mau, imoral, ou que prejudicou alguém, porém, ele não teve culpa do mal que fez. Do dano que causou.
Por exemplo. O motorista de ônibus “causou” um grande acidente. Em cima de um viaduto, havia uma curva fechada, o ônibus seguiu reto, quebrando  a parede de proteção, e caindo lá em baixo, matando e ferindo muitas pessoas, e danificando muitos carros. Logo chegou a viatura policial, e levou preso aquele motorista, que por pouco não foi linchado por pessoas revoltadas.
Ele foi preso, a família ficou em desespero, e muitos queriam processá-lo.  Para todos, ele era o responsável, o culpado daquele terrível acidente! Um mês depois, ficou constatado que a causa do acidente foi a falta de manutenção daquele veículo. O mecanismo de direção estava enferrujado, enfraquecido, e quando o motorista foi virar a direção na curva do viaduto, a barra de direção se rompeu, causando tudo aquilo.
Então a culpabilidade daquele acidente, foi retirada da pessoa do referido motorista.   
A culpabilidade ou imputabilidade e responsabilidade de um ato podem ser diminuídas, e até anuladas, pela ignorância, a inadvertência, a violência, o medo, os hábitos, as afeições desordenadas e outros fatores psíquicos ou sociais, como no caso que acabamos de exemplificar.
Aquele motorista não havia bebido, não estava mal intencionado, muito menos pretendia jogar o ônibus de cima do viaduto. Por tanto, a culpa não foi dele.
O mesmo acontece com outros motoristas de estradas que trabalham muitas horas sem o devido descanso, sem a alimentação adequada, e por causa de tudo isso, se envolvem em acidentes graves, causando mortes, sofrimentos e grandes prejuízos.  Eles não têm culpa.
Muitas vezes somos punidos por um erro que cometemos, sem termos pretendido causar danos a ninguém. Sem ter a intenção, muito menos culpa do que aconteceu.
Só que Deus que vê tudo irá nos recompensar pela nossa, perda, pela nossa penalidade injusta.
Façamos tudo de boa intenção. Busquemos ouvir a voz de Deus que sempre nos fala por meio da nossa consciência. Aquela viúva bem que poderia deixar de dar as suas últimas moedinhas, pois outros ali já haviam feito grandes doações, e afinal, ela só tinha aquilo para sobreviver. Porém, ela escolheu dar tudo  o que lhe restava, tudo o que ela tinha,  por amor ao Deus!
Tenha boas intenções.  José Salviano.  

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. - José Salviano



32º DOMINGO TEMPO COMUM


11 de Novembro de 2012



Evangelho - Mc 12,38-44


Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros.

Introdução

         Jesus estava diante de uma grande multidão e sem nenhum medo Ele denunciava os defeitos dos doutores da Lei, aqueles que diante dos homens se apresentavam como puros e santos, porém nas horas vagas faziam coisas contrárias a tudo que ensinavam e se mostravam ser. Gostavam de aparecer, e se aproveitavam das viúvas, e por isso Jesus prometeu a eles a pior condenação.
Depois, Jesus estava sentado no Templo com os discípulos, e viram que muitos ricos depositavam grandes quantias como esmolas. Então chegou uma pobre viúva
que deu apenas duas pequenas moedas. Então Jesus disse aos discípulos:
“Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
          Jesus havia ordenado aos  seus discípulos que O preferissem acima de  tudo e lhes propôs que renunciassem a todos os bens por  causa dele e do Evangelho. Para fortalecer esta proposta de entrega total a Deus, Jesus mostrou como exemplo de doação, aquela pobre viúva de Jerusalém que, de sua indigência, deu tudo o que possuía para viver, sem se preocupar com o dia de amanhã, pois depositava toda sua confiança e esperança na proteção de Deus.
         Prezados irmãos. Se não optarmos pelo desprendimento das riquezas não conseguiremos entrar no Reino dos céus. Pois se somos fiéis ao seguimento de Cristo devemos dirigir retamente nossas preferências vitais de forma que, por causa do uso das coisas mundanas, dos bens materiais, do deleito ao conforto,  por causa do apego às riquezas contra o espírito da pobreza evangélica, não sejamos impedidos de tender à perfeição da caridade, e de um dia merecer a eterna glória.

