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sexta-feira, 28 de junho de 2019

Entrar na barca com Jesus é estar na Igreja-Helena Serpa


2 DE JULHO DE 2019

3ª. FEIRA DA DÉCIMA TERCEIRA SEMANA

DO TEMPO COMUM

Cor Verde

1ª. Leitura – Gen 19,15-29

 

Leitura do Livro do Gênesis 19,15-29
Naqueles dias: 15Os anjos insistiram com Ló, dizendo:
'Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas, e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade'. 16Como ele hesitasse, os homens tomaram-no pela mão, a ele, à mulher e às duas filhas - pois o Senhor tivera compaixão dele -, fizeram-nos sair e deixaram-nos fora da cidade. 17Uma vez fora, disseram:
'Trata de salvar a tua vida. Não olhes para trás, nem te detenhas em parte alguma desta região. Mas foge para a montanha, se não quiseres morrer'. 18Ló respondeu: 'Não, meu Senhor, eu te peço!
19O teu servo encontrou teu favor e foi grande a tua bondade,
salvando-me a vida. Mas receio não poder salvar-me na montanha,
antes que a calamidade me atinja e eu morra. 20Eis aí perto uma cidade onde poderei refugiar-me; é pequena, mas aí salvarei a minha vida'. E ele lhe disse: 'Pois bem, concedo-te também este favor: não destruirei a cidade de que falas. 22Refugia-te lá depressa, pois nada posso fazer enquanto não tiveres entrado na cidade'. Por isso foi dado àquela cidade o nome de Segor.
23O sol estava nascendo, quando Ló entrou em Segor. 24O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra.
25Destruiu as cidades e toda a região, todos os habitantes das cidades e até a vegetação do solo. 26Ora, a mulher de Ló olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal. 27Abraão levantou-se bem cedo e foi até o lugar onde antes tinha estado com o Senhor.
28Olhando para Sodoma e Gomorra, e para toda a região, viu levantar-se da terra uma densa fumaça, como a fumaça de uma fornalha. 29Mas, ao destruir as cidades da região, Deus lembrou-se de Abraão e salvou Ló da catástrofe que arrasou as cidades
onde Ló havia morado. Palavra do Senhor.

Reflexão – “O Senhor deseja salvar a nós e a nossa família”
Trata de salvar a tua vida. Não olhes para trás nem te detenhas em parte alguma desta região.” Foram estas as palavras que os mesmos anjos que estiveram com Abraão, dirigiram a Ló para que fossem salvos, ele e sua família da destruição de Sodoma, cidade amaldiçoada por causa da iniquidade dos seus habitantes.  A Ló foi concedido um lugar para que ele e a sua família se refugiassem, no entanto, transgredindo as ordens dos anjos, a sua mulher olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal. Hoje, também, nós podemos nos situar no contexto desta história para perceber que o Senhor está sempre a nos enviar os Seus mensageiros a fim de nos salvar das catástrofes espirituais que abalam o mundo. Vivemos no meio das maiores aberrações e convivemos com os mais diversos contra testemunhos da fé que professamos. Nós e nossa família estamos sempre correndo o risco de ser exterminados pelas consequências que o pecado nos impõe. O Senhor também diz hoje a cada pai, mãe, filho, filha, irmão, irmã que são responsáveis pela sobrevivência material e espiritual da sua família: “Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade”. Ele também providencia um refúgio para nós, na Igreja, na Comunidade, nos lugares de oração, mas também nos adverte: “não olhes para trás nem te detenhas”. E muitas vezes nós não acreditamos, duvidamos ou temos saudade da vida passada e transgredimos as orientações de Deus. Queremos olhar para trás e ainda nos deliciar com as “coisas boas” da vida velha. Por isso, nos tornamos pessoas paralisadas, sem vontade própria, perdemos o referencial da nossa família e nos afastamos do lugar que Deus reservou para nós. O Senhor deseja salvar a nós e a nossa família, mudar radicalmente a nossa mentalidade nos retirando da mesmice do meio da perversidade que por si só, tenta nos destruir. O nosso refúgio é na casa do Senhor, na convivência dos que O temem no meio do Seu povo, cantando louvores a Ele.  Só assim seremos salvos da destruição e teremos vida nova. – Você compreende isso? – Você já percebeu que Deus tenta salvar a você a sua família, por isso envia os Seus mensageiros? – Aonde você tem ido se refugiar das intempéries do pecado? – Você tem querido voltar para a vida velha? – O que isto tem lhe proporcionado?  

Salmo 25,2-3. 9-10. 11-12 (R.3a)
R. Tenho sempre vosso amor ante meus olhos.

2Provai-me, ó Senhor, e examinai-me, *
sondai meu coração e o meu íntimo!
3Pois tenho sempre vosso amor ante meus olhos;*
vossa verdade escolhi por meu caminho. R.

9Não junteis a minha alma à dos malvados, * nem minha vida à dos homens sanguinários;
10eles têm as suas mãos cheias de crime;* sua direita está repleta de suborno. R. 

11Eu, porém, vou caminhando na inocência;* libertai-me, ó Senhor, tende piedade! 
12Está firme o meu pé na estrada certa;* ao Senhor eu bendirei nas assembleias. R.

Reflexão - A oração deste salmo é um cântico que deveria estar sempre nos nossos lábios. Nele nós suplicamos ao Senhor um refúgio bem seguro contra as investidas do maligno e colocamos à Sua disposição, o mais íntimo do nosso ser, onde se encontra o Seu amor. “Vossa verdade, Senhor escolhi por meu caminho”, diz o salmista. “Vou caminhando na inocência, libertai-me, tende piedade”. Repita hoje este salmo como uma intercessão por você e pela sua família.

