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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

"CRUZ: A VITÓRIA DO AMOR!" – Diac. José da Cruz



EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ – 14/09/2012
1ª Leitura Números 21, 4b – 9
Salmo  77 (78) , 7 “Aprendam a por em Deus sua esperança e não esqueçam sua divina obra”
2ª Leitura Felipenses 2, 6-11
Evangelho João 3, 13 - 17

                                  "CRUZ: A VITÓRIA DO AMOR!" – Diac. José da Cruz
Afirmar, antes do século IV, que Jesus foi um vencedor na cruz do calvário, era passar-se por ridículo, fazer zombaria com a desgraça e a tragédia que se abateu sobre o Nazareno. Na própria comunidade cristã, o uso da cruz como símbolo cristão, só viria após esse período. Falar de alguém que morreu numa cruz, ser seguidor de suas idéias e ensinamentos, era empreender uma caminhada incerta que poderia terminar em fracasso, pois antes da conversão do imperador Constantino, o Cristianismo era considerado uma seita.
Há uma linha crescente no evento Jesus de Nazaré, que começa com o seu batismo, prolongando-se nos grandes prodígios que realizou inclusive a ressurreição de mortos, que atinge o seu ápice quando o povo vê nele os sinais messiânicos aclamando-o como rei na subida para Jerusalém, cuja entrada triunfal era a concretização do ideal de libertação, sonhado e alimentado no coração do povo. Entretanto, esse evento marcou na verdade o início de uma tragédia, que iria culminar com a morte humilhante e vergonhosa na cruz do calvário.
A cruz foi assim, até o século IV o símbolo do fracasso e da vergonha, porém, no evento pós- pascal, os seguidores de Jesus, os discípulos e todos os que professavam nele a sua fé, são convidados agora a olhar para o lenho da cruz com um olhar diferente, iluminado pela glória da ressurreição.
Um olhar que transcende o próprio objeto, enxergando no crucificado a concretização do projeto de Deus, seria, portanto o ápice da glória do Filho do Homem, o momento da sua morte na cruz, ilumina a existência humana dando-lhe um novo sentido e mostrando a vocação do homem, criado a imagem e semelhança de Deus, à plenitude do amor.
Os que rejeitavam Jesus, sua pessoa e seu anúncio revolucionário, ao ser levantada a cruz no alto do Gólgota, enxergaram apenas um homem agonizante, um derrotado que o poder Imperial e Religioso fez calar a boca, o poder religioso tinha boas razões para querer acabar definitivamente com Jesus, ele ousara falar de uma salvação que não passava pelos padrões religiosos do Povo de Israel, e isso era imperdoável.
Entretanto, aquela cruz, sinal de aparente fracasso, torna-se a maior e mais explícita declaração de amor de Deus pela humanidade, e nesse caso, o homem olhando para o crucificado, sentindo-se tocado em seu íntimo por um tão grande amor, reconhecerá em Jesus, esmagado na cruz, a glória de um amor nunca antes conhecido por nenhum homem, nesse sentido, deve-se olhar para a cruz com o coração.
Contrariando o princípio imperialista da desigualdade social, que facilita a classe dominante, o cristianismo se fundamenta na igualdade e justiça social, a partir da liberdade. Nesse sentido o Deus dos Cristãos é o Deus Libertador, que assim manifestou-se no fato histórico do Povo Hebreu no Êxodo do Egito, uma prefiguração da libertação plena do mal do pecado, que Jesus, o novo Moisés realizou.
Confiança e fidelidade na ação Divina a favor do povo oprimido e explorado é o que as leituras desse domingo nos pedem, os deuses de ontem e de hoje, apesar de muito sedutores, conduzem o povo à morte, como as serpentes do deserto. Há um só Deus Criador, Redentor, Libertador, que pode salvar o homem: é Jesus, o Filho de Deus, encarnado na história do homem. A salvação e a libertação está disponível à todo homem que crer nele.
Olhar para a cruz com um olhar de esperança e fé, é um grande desafio, porque os olhos da carne vislumbram apenas um homem derrotado, esmagado, destruído pelo poder do mal, mas o olhar de fé sabe vislumbrar, além do fracasso a glória que envolveu Jesus, no preciso momento em que o Pai foi glorificado, porque seu amor, presente no mistério, oculto desde toda a eternidade, agora se torna visível, sendo impossível não crer nesse amor, pois como afirma João – Deus é amor e somente um amor grandioso como o de Jesus, foi capaz de tão grande sacrifício, a favor dos homens, transformando o fracasso da cruz na maior de todas as vitórias sobre o mal, de maneira definitiva. (Exaltação da Santa Cruz Jô 3, 13-17)