         Jesus destacou o comportamento daquela pobre viúva, elogiando-a pelo seu gesto de total entrega, mostrando aos discípulos e a nós hoje, que a verdadeira felicidade não reside na riqueza, mais sim na pobreza de espírito.
Bem-aventurados os pobres em espírito" (Mt 5,3). As bem-aventuranças revelam uma ordem de felicidade, de gra­ça, de beleza e de paz. Jesus celebra a alegria dos pobres, a quem já pertence o Reino. É o antegozo das alegrias celestiais, por causa da sua decisão de preferir as riquezas espirituais, em vez das riquezas materiais.
         Os ricos deram o dinheiro que eles tinham de sobra. Enquanto aquela pobre viúva deu tudo o que possuía, e por isso fez o melhor investimento. Os ricos que encontram sua alegria nos seus bens procuram o poder terreno, ao passo que o pobre de espírito busca em primeiro lugar, o reino do céu, como fez aquela viúva, investindo na vida eterna. Ela abandonou-se nas mãos de Deus, sem nenhuma reserva. Confiou plenamente na providência do Pai, depositando tudo o que tinham, sem nenhuma preocupação se iria ficar  sem nada no dia de amanhã. Isso é confiança total em Deus a qual nos predispõe para a bem-aventurança por sermos pobres. Por isso veremos a Deus.
         A viúva, ao contrário dos ricos, era, portanto, pobre em espírito, pois a "pobreza em espírito" é uma  humildade voluntária de uma pessoa que se entrega a Deus em atitude de  renúncia plena, como deveria ser a renúncia dos discípulos, dos sacerdotes, e de cada um de nós que realmente atendemos ao chamado de Deus para libertar o mundo da escravidão do pecado, através da catequese. Agindo assim, estaremos imitando a  Cristo, O Filho de Deus que se despojou de seu poder, de sua riqueza, se fazendo pobre como nós, para nos enriquecer em graças e santidade.

         O mundo de hoje através da mídia nos apresenta uma felicidade falsa, mediante o consumo desenfreado de celulares, computadores, câmeras, jogos, e outros produtos de curta duração, para acelerar a economia, e o pleno emprego. Porém, somente o  desejo da felicidade verdadeira liberta o homem do apego imoderado aos bens deste mundo. Felicidade que se realizará na visão e na bem-aventurança de Deus. "A promessa de ver a Deus ultra­passa todas as bem-aventuranças. Na Escritura, ver é possuir. Aquele que Vê a Deus obteve todos os bens que podemos imaginar.
          Para nós, os escolhidos, resta-nos lutar, com a graça do Alto, para alcançar os bens que Deus promete. Para contemplar a Deus, os fiéis de Cristo mortificam sua concupiscência e supe­ram, com a graça de Deus, as seduções da riqueza, do conforto e do poder.
         Não se trata de abandonar tudo e ir morar em uma caverna. Porque precisamos e merecemos uma vida digna, com alimentação e moradia decentes; porém, o que o Evangelho nos fala hoje, é para não nos apegar exageradamente à riqueza e ao conforto nos esquecendo que tudo isso é passageiro como o faz os ricos.
         Podemos até ser ricos. Porém sem nunca nos esquecer que  o desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. Pois Bem-aventurados são os pobres de espírito.

José Salviao.

terça-feira, 6 de junho de 2017

--Existem ricos caridosos-José Salviano

10 de Junho de 2017
Cor: Verde
Evangelho - Mc 12,38-44


Naquele tempo:
38Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão:
'Tomai cuidado com os doutores da Lei!
Eles gostam de andar com roupas vistosas,
de ser cumprimentados nas praças públicas;
39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas
e dos melhores lugares nos banquetes.
40Eles devoram as casas das viúvas,
fingindo fazer longas oraçðes.
Por isso eles receberão a pior condenação'.
41Jesus estava sentado no Templo,
diante do cofre das esmolas,
e observava como a multidão depositava
suas moedas no cofre.
Muitos ricos depositavam grandes quantias.
42Então chegou uma pobre viúva
que deu duas pequenas moedas,
que não valiam quase nada.
43Jesus chamou os discípulos e disse:
'Em verdade vos digo,
esta pobre viúva deu mais do que todos os outros
que ofereceram esmolas.
44Todos deram do que tinham de sobra,
enquanto ela, na sua pobreza,
ofereceu tudo aquilo que possuía para viver'.
Palavra da Salvação.(CNBB).