Evangelho – Mt 8, 23-27


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,23-27
Naquele tempo: 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas.
Jesus, porém, dormia. 25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: 'Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!'
26Jesus respondeu: 'Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?' Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. 27Os homens ficaram admirados e diziam:
'Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?'
Palavra da Salvação.

Reflexão – “Entrar na barca com Jesus é estar na Igreja”
As tempestades da nossa vida são vivenciadas por nós com muito mais serenidade quando temos confiança na presença de Jesus. Quando estamos na barca com Jesus nós percebemos que as horas de dificuldades da nossa vida são vividas com mais confiança, apesar de que ainda tenhamos medo. Os discípulos que acompanharam Jesus e entraram com Ele na barca perceberam isto! Entrar na barca com Jesus é fazer parte da Sua Igreja, é estar na Comunidade entre irmãos, é se deixar envolver nos mistérios divinos. Em comunidade, convivendo com os irmãos, partilhando a Sua Palavra, nós percebemos melhor a presença de Jesus, mesmo que às vezes, aparentemente, Ele pareça estar dormindo. Ainda assim, nós sabemos a quem recorrer nas horas de aflição e provação. Quantas pessoas vivem no mundo, entregues somente, aos seus recursos materiais e não têm para quem apelar e pedir socorro nos momentos de agonia! Há fatos e acontecimentos que nos tiram completamente a segurança e o equilíbrio e, se não tivermos um porto seguro, nós sucumbiremos. As situações críticas são sempre um termômetro que mede o grau de consciência da maturidade ou infantilidade da nossa fé. Mesmo diante do pavor dos discípulos, Jesus ameaçou os ventos e o mar e eles O obedeceram! Quanto mais Ele poderá fazer por nós se nos mantivermos firmes na fé sabendo que Ele está pertinho de nós para nos defender?   É promessa de Jesus para nós: “no mundo haveis de ter aflições. Coragem eu venci o mundo”. (Jo 16, 33b) – Você já entrou na barca de Jesus? – Você confia que Ele o (a) ajudará na hora da tempestade? – Você já passou por alguma aflição? – A quem você recorreu?

Jesus nos chama para a outra margem-Helena Serpa



1 DE JULHO DE 2019

2ª. FEIRA DA DÉCIMA TERCEIRA SEMANA

DO TEMPO COMUM

Cor Verde

1ª. Leitura – Gen 18, 16-33

Leitura do Livro do Gênesis 18,16-33
16Os homens levantaram-se e partiram na direção de Sodoma.
Abraão acompanhava-os para encaminhá-los. 17E o Senhor disse consigo: 'Acaso poderei ocultar a Abraão o que vou fazer? 18Pois Abraão virá a ser uma nação grande e forte e nele serão abençoadas todas as nações da terra. 19De fato, eu o escolhi,
Para que ensine seus filhos e sua família a guardarem os caminhos do Senhor, praticando a justiça e o direito, a fim de que o Senhor cumpra em favor de Abraão tudo o que lhe prometeu'. 20Então, o Senhor disse: 'O clamor contra Sodoma e Gomorra cresceu, e agravou-se muito o seu pecado. 21Vou descer para verificar
se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim'. 22Partindo dali, os homens dirigiram-se a Sodoma, enquanto Abraão ficou na presença do Senhor. 23Então, aproximando-se, disse Abraão: 'Vais realmente exterminar o justo com o ímpio?
24Se houvesse cinquenta justos na cidade, acaso iríeis exterminá-los? Não pouparias o lugar por causa dos cinquenta justos que ali vivem? 25Longe de ti agir assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti!
O juiz de toda a terra não faria justiça?' 26O Senhor respondeu:
'Se eu encontrasse em Sodoma cinquenta justos, pouparia por causa deles a cidade inteira'. 27Abraão prosseguiu dizendo:
'Estou sendo atrevido em falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza. 28Se dos cinquenta justos faltassem cinco, destruirias por causa dos cinco a cidade inteira?' O Senhor respondeu: 'Não destruiria, se achasse ali quarenta e cinco justos'. 29Insistiu ainda Abraão e disse: 'E se houvesse quarenta?' Ele respondeu: 'Por causa dos quarenta, não o faria'. 30Abraão tornou a insistir: 'Não se irrite o meu Senhor, se ainda falo. E se houvesse apenas trinta justos?'.
Ele respondeu: 'Também não o faria, se encontrasse trinta'. 31Tornou Abraão a insistir: 'Já que me atrevi a falar a meu Senhor, e se houver vinte justos?' Ele respondeu: 'Não a iria destruir por causa dos vinte'. 32Abraão disse: 'Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?' Ele respondeu: 'Por causa dos dez, não a destruiria'. 33Tendo acabado de falar, o Senhor retirou-se, e Abraão voltou para a sua tenda. Palavra do Senhor.