“AMAR OS INIMIGOS!” – Diac. José da Cruz



QUINTA FEIRA DA 23ª SEMANA DO TC 13/09/2012
              1ª Leitura 1 Cor 8, 1b – 7. 11 – 13
               Salmo  138 (139) , 24 b “Conduzi-me pelo caminho da eternidade      ó Senhor”     

                “AMAR OS INIMIGOS!” – Diac. José da Cruz
Este é um evangelho daqueles bem desconcertantes, porque em tempo em que se cometem crimes horrendos que chocam a opinião pública, praticados por bandidos cruéis, há no coração do povo um sentimento de vingança. Um pouco pela própria natureza humana, que diante de uma agressão pensa na vingança como forma de punir o agressor, mas este sentimento é também calcado no coração das pessoas pela mídia sensacionalista que mistura indignação, ódio e vingança, enfiando tudo goela abaixo do povo que a toma como uma verdade absoluta sendo que a proposta é sempre a mesma: eliminar a árvore, porém sem mexer em sua raiz, eliminar o efeito sem se preocupar com a causa.
“Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam” Para muitos cristãos este evangelho é difícil de ser praticado e então o empurram para baixo do tapete, como fazemos com aquela “sujeirinha” inoportuna, quando não queremos fazer uma faxina pra valer em nossa casa. Primeiramente é bom que se esclareça algo muito importante: Jesus não fez esse ensinamento a toda multidão, mas apenas aos que o ouviam, isto é, aos seus discípulos, os mesmos para os quais já havia dito no sermão da planície, a frase revolucionária “Feliz os pobres porque deles é o Reino de Deus”.
Mas afinal de contas quem é o nosso inimigo? É todo que nos faz ou nos deseja algum tipo de mal, de pequenas ou de grandes proporções. A inimizade existe em todo lugar, escola, trabalho, família, vizinhança, esporte, e até em lugar onde ela nunca deveria existir: na comunidade, entre ministros, agentes pastorais, dirigentes, coordenadores e obreiros. Diante desse evangelho, imediatamente pensamos nas situações críticas da sociedade onde assistimos a confronto de classes, chacinas, extermínios, atos de violência explícita no confronto entre nações. Então um sentimento de impotência nos domina e achamos que nada há para se fazer a não ser rezar.
Mas a coisa mais importante que devemos fazer, de maneira bem prática, é olharmos mais perto, para o nosso quotidiano onde nos relacionamos com as pessoas. Que sentimentos alimentamos, com nossos gestos, palavras e atitudes? A quem devemos ouvir e dar razão: ao mundo que propõe a vingança e o extermínio de quem pratica o mal, ou ao evangelho de Cristo, que nos ensina o amor, o perdão e a misericórdia?
Jesus não condena uma pessoa que quer justiça e vingança contra alguém que lhe fez mal. Esta é uma reação humana, perfeitamente compreensível e natural, de acordo até com um ensinamento bíblico do Antigo Testamento, de que se deve fazer o bem a quem nos faz o bem, e o mal a quem nos deseja o mal, é a lei do talião, olho por olho e dente por dente, fato que acontece com o melhor e mais santo dos cristãos. Somos homens desta terra, descendentes e Adão e irmão de Caim, que cometeu o primeiro crime da história ao matar seu próprio irmão Abel por ciúmes e inveja.
Porém, lembra-nos o apóstolo Paulo na segunda leitura, o Espírito vivificante nos transformou em Homens celestiais a partir da graça que Jesus nos concedeu, dom imerecido que nos santifica e nos configura ao próprio Cristo, portanto capacitados para viver na relação com o próximo, aquele único e verdadeiro amor com o qual Deus nos ama em seu Filho Jesus.
A proposta desse jeito novo de se relacionar é apenas para os discípulos do Senhor que hoje são todos os que crêem e são batizados, vivendo em comunidade com os irmãos e irmãs. É aí que devemos trabalhar no sentido de superarmos na graça de Deus, qualquer sentimento de ódio, mágoa ou vingança, contra alguém que nos fez o mal.
Da comunidade vamos para a família e desta para o nosso ambiente de trabalho, é isso que Jesus pede de nós nesse evangelho, pois somente nos exercitando no amor, na misericórdia e no perdão, com as pessoas com quem convivemos, é que teremos a coragem de anunciar o evangelho falando o contrário do que o mundo nos ensina.
Somente assim estaremos sendo Filhos do Altíssimo, imagem e semelhança do Pai de Misericórdia que em Jesus nos ama, jamais nos tratando segundo as nossas faltas. Na próxima quarta feira terá início mais uma quaresma, tempo oportuno para reconhecermos que somos imperfeitos, ainda uma imagem muito distorcida de Deus que é todo perfeição e santidade. Dado este primeiro passo, a graça transbordante do Senhor, em um processo dinâmico de conversão, nos configurará a Cristo, imagem perfeita do Amor de Deus vivido com os irmãos.