Certa vez conheci um homem rico e muito caridoso.  É, isso existe! Ele herdara uma fortuna do seu pai, e se compadecia muito dos necessitados. Matou a fome de muitos. Ficava tão triste quando entrava em contato com alguém que estava passando por dificuldades financeiras, que até lhe vinha lágrimas nos olhos.
Aquele jovem foi muito criticado pelos seus familiares por estar esbanjando a fortuna da família, enquanto outros diziam que ele não passava de um hipócrita, com pretensões políticas, e ainda outros disseram que ele não estava fazendo caridade nenhuma, pois dava o que lhe estava sobrando.
Porém, nada disso o abalou. Nada disso era verdade. Eram críticas que não tinha um fundamento real, pois não passava mesmo era de inveja. Porque na verdade ele era mesmo caridoso. Rico e caridoso. E Deus estava do seu lado.  Deus o amava muito! Deus protegia-o dos mais inesperados e incríveis perigos, como foi no caso de uma tentativa de sequestro, onde ele foi salvo, e escapou milagrosamente da armadilha que lhe foi preparada! E os malfeitores foram punidos, pois caíram na própria armadilha que haviam preparado, e foram todos pegos em flagrante.
No Evangelho de hoje, Jesus estava sentado no Templo com os discípulos, e viram que muitos ricos depositavam grandes quantias como esmolas. Então chegou uma pobre viúva
que deu apenas duas pequenas moedas. Então Jesus disse aos discípulos:
“Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
Jesus comentou a doação daquela pobre viúva de Jerusalém que, de sua indigência, deu tudo o que possuía para viver, sem se preocupar com o dia de amanhã, pois depositava toda sua confiança e esperança na proteção de Deus.
        
Prezados irmãos. Se não optarmos pelo desprendimento das riquezas não conseguiremos entrar no Reino dos céus. Pois se somos fiéis ao seguimento de Cristo devemos dirigir retamente nossas preferências vitais de forma que, por causa do uso das coisas mundanas, dos bens materiais, do deleito ao conforto,  por causa do apego às riquezas contra o espírito da pobreza evangélica, não sejamos impedidos de tender à perfeição da caridade, e de um dia merecer a eterna glória.
        
Jesus destacou o comportamento daquela pobre viúva, elogiando-a pelo seu gesto de total entrega, mostrando aos discípulos e a nós hoje, que a verdadeira felicidade não reside na riqueza, mais sim na pobreza de espírito.
Bem-aventurados os pobres em espírito" (Mt 5,3). As bem-aventuranças revelam uma ordem de felicidade, de gra­ça, de beleza e de paz. Jesus celebra a alegria dos pobres, a quem já pertence o Reino. É o antegozo das alegrias celestiais, por causa da sua decisão de preferir as riquezas espirituais, em vez das riquezas materiais.
        
Os ricos deram o dinheiro que eles tinham de sobra. Enquanto aquela pobre viúva deu tudo o que possuía, e por isso fez o melhor investimento. Os ricos que encontram sua alegria nos seus bens procuram o poder terreno, ao passo que o pobre de espírito busca em primeiro lugar, o reino do céu, como fez aquela viúva, investindo na vida eterna. Ela abandonou-se nas mãos de Deus, sem nenhuma reserva. Confiou plenamente na providência do Pai, depositando tudo o que tinham, sem nenhuma preocupação se iria ficar  sem nada no dia de amanhã. Isso é confiança total em Deus a qual nos predispõe para a bem-aventurança por sermos pobres. Por isso veremos a Deus.
        
A viúva, ao contrário dos ricos, era, portanto, pobre em espírito, pois a "pobreza em espírito" é uma  humildade voluntária de uma pessoa que se entrega a Deus em atitude de  renúncia plena, como deveria ser a renúncia dos discípulos, dos sacerdotes, e de cada um de nós que realmente atendemos ao chamado de Deus para libertar o mundo da escravidão do pecado, através da catequese. Agindo assim, estaremos imitando a  Cristo, O Filho de Deus que se despojou de seu poder, de sua riqueza, se fazendo pobre como nós, para nos enriquecer em graças e santidade.
       
O mundo de hoje através da mídia nos apresenta uma felicidade falsa, mediante o consumo desenfreado de celulares, computadores, câmeras, jogos, e outros produtos de curta duração, para acelerar a economia, e o pleno emprego. Porém, somente o  desejo da felicidade verdadeira liberta o homem do apego imoderado aos bens deste mundo. Felicidade que se realizará na visão e na bem-aventurança de Deus. "A promessa de ver a Deus ultra­passa todas as bem-aventuranças. Na Escritura, ver é possuir. Aquele que Vê a Deus obteve todos os bens que podemos imaginar.
          
Para nós, os escolhidos, resta-nos lutar, com a graça do Alto, para alcançar os bens que Deus promete. Para contemplar a Deus, os fiéis de Cristo mortificam sua concupiscência e supe­ram, com a graça de Deus, as seduções da riqueza, do conforto e do poder.
        
Não se trata de abandonar tudo e ir morar em uma caverna. Porque precisamos e merecemos uma vida digna, com alimentação e moradia decentes; porém, o que o Evangelho nos fala hoje, é para não nos apegar exageradamente à riqueza e ao conforto nos esquecendo que tudo isso é passageiro como o faz os ricos.
        
Podemos até ser ricos. Porém sem nunca nos esquecer que  o desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. Pois Bem-aventurados são os pobres de espírito.


Tenha um bom dia. José Salviano.