Reflexão – “Uma alma que se eleva, eleva o mundo”
A presença e a oração do justo têm enorme poder sobre o coração de Deus, no entanto, onde não há justiça e santidade, há a morte e o extermínio. Nesta passagem vemos o exemplo de Abraão que escolhido por Deus para ser pai de uma grande e forte nação foi também chamado a ensinar à sua família a guardar os Seus caminhos dando exemplo de justiça para todas as gerações.  Aos justos, Deus não esconde os Seus projetos, por isso, foi que Abraão tomou conhecimento de que Deus enviara seus anjos para exterminar a cidade de Sodoma em vista da injustiça dos seus moradores.   Abraão intercedeu e o Senhor, então, prometeu que, se na cidade tivessem dez justos, Sodoma não seria destruída. Deus nos escolheu para que sejamos também seus instrumentos diante dos injustos e nos promete a salvação para aqueles que por nosso intermédio possam voltar atrás nas suas transgressões. Assim o Senhor conta conosco para que o mundo se eleve e não seja exterminado. Não podemos descansar nem desistir.  Uma só alma que se eleva, eleva também o mundo, e as nossas ações de justiça têm repercussão diante de Deus. Deus nos chama para que ensinemos ao mundo a guardar os Seus caminhos praticando a justiça e o direito. A justiça consiste na nossa entrega a Deus para que aconteça a sua vontade na nossa vida. Que através da nossa justiça muitas pessoas possam ser salvas. O Senhor espera a nossa ajuda para salvar a nossa casa e a nossa família. Abraão humilhou-se diante de Deus e clamou por Sodoma. A nossa casa pode também hoje ser uma “Sodoma”, por isso, nós também precisamos clamar a Deus para salvar o nosso povo.  - Para você o que significa praticar a justiça? - Você se considera uma pessoa justa? - Você tem alguma influência sobre as pessoas da sua casa em relação aos ensinamentos de Deus? - Para que Deus o (a) tem chamado?

Salmo 102,1-2. 3-4. 8-9. 10-11 (R. 8a)

R. O Senhor é indulgente, é favorável.

1Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
e todo o meu ser, seu santo nome!
2Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
não te esqueças de nenhum de seus favores! R.

3Pois ele te perdoa toda culpa, * e cura toda a tua enfermidade;
4da sepultura ele salva a tua vida * e te cerca de carinho e compaixão. R. 

8O Senhor é indulgente, é favorável, * é paciente, é bondoso e compassivo.
9Não fica sempre repetindo as suas queixas, * nem guarda eternamente o seu rancor. R. 

10Não nos trata como exigem nossas faltas, * nem nos pune em proporção às nossas culpas.
11Quanto os céus por sobre a terra se elevam, * tanto é grande o seu amor aos que o temem. R.

Reflexão - O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas nem nos pune em proporção às nossas culpas. Muitas vezes nós somos mais exigentes conosco do que o próprio Senhor, porque Ele é bondoso e compassivo e não fica sempre como nós, repetindo as suas queixas.  Ele nos retira da sepultura, isto é, da escuridão, do sufoco, das tormentas da nossa vida e nos cerca de carinho e compaixão. Por isso nós cantamos “Bendize, ó minha alma, ao Senhor!”

Evangelho – Mt 8, 18-22

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,18-22
Naquele tempo; 18Vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: 'Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás.' 20Jesus lhe respondeu: 'As raposas têm suas tocas
e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.' 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: 'Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai.'
22Mas Jesus lhe respondeu: 'Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos.' Palavra da Salvação.

Reflexão – “Jesus nos chama para a outra margem”
Assim como fez com Seus discípulos, Jesus nos chama para a outra margem do lago. Podemos então entender que a outra margem é o oposto do que estamos acostumados a viver; é o desalojamento, a desestruturação, situação de ruptura com os hábitos e os costumes. O mestre da lei era famoso, importante, estruturado e mesmo assim ousou dizer que seguiria Jesus aonde quer que Ele fosse.   Jesus, também, nos chama, mas não engana. Quem quiser segui-Lo terá que passar pelas dificuldades próprias da mentalidade evangélica. Não nos adianta somente querer seguir a Jesus com palavras e bons propósitos sem medir as consequências do que estamos pretendendo.  O seguimento de Cristo nos tira das nossas raízes e nos desestrutura, por isso, somos constrangidos (as) a renunciar à nossa existência pacata, medíocre e acomodada.    O discípulo que pediu a Jesus para ir primeiro sepultar o pai era alguém como nós que esperamos um tempo propício para nos desprender dos nossos apegos, dos nossos projetos das nossas pretensões. Mas Jesus também diz, para nós hoje: “segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”. Jesus nos chama para uma vida nova conformada aos Seus ensinamentos.  Seguir Jesus é viver conforme o Seu Evangelho, é viver o amor, é praticar o perdão, é não fazer questão por coisas que não têm valor diante de Deus. Por isso, não podemos nos acomodar esperando novas oportunidades. É tempo de amar e construir aqui na terra o reino dos céus, para que não sejamos também chamados de “mortos”. - Você também se propõe a seguir a Jesus aonde quer que Ele vá? - Qual a sua maior dificuldade para viver o Evangelho?- Você é uma pessoa muito apegada às pessoas da sua família e aos seus bens? - Você acha que tem que renunciar a alguma coisa para seguir Jesus?