“Os Bem Aventurados” – Diac. José da Cruz



QUARTA FEIRA DA 23ª SEMANA DO TC – 12/09/2012
1ª Leitura  1 Cor 7, 25-31
Salmo 44 (45) 11 a “Ouve, Filha, vê e presta atenção”
Evangelho Lucas 6, 20 – 26

“Os Bem Aventurados” – Diac. José da Cruz

Quem é rico e quem é pobre diante de Deus? Certamente que essa pobreza e essa riqueza citada no evangelho., não é a simples posse ou não, de bens materiais. O que Lucas coloca como eixo temático desse evangelho é a nossa relação com Deus e a nossa relação com os bens materiais. Em nossas comunidades há pobres egoístas, mas há também ricos generosos. Se alguém é pobre no sentido material, mas se apega egoisticamente ao pouco que tem, nesse evangelho ele é considerado rico.
Que Deus está acima de qualquer riqueza, disso não deve haver a menor dúvida para nós cristãos, mas há um porém, a nossa conduta e o nosso procedimento, muitas vezes não condiz com essa verdade na qual cremos. Isso porque, o capitalismo nos apresenta outra verdade, só é feliz quem TEM patrimônio e uma gorda conta bancária. A riqueza está sempre de mãos dadas com o Poder, o prestígio e o sucesso, e nessa condição de todo poderoso, o homem começa a sentir coceira de poder fazer tudo e o que quiser, ocupando então o lugar que é de Deus, é esse o grande problema pois diante de Deus, seremos eternamente necessitados e dependentes, sejamos ricos ou pobres no sentido material, pois a posse de bens materiais cria no coração e na mente do homem a ilusão de um Poder que vai além....É por isso que o Ser humano comete tantas atrocidades, porque acha que tudo pode.
Os Bem Aventurados citados por Jesus são os que souberam fazer a escolha certa, anseiam por um mundo melhor onde o Homem possa ser feliz por aquilo que ele é, não pelo que tem. ser pobre nesse sentido é colocar somente em Deus toda confiança, haverá fome e choro, porque o Reino desejado no fundo da alma ainda está em gestação, já chegou com Jesus, mas terá que ser construído no dia a dia.
Os Bem Aventurados devem sempre estar preparados para o confronto, pois tudo o que contraria a Felicidade terrena, ditada pela Pós Modernidade, será repelido, rejeitado e até perseguido. Ser discípulo é navegar continuamente contra a correnteza....O prazer e a alegria será muito maior....

“A alegria de ser convocado...” – Diac. José da Cruz



TERÇA FEIRA DA 23ª SEMANA DO TC – 11/09/2012

                 1ª Leitura 1 Cor 6, 1-11
   
                  Salmo 149, 4 a “O Senhor ama o seu Povo”