quinta-feira, 27 de junho de 2019

"TU ÉS O MESSIAS, O FILHO DO DEUS VIVO!”- Olivia Coutinho



SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO.
Dia 30 de Junho de 2019

Evangelho de Mt16,13-19

Celebramos neste Domingo, a festa de São Pedro e São Paulo, dois homens, que chegaram a Jesus, por vias diferentes e que são chamados de “colunas da Igreja.” Pedro, por ter sido o primeiro líder da Igreja, e Paulo, por transformá-la numa Igreja Missionária, sendo o primeiro a propagar o Reino de Deus entre os pagãos.
Vindos de realidades completamente distintas, estes dois líderes, Pedro, um simples pescador, e Paulo, um Judeu culto de origem romana, deixaram-se conquistar por Jesus, se entregando por inteiros a serviço do Reino de Deus, e como o próprio Jesus, deram a vida pela causa deste Reino, sendo fieis ao evangelho até as últimas consequências. 
O evangelho que a liturgia desta solenidade nos convida a refletir, narra o momento em que Jesus confere a Pedro o primado da sua Igreja.
Ao longo do texto, vemos o caminho que  Jesus usou, para chegar a esta escolha. Primeiro, Ele faz uma pergunta aos discípulos: “Quem dizem as pessoas ser o Filho do homem? Para esta pergunta, surgiram várias respostas, afinal, é fácil responder em nome do outro, não compromete! Já, quando esta mesma pergunta, é voltada para os próprios discípulos, vem o silencio, de inicio, ninguém ousa responder, afinal, esta pergunta de Jesus, requer uma resposta pessoal, o que exige comprometimento.  Ninguém arrisca, a não ser Pedro, este,  foi o único que respondeu, e respondeu com firmeza: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.” Esta resposta de Pedro, agradou Jesus, pois Ele sabia, que esta sua afirmação, era fruto da sua convivência com Ele! Por esta profissão de fé, Jesus convoca Pedro para uma missão desafiadora: conduzir a sua Igreja! “Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja...”
Este episódio, alerta-nos,  sobre a responsabilidade de quem afirma conhecer Jesus, saber quem é Jesus é muito mais do que saber que Ele é Deus, afirmar que o conhece, implica em comprometimento com  sua causa, em dar testemunho Dele em qualquer circunstancia.
A narrativa chega até a nós, como um convite a  aprofundarmos no conhecimento a Jesus, sem conhecer Jesus, ficamos na superficialidade da fé, não vamos entrar na dinâmica do Reino e muito menos, compreender quê, para ganhar a vida, é preciso passar pela cruz, como Ele passou. 
Olhando para a escolha de Pedro, vemos que Jesus, não entregou a responsabilidade de conduzir a sua igreja, a um homem diplomado, visto com “grande” pela sociedade, mas a Pedro, um homem simples, frágil, sujeito a falhas, alguém que representa os homens de toda a história da Igreja: homens santos e pecadores! 
Antes de conferir a Pedro, esta missão tão importante, Jesus não questiona o seu passado, não lhe faz nenhuma exigência, a não ser, o seu compromisso de transformar o seu amor por Ele, em cuidado para com o que é de mais precioso para Deus: o povo.
Ao escolher Pedro para a liderança da sua Igreja, fica evidente a compreensão de Jesus para com a fragilidade humana, Pedro era um homem de temperamento extremamente forte, Jesus sabia, que mais tarde ele o negaria, mas mesmo assim, confia na sua fidelidade.
Como vemos; a escolha de quem conduziria a barca de Jesus, (Igreja) não caíra sobre um homem especial, e sim, sobre um homem comum, alguém dotado de virtudes e defeitos como qualquer um de nós. O que vem nos mostrar, o quão é grande a diferença entre os critérios humanos e os critérios de Deus, os homens escolhem pessoas capacitadas para cargos de lideranças, Deus, capacita os que Ele escolhe.
Com a volta de Jesus para o Pai, Pedro assume a liderança da igreja, uma Igreja fundamentada no amor de Jesus, conduzida pelo o seu Espírito. 
Sobre a liderança de Pedro, a Igreja começa a dar passos rumo a uma nova Jerusalém, tendo a grande colaboração de Paulo, que representa a igreja itinerante, uma Igreja que não se limita a quatro paredes, mas que vai ao encontro do povo...
"A missão da Igreja consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição de Jesus! Sua grande riqueza está na abertura a todos os povos e culturas!"
A Igreja é unidade, ela é guardiã e propagadora do amor do Pai, da fidelidade do Filho e do poder Santificador do Espírito Santo.
O amor a Jesus, é o fundamento de toda comunidade cristã, por tanto, numa comunidade, cujo centro é Jesus, um líder não se destaca pela  sua autoridade, e sim, pelo o seu amor a Jesus, transformado em serviço.
Pedro e Paulo, modelos de discípulos missionários com suas virtudes e fraquezas, mas sobre tudo, com o seu amor e fidelidade a Cristo e a sua Igreja.
Nesta solenidade, unamo-nos em oração pelo o nosso Pastor, o sucessor de Pedro, o represente legítimo de Jesus Cristo aqui na terra, o nosso tão querido Papa Francisco! Um servo de Deus que preserva dentro de si, o amor de Jesus, a firmeza de Pedro e a flexibilidade de Paulo.

São Pedro e São Paulo: rogai por nós.

UM FELIZ DOMINGO PARA TODOS!

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Acura do paralítico-Dehonianos


29 Junho 2019
Lectio
Primeira leitura: Génesis 18, 1-15
Naqueles dias, o Senhor apareceu a Abraão junto dos carvalhos de Mambré, quando ele estava sentado à porta da sua tenda, durante as horas quentes do dia. 2Abraão ergueu os olhos e viu três homens de pé em frente dele. Imediatamente correu da entrada da tenda ao seu encontro, prostrou-se por terra 3e disse: «Meu Senhor, se mereci o teu favor, peço-te que não passes adiante, sem parar em casa do teu servo. 4Permite que se traga um pouco de água para vos lavar os pés; e descansai debaixo desta árvore. 5Vou buscar um bocado de pão e, quando as vossas forças estiverem restauradas, prosseguireis o vosso caminho, pois não deve ser em vão que passastes junto do vosso servo.» Eles responderam: «Faz como disseste.» 6Abraão foi, sem perda de tempo, à tenda onde se encontrava Sara e disse-lhe: «Depressa, amassa já três medidas de flor de farinha e coze uns pães no borralho.» 7Correu ao rebanho, escolheu um vitelo dos mais tenros e gordos e entregou-o ao servo, que imediatamente o preparou. 8Tomou manteiga, leite e o vitelo já pronto e colocou-o diante deles. E ficou de pé junto dos estranhos, debaixo da árvore, enquanto eles comiam. 9Então, disseram-lhe: «Onde está Sara, tua mulher?» Ele respondeu: «Está aqui na tenda.» 10Um deles disse: «Passarei novamente pela tua casa dentro de um ano, nesta mesma época; e Sara, tua mulher, terá já um filho.» Ora, Sara estava a escutar à entrada da tenda, mesmo por trás dele. 11Abraão e Sara eram já velhos, de idade muito avançada, e Sara já não estava em idade de ter filhos. 12Sara riu-se consigo mesma e pensou: «Velha como estou, poderei ainda ter esta alegria, sendo também velho o meu senhor?» 13O Senhor disse a Abraão: «Porque está Sara a rir e a dizer: 'Será verdade que eu hei-de ter um filho, velha como estou?' 14Haverá alguma coisa que seja impossível para o Senhor? Dentro de um ano, nesta mesma época, voltarei à tua casa, e Sara terá já um filho.» 15Cheia de medo, Sara negou, dizendo: «Não me ri.» Mas Ele disse-lhe: «Não! Tu riste-te mesmo.»
No nosso texto fundem-se dois temas caros às literaturas extra-bíblicas: a visita de uma divindade e a promessa de um filho a um casal estéril (cf. Jz 13, 8ss.). O nascimento anunciado aparece como um dom pela hospitalidade gratuitamente oferecida aos três homens misteriosos que Abraão viu fora da sua tenda (v. 2). O mais difícil é definir a relação entre estas três figuras e Deus. Os intérpretes, judeus e cristãos, procuram compreender a razão pela qual o texto fala de «três homens» com os verbos, ora no plural, ora no singular, como se se tratasse de um só, isto é, de Deus. Para o narrador, os três homens são manifestação de Deus, que, lida em chave cristã, é uma velada antecipação do mistério trinitário.
Os versículos 1 a 8 apresentam Abraão como modelo de hospitalidade, preparando o tema dos versículos seguintes (9 a 16), centrado no riso de Sara por causa da promessa dum filho. A mulher revela a sua incredulidade perante uma promessa humanamente irrealizável, e torna-se figura de todo o crente, quando se vê confrontado com misterioso modo de agir de Deus: «Haverá alguma coisa que seja impossível para o Senhor?», perguntam os estranhos. O "sim" de Deus choca com a mentira da criatura, que tantas vezes não só não acredita, mas teme assumir a responsabilidade dos seus actos diante de Deus e, como criança, mente.
A narrativa começa com uma visita de Deus ao homem, procede com a mentira do mesmo homem, e termina com o riso argentino do pequeno Isaac, um ano depois. Deus mantém a sua fidelidade e sorri com a incredulidade do homem.
Evangelho: Mateus 8, 5-17
Naquele tempo, 5entrando Jesus em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos: 6«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.» 7Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» 8Respondeu-lhe o centurião:«Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. 9Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: 'Vai', e ele vai; a outro: 'Vem', e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto', e ele faz.» 10Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! 11Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, 12ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.» 13Disse, então, Jesus ao centurião: «Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado. 14Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito com febre. 15Tocou-lhe na mão, e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo. 16Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos; e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes, 17para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.
Este milagre, narrado por Mateus, também se encontra em Lucas e em João, com algumas diferenças. Enquanto Mateus fala da cura de um filho-servo (pais), Lucas da cura de um servo (dûlos) e João da cura de um filho (hyiós). Na realidade trata-se de um prodígio onde confluem o poder taumatúrgico de Cristo, que actua de modo imediato («naquela mesma hora»), mesmo à distância, e a fé do centurião elogiada pelo Mestre. Esta situação oferece a Cristo ocasião para estigmatizar a falta de fé dos seus conterrâneos e descrever as tristes consequências da mesma. As expressões «choro e ranger de dentes» são idiomáticas, indicando a enorme desespero daqueles que, no castigo, reconhecem as suas culpas. A cena do centurião é como que um prelúdio da missão ou anúncio do Evangelho aos pagãos.