                  Evangelho  Lucas 6, 12-19

 “A alegria de ser convocado...” – Diac. José da Cruz

Nos meus tempos de menino, como todo garoto tínhamos um campinho de futebol no final da rua, onde travávamos verdadeiras batalhas campais correndo atrás de uma bola. Eu gostava de atuar de goleiro, posição não tão disputada e então sempre tinha um lugar garantido quando íamos iniciar a partida e dois escolhiam os times. Mas com o tempo surgiu outro goleiro e daí na hora da escolha eu ficava com o coração na mão, não sabendo se seria escolhido ou não.
Neste evangelho Jesus convoca o time que terá a missão de evangelizar e a seleção é feita entre os seus discípulos, ganhando os escolhidos o nome de apóstolos. Judas Iscariotes estava entre os escolhidos, porque Jesus não chama só os bons, mas sim os que querem comprometer-se com o seu projeto da construção do novo reino. Todo homem chamado por Deus para viver a vocação do amor, esse chamado é natural e está no próprio dom da vida, entretanto, alguns, o Senhor escolhe para serem os seus colaboradores, estes têm uma responsabilidade maior, os cristãos batizados são assim convocados para serem os anunciadores desse Reino Novo, é preciso vestir a camisa, ir a campo para o combate.
Aos escolhidos Deus dá uma força que não vem do humano mas do Divino, antes da escolha, Jesus estava em oração, isso significa dizer que aquela mesma força libertadora, que saia de Jesus e aliviava as pessoas de seus males, está também presente em cada discípulo. Vivemos em uma sociedade marcada por uma multidão de pessoas que não são livres, a alienação de certas ideologias vem contaminando o coração de muitos, e nesse caso, o anúncio cristão de Jesus e seu evangelho, é a única saída para tantas opressões. Entretanto, essa ação libertadora por excelência, depende de nós...

Para se fazer o Bem, não há dia nem hora... – Diac. José da Cruz



SEGUNDA FEIRA DA 23ª  SEMANA DO TC 10/09/2012
1ª Leitura 1 Cor 5, 1-8
Salmo 5,9 “Conduzi-me pelas sendas da justiça” – Diac. José da Cruz
Evangelho Lucas 6, 6-11


Para se fazer o Bem, não há dia nem hora... – Diac. José da Cruz

No Preceito Sabático o Judeu fazia memória da ação libertadora que Deus havia realizado a favor do povo, através de Moisés. O que está, portanto no centro dessa ação Divina, é justamente a Vida enquanto dom Divino, e que tem a sua Dignidade. Jesus é o Libertador por Excelência, e a libertação por ele oferecida abrange todo homem. Nenhuma Lei ou norma, mesmo de caráter religioso, deverá impedir qualquer ação a favor da Vida.
Os escribas e Fariseus, obcecados pela idéia de condenar Jesus, só conseguem olhar o aspecto legal do Preceito Sabático, sem darem a mínima para o seu conteúdo e significado. Se de fato tivessem a consciência do ato libertador de Deus, o teriam reconhecido em Jesus, e longe de censurá-lo pela quebra da lei sabática, louvariam a Deus pela cura, sinal visível da ação libertadora de Deus a favor do homem.
Para nós cristãos, o Dia do Senhor é o domingo, que invadido pelo espírito consumista, vai perdendo totalmente o seu sentido, mesmo entre os cristãos, pois outros deuses são glorificados, os grandes shoppings e Magazines, tornam-se templos de luxo e de consumismo,
No futebol ou nos programas de auditórios, muitos ídolos recebem as honras e tributos dos seus fãs, e Jesus Cristo, nosso Deus e Salvador, que espaço tem ele em nosso domingo? Será que não nos tornamos também ritualistas, de uma celebração formal, onde muitas vezes não passamos de meros assistentes?
Ao curar o homem de mão seca, e o colocá-lo no centro da assembléia, Jesus está nos ensinando que na comunidade a nossa comunhão tem que ter como referência central a Vida do outro, pois só assim a comunhão com Deus será completa. As pessoas são mais importantes do que qualquer norma ou regra...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

“A multiplicação dos talentos” - Claudinei M. Oliveira.