Jesus detém-se em Cafarnaúm, na casa de Pedro, cuja sogra estava doente com febre. E Jesus toma a iniciativa de a curar, - caso único em Mateus -, tocando-lhe, como fizera com o leproso. Uma vez curada, a mulher põe-se a servir, tornando-se a primeira «diaconisa» da história cristã.
Os últimos versículos sintetizam a obra de Cristo em favor dos endemoninhados e dos doentes. Mateus aproveita para fazer uma releitura de Is 53, 4: enquanto o profeta fala de sofrimentos e dores, o evangelista fala de enfermidades e doenças. Trata-se de uma expiação libertadora, fruto da solidariedade de Cristo com os homens.
Meditatio
A primeira leitura mostra-nos como Deus tem em conta a hospitalidade. Abraão dá-nos uma boa lição da disponibilidade e generosidade com que deve ser praticada. «Durante as horas
quentes do dia», repousava tranquilo à porta da tenda. Mas não se importou de ser incomodado pelos três misteriosos hóspedes que se aproximam: «Imediatamente correu da entrada da tenda ao seu encontro, prostrou-se por terra» (v. 2), pedindo-lhes que se detivessem em sua casa e comessem «um bocado de pão» (v. 5). Mais tarde, será o próprio Deus a oferecer aos homens o Pão descido do céu. Depois de lhes ter lavado os pés, tal como Jesus fará um dia aos Apóstolos, Abraão ordena a Sara, sua esposa, que prepare uma generosa refeição com o vitelo que, ele mesmo, vai buscar à manada. Assim fará o pai misericordioso ao ver regressar o filho pródigo. Abraão convida os seus hóspedes a repousar à sombra da árvore. Deus far-nos-á repousar à sombra da Cruz. A hospitalidade do Patriarca é solícita, modesta e generosa. A narrativa acaba por nos dizer que Abraão hospeda e alimenta o próprio Deus, que, antes de partir, lhe recompensa a generosidade com a promessa de um filho. Sara ri-se de tal promessa: tanto ela como o marido eram de avançada idade. Mas, um ano depois, ouvir-se o riso estridente do pequeno Isaac, filho do riso. Isaac, por sua vez, é figura de Jesus, nascido da Virgem Maria. Sobre Ele pesarão os pecados da humanidade. Maltratado, sofrerá sozinho o escárnio. Morto e ressuscitado, a todos salva: «Haverá alguma coisa que seja impossível para o Senhor» (v. 14).
O autor da Carta aos Hebreus exorta os cristãos a não esquecerem a hospitalidade: «pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos» (13, 2). São Bento, com grande concisão, escreve na sua Regra: «Vem um hóspede, vem Cristo». Acolher os outros dá-nos a certeza de receber ao próprio Cristo: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40). O melhor modo de acolher a Cristo é acolhê-lo como Ele quer ser acolhido. Marta afadigou-se para receber bem a Jesus. Mas a sua irmã, Maria, acolheu-O como Ele queria ser acolhido: «Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada», diz Jesus (Lc 10, 42). Mas há um modo ainda mais profundo de acolher a Cristo, que consiste em acolher na nossa própria carne os seus sofrimentos, em favor da Igreja, para completar a sua obra redentora: «alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja», escreve Paulo (Cl 1, 24). Não se trata, de evidentemente, de completar os sofrimentos expiatórios de Cristo, que já estão completos. Mas o Apóstolo vive as suas tribulações apostólicas, como Cristo, por primeiro, as experimentou. Em Cristo, Paulo, e todo o que quer ser apóstolo, particularmente o que é chamado a ser Oblato-Sacerdote do Coração de Jesus, tem o seu lugar na cruz, ao lado do seu Senhor e Salvador, em favor do Corpo místico de Cristo.
Oratio
Pai santo, acolhe o nosso hino de bênção e de louvor no começo deste dia. Escondeste-nos o dia e a hora, em que Jesus Cristo, teu Filho, Senhor e Juiz da história, aparecerá nas nuvens do céu revestido de poder e majestade. Mas sabemos que Ele vem ao nosso encontro em cada homem e em cada tempo, para que O recebamos na fé e na caridade e demos testemunho da gloriosa esperança do seu Reino. Por isso, novamente nos disponibilizamos para nos unirmos à sua oblação no serviço generoso para com todos, especialmente para com os pequenos e os que sofrem. Amen.
Contemplatio
Santa Gertrudes, ao meditar sobre a hospitalidade oferecida a Jesus por Marta e por Maria em Betânia, estava toda inflamada por também receber Jesus. Beijava a chaga do lado de Jesus sobre o seu crucifixo e suplicava ao Sagrado Coração, pelo desejo que tinha de ir ter com os seus amigos de Betânia, de se dignar descer à pobre hospedaria do seu indigníssimo coração. O Senhor, cheio de bondade, que gosta de escutar aqueles que o invocam, favoreceu-a com a sua presença e disse-lhe esta palavra doce e atractiva: «Aqui estou, que é que me vais dar?» - Pobre de mim, Senhor, disse ela, não preparei nada que seja digno da vossa magnificência, e peço-vos que sejais vós mesmo a preparar em mim o que possa agradar à vossa divina bondade». - «Neste caso, diz o Senhor, dá-me a chave da tua alma para me permitir tomar e substituir tudo o que me convier, tanto para estar a meu gosto como para me repousar». - «E qual é esta chave?», disse ela. - «A tua vontade própria», diz Jesus Cristo. Ela compreendeu que se alguém tiver que dar hospitalidade a Nosso Senhor, é preciso que lhe entregue a chave da própria vontade, que se abandone plenamente ao seu beneplácito, e que espere com plena confiança na sua bondade que em todas as coisas ele operará a nossa salvação. (Leão Dehon, OSP4, p. 446).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Não vos esqueçais da hospitalidade» (Heb 13, 2).

Fazer a vontade do Pai-Dehonianos


27 Junho 2019
Lectio
Primeira leitura: Génesis 16, 1-12.15-16
1Sarai, mulher de Abrão, que não lhe dera filhos, tinha uma escrava egípcia, chamada Agar. 2Sarai disse a Abrão: «Visto que o Senhor me tornou uma estéril, peço-te que vás ter com a minha escrava. Talvez, por ela, eu consiga ter filhos.» Abrão aceitou a proposta de Sarai. 3Então, Sarai, mulher de Abrão, tomou Agar, sua escrava egípcia, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, depois de Abrão ter vivido dez anos na terra de Canaã. 4Ele abeirou-se de Agar, e ela concebeu. E, reconhecendo-se grávida, começou a olhar desdenhosamente para a sua senhora. 5Sarai disse a Abrão: «Recaia sobre ti a vergonha que sofro por tua causa. Fui eu que entreguei a minha escrava nos teus braços e, agora que sabe ter concebido, despreza-me. Que o Senhor julgue aos dois, a ti e a mim!» 6Abrão respondeu-lhe: «A tua escrava está sob o teu domínio; faz dela o que te aprouver.» Então, Sarai tratou-a mal e humilhou-a, e Agar fugiu da sua presença. 7O mensageiro do Senhor encontrou-a junto de uma fonte no deserto, a caminho de Chur. 8Ele disse-lhe: «Agar, escrava de Sarai, de onde vens tu? E para onde vais?» Ela respondeu-lhe: «Fujo de Sarai, a minha senhora.» 9O mensageiro do Senhor disse-lhe: «Volta para a casa dela e humilha-te diante da tua senhora.» 10O mensageiro do Senhor acrescentou: «Multiplicarei a tua descendência, e será tão numerosa que ninguém a poderá contar.» 11O mensageiro do Senhor disse-lhe ainda: «Estás grávida e vais ter um filho, e dar-lhe-ás o nome de Ismael, porque o Senhor escutou a voz da tua angústia. 12Ele será como um cavalo selvagem entre os homens; a sua mão erguer-se-á contra todos, a mão de todos erguer-se-á contra ele, e colocará a sua tenda em frente de todos os seus irmãos.» 15Agar teve um filho de Abrão; este pôs o nome de Ismael ao seu filho dado à luz por Agar. 16Abrão tinha oitenta e seis anos quando Agar lhe deu Ismael.
Inquieta com a demora na realização da promessa de uma numerosa descendência, Sara, mulher estéril de Abraão, convence o marido a ter um filho da escrava egípcia Agar. O código de Hammurabi previa esse caso. Humanamente nada havia a opor a tal procedimento. Mas o autor sagrado não está de acordo, e denuncia o excessivo zelo de Sara em ver realizada a promessa de Deus ao seu marido. Deus vai, de facto, realizá-la, sem recorrer a estratégias ou a aldrabices humanas.
Agar, na sua nova situação, manifesta orgulho e despreza Sara. Mas esta maltrata-a até a fazer fugir da sua casa. O Anjo do Senhor encontra-a no deserto e convida-a a regressar e a humilhar-se diante de Sara. Entretanto dá nome ao que está para nascer. Chamar-se-á Ismael, porque será um indómito habitante do deserto. Deus, embora protegendo Ismael, não o considerará filho da promessa.
Deus pede ao homem uma fé absoluta na sua palavra, que há-de realizar-se no tempo fixado (cf. 21, 2). É preciso, não só acreditar em Deus, mas também aceitar as modalidades que Ele mesmo fixa para a realização das suas promessas.
Evangelho: Mateus 7, 21-29
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21«Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu. 22Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizámos, em teu nome que expulsámos os demónios e em teu nome que fizemos muitos milagres?' 23E, então, dir-lhes-ei: 'Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.'» 24«Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. 26Porém, todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína.» 28Quando Jesus acabou de falar, a multidão ficou vivamente impressionada com os seus ensinamentos, 29porque Ele ensinava-os como quem possui autoridade e não como os doutores da Lei.
Ao concluir o Sermão da Montanha, Jesus previne contra a presunção de se salvar apenas pela invocação do nome divino, ou em virtude de acções carismáticas, sem as acompanhar com uma vida coerente, com a prática da caridade, ainda que sejam expressão da própria fé. Não se pode ficar pelo «dizer»; há que «fazer». Notemos também que a referência, no juízo final, será sempre Cristo: «me dirão», «minhas palavras» (cf. Mt 25). Também é significativa a acentuação de «muitos»: «muitos me dirão...». «Então, dir-lhes-ei»: no texto original, lê-se: «Então declararei», numa clara alusão ao «dia do Senhor», ao dia do juízo. Quando Cristo declara que não conhece (como na parábola das virgens insensatas: Mt 25, 12) tais «tais praticantes da iniquidade» (cf. Mt 13, 14; 24, 12), onde encontramos o mesmo termo), utiliza a fórmula judaica de excomunhão do mestre, que implicava uma suspensão temporária do discípulo.
O Sermão da Montanha repõe o esquema de bênçãos e maldições diante das quais era colocado o povo da Aliança (Lv 26, Dt 28) e termina com a expressão «e grande foi a sua ruína» (Mt 7, 27), que contrasta com as palavras de abertura: «Felizes...» (Mt 5, 2ss.). Notemos também o paralelismo escondido nas palavras «rocha» (Cristo) e «casa» (Igreja).
Finalmente, Cristo fala de duas maneiras de escutar a Palavra: de modo superficial e descomprometido, ou de modo atento e eficaz. Fala também das consequências de escutar de um ou de outro modo.
Meditatio
Acreditar em Deus, confiar pacientemente na realização das suas promessas, como e quando quiser, e cumprir a sua vontade, são atitudes básicas exigidas pelo Senhor ao verdadeiro crente. Jesus, no evangelho de hoje, revela idênticas exigências: «Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor' entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu» (v. 21). Todo o Sermão da Montanha é um forte convite ao cumprimento da vontade de Deus, com pureza, generosidade e perfeição. Mas nada disto é possível à nossa fragilidade humana. Por isso, o próprio Jesus nos dá o meio e a força necessários. O meio é a sua palavra: «Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente» (v. 24). A palavra de Jesus faz-nos conhecer a vontade do Pai. Se escutarmos as palavras de Jesus, estaremos mergulhados na vontade
do Pai e, «nesse dia», Ele irá reconhecer-nos como benditos do seu Pai. A força também nos é oferecida por Jesus, que nos dá um coração novo, o seu próprio coração, o seu coração obediente para realizarmos a vontade do Pai, ainda sobre nós se abatam a chuva, o vento, as ondas das provações e das adversidades, porque estaremos fundados na rocha. Com Deus em nós, temos a sua força, a sua alegria, já estamos no paraíso.
Não devemos, pois, querer forçar os tempos, nem perder-nos em belas palavras que nos iludam ou possam iludir os outros. Jesus crucificado põe-se silenciosamente diante de nós para nos lembrar que não podemos fazer batota. Não podemos sequer recorrer a astúcias ou procurar atalhos. O projecto é dele, o tempo é dele, as modalidades são dele. Compete-nos apenas reconhecer com humildade a sua santidade e o seu amor com que «nos escolheu em Cristo, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis na sua presença, no amor» (Ef 1, 4).
Como amigos de Deus conhecemos a lei da amizade: os amigos têm o mesmo querer e o mesmo não querer. Aceitar amorosamente a vontade de Deus na nossa vida, através das mediações que põe no nosso caminho, é cultivar a amizade com Deus, é praticar a obediência como virtude do abandono de amor filial nos Seus braços. Tal como a castidade e a pobreza, a obediência dehoniana «estimula-nos a viver na confiança e na gratuidade do amor» (Cst 46; cf. nn. 24.68), num «um amor sem reservas» (Cst 41). Na obediência, realizamos o nosso carisma que nos leva a viver «como o único necessário, uma vida de união à oblação de Cristo» (Cst 26). Em cada acto de obediência, vivemos aquele «Ecce venio» (Heb 10, 7) que «define a atitude fundamental da nossa vida. Faz da nossa obediência um acto de oblação; configura a nossa existência com a de Cristo, pela redenção do mundo e para Glória do Pai» (Cst 58).
Oratio
Pai santo, glorifica o teu Filho elevado na cruz, para que Te glorifique também a Ti. Ele tudo realizou em amorosa obediência; agora, que foi erguido da terra, torna-O coração do mundo e glória da criação. Baptiza a nossa humanidade na água e no sangue que brotam do seu Lado aberto; fere de amor o nosso coração para que, também em nós, se cumpra o mistério da transfixão. Aceita a nossa oferta e consuma o nosso sacrifício no serviço do teu reino e dos irmãos; Que jamais se esgote a torrente de amor que jorra do Coração do teu Filho, e todos os povos possam beber com alegria das fontes da salvação. Amen.
Contemplatio
O dedo de Deus está bem marcado no estabelecimento da Religião cristã em Roma e na sua conservação há dezanove séculos. No seu estabelecimento, porque Deus se serviu de um pobre pescador galileu estranho às ciências profanas, sem recursos e sem apoios temporais para impor o jugo do Evangelho aos espíritos mais orgulhosos que jamais existiram, aos patrícios da velha Roma todos cheios de si mesmos, orgulhosos das suas riquezas e dados à sensualidade e ao prazer. Na sua conservação, porque nem as torrentes de sangue que os tiranos fizeram correr no circo e no coliseu, nem os assaltos da heresia tão frequentemente repetidos, nem o furor nem a corrupção dos homens nem as potências dos infernos conseguiram abalar esta pedra, centro e fundamento da Religião católica. Renovemos a nossa devoção e a nossa confiança para com a Igreja romana. Sejamos dóceis a todos os seus ensinamentos, a todas as suas direcções. Amemo-la, veneremo-la tanto mais quanto mais ela for atacada e combatida. Rezemos pelo Soberano Pontífice e pela Igreja. (Leão Dehon, OSP3, p. 69s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«O homem sábio constrói a sua casa sobre a rocha» (Mt 7, 24).