Sábado, 01  de Setembro  de 2012.
Evangelho: Mt  25,14-30

            Todo cristão deve trabalhar para construir o reino dos céus na significância da plenitude. Para tanto, Deus deixou talentos importantes para multiplicar  nas ações do cotidiano, pois  o homem não pode esquecer ou não querer trabalhar para que a vivacidade cresça no seio da sociedade. Assim, todo instante o reino deve ser renovado para que os filhos de Deus possam gozar das eternas alegrias.
            Mas afinal quais são  os talentos que Deus deixou para cada um?  Como posso saber que tenho talento para ser multiplicado?
            Os talentos que temos são  os discernimentos para a graça de Deus. O homem deve ter atitude de transformar o meio social em que vive para melhor atender as reivindicações do povo. Se a comunidade está passando por dificuldades com os serviços públicos, ou seja, falta água tratada, iluminação, pavimentação, creche, posto de saúde,  escola, diante da falta de serviço essencial,  cabe ao homem discernir para que a solução aconteça. A comunidade deve organizar, elaborar projetos, cobrar dos órgãos competentes meios cabíveis para dar  cabo da situação delicada. Podemos chamar esta atitude de discernimento dos talentos, ou seja, não calar-se diante de algo tão importante para resolver.
            Talentos também são atitudes críticas com ações para que os meandros do aparelho do Estado atendam o necessário para a população. A sociedade organizada tem um papel fundamental  para acolher cada um de seus membros. Todos são responsáveis pelo Todo. Não pode um grupo dentro da sociedade constituída, atender somente seus privilégios, massacrar a maioria, retirar o direito a vida de muitos, não se preocupar com a população mais carente. Desse modo o talento oferecido por Deus foi esquecido ou enterrado para não desaparecer.
            Os homens que multiplicaram os talentos mostraram-se perspicácia quanto aos dons recebidos.  Não  acovardaram-se diante do compromisso. Souberam com maestria cultuar as graças recebidas a favor do crescimento.
            Assim deve ser o homem que busca o reino de Deus. Deve colocar a serviço da Palavra da verdade a fim de prosperar a alegria do reino. O reino só acontece se a prática da justiça, do amor, da solidariedade acentuar na entrega e no serviço. Caso contrário, o reino não aconteça e os talentos nada servem para engrandecer. Perguntamos: será que vale a pena viver neste lindo paraíso criado por Deus sem alastrar-se o sentimento de crescimento? Será que vale a pena esconder-se de Deus e nada fazer para que a vida  floresça com ternura? Se não trabalhar para multiplicar os dons recebidos de Deus vale a pena viver?
            Cabe a cada um dar uma resposta. Não tem como saber se o outro tem esforçado muito para multiplicar as alegrias, a felicidade ou a paz entre as pessoas. Somente Deus pode dar o veredicto correto. O que temos que fazer é encorajar para dar alegria e sucesso na vida de cada filho de Deus. Contudo, aproveitar o mês da Bíblia para aprofundar um pouco mais sobre  a  palavra de Deus.  Refletir o sentido da palavra na vida e fazer da Bíblia um livro presente nas orações.
            Enfim, todos têm talentos para ser multiplicado, porém o que Deus colocou em nossas mãos não deve permanecer improdutivo, deve-se elevar para a propagação e para a construção do reino da justiça. Seja um cristão que multiplique seus talentos que Deus abençoará para sempre. Amém!
            Claudinei M. Oliveira

“Com grande alegria eu me rejubilarei no Senhor” – Diac. José da Cruz



NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA – 08/09/2012
1ª Leitura Miquéias 5, 1-4
Salmo Isaias 61,10 “Com grande alegria eu me rejubilarei no Senhor” – Diac. José da Cruz