“AFASTAI-VOS DE MIM, VÓS QUE PRATICAIS O MAL.” - Olivia Coutinho



Dia 27 de Junho de 2019

Evangelho de Mt7,21-29

A palavra de Deus nos aquieta e ao mesmo tempo nos inquieta, nos aquieta, porque ela nos traz a certeza de que temos um Pai que nos ama, seu Filho que cuida de nós e seu o Espírito que nos guia. E ela nos inquieta, porque ao conhecê-la, passamos a ter  vontade  de levá-la ao outro!
O coração de quem acolhe a palavra de Deus com compromisso e fidelidade, é como um vulcão em constante erupção, é um coração que pulsa forte, que está sempre em movimento. 
Ouvir os ensinamentos de Jesus, não corresponde apenas na nossa audição física, sem entrar no nosso coração, os seus ensinamentos caem  no vazio, não ganha vida em nós, portanto, não produzirão frutos. 
Para que a palavra de Deus frutifique no mundo, através de nós, precisamos, primeiro, acolhê-la, deixar que ela fecunde o nosso coração e chegue ao outro através das nossas atitudes.
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, chega até a nós, como um convite a construirmos a nossa vida alicerçada nos valores do evangelho!
“Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos céus, mas o que põe em pratica a vontade de meu Pai que estás nos céus”. Com estas palavras, Jesus nos alerta sobre a importância de realizarmos a vontade de Deus!
De nada adianta, erguermos as nossas mãos para louvar o Senhor, se não estamos dispostos a abaixá-las para erguer o nosso irmão que está no chão!
Não são com palavras bonitas que vamos agradar a Deus e sim, fazendo a sua vontade e a sua vontade, é que todos nós vivamos no amor!
As palavras que dirigimos a Deus, só chegarão a Ele, se houver coerência entre o que falamos e o que vivemos do contrário, elas não passam de palavras vazias, sem consistência, pois não partem do coração.
Construir uma casa segura, é alicerçar a nossa vida nos valores irrenunciáveis do evangelho. Se alicerçados nestes valores, com certeza, nada e ninguém conseguirá nos derrubar, pois a nossa sustentação estará em Jesus que é o nosso porto seguro.
Mais do que admiradores da palavra de Deus, precisamos colocá-las em prática, dar vida a elas com as nossas atitudes do dia a dia.


FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olivia Coutinho
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