2ª Leitura Romanos 8, 28 – 30
Mateus 1, 1-16. 18 -23
Há em Hebreus 6 uma afirmação maravilhosa de definição sobre a Fé, ao dizer que ter fé é conseguir enxergar as realidades invisíveis. Hoje no calendário Litúrgico da Igreja celebra-se a Festa da Natividade de Nossa Senhora, e o evangelho dá um grande ênfase em Maria e José, pessoas que, a exemplo de Abraão, deixaram-se mover pela Fé, vislumbrando o Plano de Deus para realizar a Salvação do Homem, e ocupando com humildade o papel ou a missão que Deus lhes reservara.
Abraão, Maria e José não são visionários, simplesmente olham os acontecimentos da sua vIda com os olhos da Fé. Tenho um padre amigo que sempre diz algo muito verdadeiro a esse respeito: Fé é aceitação, mesmo quando as coisas não acontecem como havíamos planejado.
Deus não invade a Vida de ninguém, mas faz uma proposta que não pode ser interpretada apenas á luz da razão, essa proposta fará sentido na medida em que a Fé iluminar a razão. Maria era desposada com José e já tinha planos em sua vida, o mesmo acontecia com José, que não é um mero figurante nessa história, mas pela sua Fidelidade a Deus, movido pela Fé aceitou um fato que a simples razão rejeitaria. A noiva apareceu grávida, José a rejeitou secretamente não tornando o fato público para não difamá-la, mas em um sonho o anjo do Senhor revela toda a verdade, a criança foi gerada pelo Espírito Santo, e José deverá dar-lhe o nome de Jesus, que significa, aquele que vai salvar o povo dos seus pecados.
Humanamente falando é uma história absurda, sem pé e nem cabeça, assim é a Força da Fé, através da qual o próprio Deus vai interpretando para quem crêr, os acontecimentos da história e da sua vida. No fundo a questão é crer ou não crer.
Se na antiga aliança a Fé do Patriarca Abraão permanece como uma referência para as três maiores religiões da terra, São José é o Patriarca da Nova Aliança, e consequentemente da Igreja, ele também acreditou piamente nas promessas de Deus, e que agora com a sua colaboração tão importante, iria se cumprir. Poderíamos dizer que sem a participaçao de José, a Missão de Maria ficaria comprometida, pois ao assumir a paterbnidade da criança diante da sociedade judaica, São José afirma e professa que Jesus é o Verbo Divino, gerado pelo próprio Deus, e ainda legitima a sua descendência da estirpe de Davi.


“Preservando as Velharias” – Diac. José da Cruz



SEXTA FEIRA DA 22ª SEMANA DO TC 07/09/2012
1ª Leitura 1Cor 4, 1-5
Salmo 36 (37), 39 a “Vem do Senhor a Salvação dos Justos”
Evangelho Lucas 5, 33-39
“Preservando as Velharias” – Diac. José da Cruz

"Ah..no meu tempo é que era bom, que saudades..." Não sou contra recordações, é gostoso recordar acontecimentos bons da nossa vida, pessoas que passaram por nós, mas o problema está quando ficamos no passado e não conseguimos ver nada de bom ou novo no presente.
As lideranças do Judaísmo perderam o maior "Trem da História" quando não reconheceram Jesus enquanto o Deus Feito Homem, estavam presos ás velhas tradições da Lei de Moisés, eram legalistas e só enxergavam de um lado, parece que usavam uma viseira para não enxergar o Novo que se fazia presente entre eles.
Os discípulos descobriram em Jesus algo de novo, ele comunicava uma alegria autêntica, que a velha religião não conseguia dar. Os judeus estavam a espera de algo que estava por vir, para os discípulos, esse tempo novo já chegou com Jesus Cristo, daí a razão de não jejuarem e nem fazerem longas orações clamando pela vinda do Messias, eles já comiam, bebiam e festejavam, porque Jesus estava entre eles.
A Igreja vive hoje um grande desafio em sua história, como evangelizar e falar de Jesus nos Meios de Comunicação tão diversificados? Como anunciar o evangelho, que é sempre novidade, em espaços que parecem tão hostis á evangelização? As Redes Sociais foram alvo de um amplo debate no Seminário de Comunicação para os Bispos do Brasil, realizado no Rio de Janeiro, do qual tive a alegria de participar. Não dá mais para restringir o anúncio da Palavra ao ambiente eclesial, é preciso inovar, criar , nossos profetas pregadores precisam invadir o mundo da internet e com coragem falar de Jesus, para uma Galera que provavelmente ainda não o conhece.
Nossos "Odres" da mente e do coração, estão saturados de velharias que a pós-modernidade insiste em nos apresentar como novos, tem muita gente se envenenando com vinhos velhos e contaminados de uma ideologia de morte, que só priva a busca de prazer, em um egocentrismo que vai destruindo o homem naquilo que ele tem de mais precioso: a vocação de amar para a qual Deus o chamou.
Nas comunidades e em nossas Famílias, precisamos urgente dar uma "arejada", o Cristianismo
Vive um tempo muito oportuno, os estoques dos vinhos velhos, contaminados, estão se esgotando, o mundo quer novidade, ninguém aguenta mais as propostas de certos valores que só conduzem á morte e destruição, já está mais que na hora, de nós cristãos oferecer a todas as pessoas e em todos os ambientes, este Vinho Novo e inebriante que é Jesus Cristo, a pós modernidade nunca viu ou verá coisa igual! Podem apostar....